quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Esboços Bíblicos

DA EXCELÊNCIA PARA A DECADÊNCIA

Nosso texto narra a história de um governante - Uzias - que, ao atingir uma excelência reconhecida nacionalmente e internacionalmente, não soube resistir aos encantos humanos e efêmeros do poder. Sua experiência é hoje um alerta para construirmos uma vida séria com Deus.....
II CRON 26:1-23

I – AS BASES DA EXCELÊNCIA DO GOVERNO DE UZIAS

O1. Uzias tinha respaldo popular (v. 1)
Uzias tinha contra si a idade e inexperiência, mas a seu favor tinha o apoio popular. Apesar de não serem uma unanimidade, o presidente e o governador democraticamente eleitos hoje representam a vontade da maioria dos brasileiros e da maioria dos goianos.

02. Uzias tinha o respaldo divino (v.4, 5, 7)
Apesar do apoio popular, o grande diferencial de Uzias estava na sua sintonia com Deus: “ele fez o que era reto perante o Senhor....” (v.4) – sua espiritualidade não era baseada em discursos mas na coerência de vida; “propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias” (v. 5a) – apesar das demandas palacianas ele priorizou a intimidade com Deus;“nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar” (v. 5b) – Uzias, mesmo jovem, foi sábio o suficiente para compreender que o progresso nacional passa por uma verticalidade pessoal.
O desafio de governar é tão grande que só pode ser vencido se o governante estiver debaixo do governador de todos os governadores: Deus, rei dos céus e da terra!

II – A PLATAFORMA DO GOVERNO DE UZIAS

01. Investiu no fortalecimento das cidades (v. 2, 6b)
Uzias, como um homem fora do seu tempo, sonhou com cidades onde só havia mato. Governantes desatentos à extraordinária expansão urbana do país, estão fadados ao fracasso.

02. Priorizou o investimento em segurança (v. 6-7, 11-14)
Uzias foi sábio na identificação e repressão dos inimigos (v. 6)..., incluiu Deus em sua agenda de defesa nacional (v. 7), aperfeiçoou o sistema de vigilância da capital (v. 9), capacitou seu exército (v. 11, 13) e o equipou com armamentos de ponta (v. 14). Vivendo num país com índices alarmantes de violência, que causa mais mortes do que guerras explícitas de outras nações, espera-se de nossos governantes uma estratégia série de combate à criminalidade...

03. Estabeleceu um equilíbrio sadio entre cidade e campo (v. 10)
“Era amigo da agricultura” – esta descrição, por si só, evidencia a importância do campo em sua prática política. O Brasil, sendo hoje um dos maiores produtores de grãos do mundo e o maior produtor de gado, precisa avançar na direção de uma política que respeite e valorize aqueles que, certamente, são os responsáveis pela solidificação da nossa economia.

04. Cercou-se de recursos humanos diferenciados(v.10-15)
“Tinha lavradores e vinhateiros...” (v. 10);“tinha um exército de homens destros...” (v. 11);“o total dos cabeças... homens valentes...” (v.12);“debaixo de suas ordens havia um exército guerreiro....” (v. 13); “... homens peritos” (v. 15a)...

05. Focou a política externa (v.8, 15b)
Uzias, estabelecida a eficiência interna, levou sua nação a um lugar de destaque no contexto internacional, com resultados impactantes. Vivendo num mundo globalizado onde os muros que nos separam cada vez mais vão sendo eliminados, a valorização de sadias relações internacionais é fundamental para um crescimento equilibrado.

III – A DECADÊNCIA DO GOVERNO DE UZIAS (v. 16-23)

O1. Não soube conviver com o sucesso (v. 16a“Havendo-se já fortificado, exaltou o seu coração para a sua própria ruína...”)
Todos nós precisamos vigiar nosso coração (Pv 4:23), mas os políticos muito mais, por causa da natureza pública de suas funções: a visibilidade excessiva do governante pode levá-lo à uma falsa visão de si mesmo. Como ouvi hoje numa entrevista corporativa – o grande desafio da liderança é se o líder já aprendeu a “liderar a si mesmo”...

02. Não soube respeitar os limites que Deus traçara para sua liderança (v. 16b) “cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso”; II Cor 10:13)
A vitória nas eleições e a realização de um governo com expressiva aprovação popular pode levar o político a uma sensação de onipotência, como ocorreu com o presidente Lula, que desrespeitou seguidamente os limites impostos pela legislação eleitoral. Uzias tinha consciência dos limites conferidos ao rei, ao profeta e ao sacerdote. Entretanto, iludido pelo poder, usurpou suas funções reais, adentrando num terreno que era exclusividade do sacerdote.

03. Não teve humildade para admitir sua fragilidade (v. 17-19a)
Errar é próprio da natureza humana, mas admitir humildemente o erro e superá-lo é somente para aqueles que estão em sintonia direta com a natureza divina. Uzias, com o passar dos anos, perdeu a intimidade com Deus e o temor de Deus. Por isso, quando o sacerdote Azarias, liderando um grupo de 80 sacerdotes, o confrontou de forma franca, direta e ousada, ao invés de admitir seu erro, indignado, reafirmou obstinadamente sua disposição de seguir loucamente confrontando o Senhor...

04. Foi acometido de uma enfermidade que inviabilizou definitivamente seu governo (v. 19a-23)
Atacado pela lepra do pecado ficou fisicamente leproso, politicamente destronado, socialmente excluído e estigmatizado, vindo a morrer recebendo apenas uma palavra: “ele é leproso” (v. 23).

CONCLUSÃO

Uzias começou bem, mas terminou muito mal. Que lições podemos tirar para nossas vidas de sua transição da excelência para a decadência?

01. Precisamos ter consciência da missão que Deus nos concedeu para realizar
Assim com Uzias cada um de nós tem um papel específico, planejado por Deus, para cumprir na história..

02. Precisamos realizar esta missão na força do Senhor, na sabedoria do Senhor e para a glória do Senhor
Precisamos fazer a obra de Deus com os recursos de Deus, segundo a vontade de Deus e para a exaltação do nosso Deus!

03. Precisamos confrontar permanentemente o nosso coração
“A soberba precede a ruína e a altivez de espírito a queda” (Pv 16:18). Por isso, devemos submeter nosso coração a um confronto constante, para que não percamos na marcha do tempo as marcas estabelecidas por Deus em nossas vidas!

O sonho de Simeão
O maior sonho de Simeão era conhecer a “consolação” de Israel (v. 25) e o “Cristo do Senhor” (v. 26), ou seja, conhecer JESUS. Com ele aprendemos que conhecer Jesus hoje continua sendo o maior sonho que uma pessoa pode realizar.

I – SONHO GESTADO NA CIDADE (v. 25)

1. Sonho de um homem simples (“Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão..)
Não tinha nenhuma notoriedade social....

2. Sonho de um homem coerente (“... homem este justo e piedoso”)
Tinha um boa relação com seus semelhantes (“justo”) e uma boa relação com Deus (“... piedoso”)

3. Sonho de um homem focado (“...esperava a consolação de Israel”)
Simeão estabeleceu uma prioridade e jamais abriu mão dela...

II – SONHO VIABILIZADO PELO ESPÍRITO SANTO (v. 25b-27)

1. Espírito Santo visitador (v. 25b “... e o Espírito Santo estava sobre ele)
O Espírito tornou-se companheiro de Simeão

2. Espírito Santo revelador (v. 26 “Revelara-lhe o Espírito....”)
O Espírito comunicou-se com Simeão de forma direta e prática

3. Espírito Santo movedor (v. 27 “Movido pelo Espírito...”)
O Espírito criou as circunstâncias favoráveis ao encontro de Simeão com o Messias

III – SONHO EXPERIMENTADO PESSOALMENTE (v. 28-32)

1. Experimentado pessoalmente pelo toque (V. 28a “Simeão o tomou nos braços...”)
Tocar em Jesus significou para Simeão tocar em Deus!

2. Experimentado pessoalmente como a maior bênção: salvação (v. 28b-32 “... e louvou a Deus dizendo...”)
a) Salvação para a vida terrena (v. 29 “Agora, Senhor, podes despedir em paz...”)
Simeão, “agora” estava em paz consigo mesmo e com Deus
b) Salvação para a vida futura (v.30 “...já viram a tua salvação....”)
Simeão estava , em Cristo, salvo da condenação do pecado
c) Salvação para todos (v. 31-32 “... a qual preparaste diante de todos os povos...”)
Simeão viu em Jesus a concretização do plano divino de salvação do mundo


IV – SONHO PROCLAMADO IMEDIATAMENTE (v. 33-35)

1.Proclamado a Maria e a todos os povos pelo Evangelho (v. 33 “e disse a Maria...”)
Simeão não retém para si as descobertas que o Espírito lhe dera sobre Jesus

2. Proclamado como salvador e condenador (v. 34 “... para ruína...para levantamento”)
Simeão discerne o “aparente” paradoxo de um Messias que salva e condena....

3. Proclamado como manifestador da alma humana (v. 35 “..para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”)
Simeão prevê a dor de Maria e o dianóstico da pecaminosidade de todos aqueles que viessem a ter contato com Jesus.....

CONCLUSÃO – Pelo exemplo de Simeão aprendemos que a vida...
1. Só tem sentido pleno quando conhecemos Jesus como Salvador e Senhor

2. Só tem sentido pleno quando proclamamos Jesus como Salvador e Senhor
a) Envolvendo-nos com a cidade
b) Recebendo as capacitações do Espírito Santo

A HISTORIA DE UMA FAMÍLIA QUE NOS MOSTRA O SENTIDO DO NATAL - Mt 1:1-17

Já é natal. O ano passou rápido. A cidade já esta toda decorada, colorida, alegre, lojas cheias, crianças fazendo seus pedidos ao papai Noel e o clima de natal já nos domina. Mas, natal é muito mais do que isso, natal é o tempo de celebramos o nascimento do Filho de Deus, Jesus, Aquele que assumiu a forma humana para demonstrar o amor de Deus por nós.

Os primeiros versículos do Novo Testamento começam contando a história da família de Jesus, a genealogia de Jesus; talvez soe estranha para nós uma genealogia, mas na cultura judaica a genealogia tinha por objetivo mostrar de qual família à pessoa pertencia, o valor do nome dessa família, a pureza étnica (mostrar se a pessoa era 100% judeu) e como requisito para o oficio sacerdotal. Então, na cultura oriental as genealogias eram muito importantes.

Ao olharmos para a genealogia de Jesus nos deparamos com uma surpresa: o nome de quatro mulheres. Tamar (v.3), Raabe (v.5), Rute (v.5) e Bate-seba ( v.6). Mas, por que surpresa com o surgimento de mulheres na genealogia de Jesus? A surpresa é fruto da condição das mulheres nos dias de Jesus, pois, elas não tinham direitos legais, não apareciam em genealogias, eram consideradas “propriedades” dos pais e maridos, mostrando assim como elas era vistas pela sociedade.

A genealogia de Jesus fica mais interessante quando vemos na Palavra de Deus a história dessas mulheres. Vejamos:

Tamar: fingiu-se de prostituta e seduziu o próprio sogro;
Raabe: prostituta que morava na cidade de Jericó e serviu de refúgio para os espiões israelitas;
Rute: estrangeira da terra de Moabe (Dt 23.3);
Bate-Seba: mulher com quem o rei Davi cometeu adultério.

Isso era um escândalo para os judeus. Pois, na genealogia de Jesus havia prostitutas, uma adultera e uma estrangeira. Mas, o interessante é que todas essas mulheres tiveram um encontro com o Senhor e a história da vida deles foi transformada.

Mas, surge uma pergunta: Por que a genealogia de Jesus traz o nome destas mulheres?

A história dessas mulheres responde essa pergunta. A história dessas mulheres na genealogia de Jesus nos ensina três lições que brevemente quero compartilhar.


1. A história dessas mulheres esta na genealogia de Jesus para mostrar que o fracasso humano é matéria-prima para o propósito divino
Mais importante do que o lugar de onde você veio é o lugar para onde você vai! Mais importante daquilo que você é, é aquilo que você pode ser! Quando olhamos nas Escrituras vemos a fragilidade humana, vemos como o pecado afetou nossa humanidade (Rm 3:23), como somos frágeis e capazes dos mais terríveis atos. A nossa história moderna nos prova isso.

Porém, para Deus isso não é problema. Ele transforma nossa história de vida, pois, Ele é Senhor e Criador de todas as coisas. Por isso Ele esta preocupado não com o começo da nossa história, mas sim em como ele irá acabar. O natal é o sinal visível de Deus encarnando na pessoa de Jesus, assumindo a forma humana, e vindo ao nosso encontro para mudar a nossa história de vida. Natal é tempo de lembrarmos esse presente maravilhoso de Deus para nós.

2. A história dessas mulheres esta na genealogia de Jesus para mostrar que as escolhas de Deus não se baseiam no mérito humano
A inclusão dessas quatro mulheres na genealogia de Jesus nos mostra que as nossas escolhas são baseadas em nossos próprios méritos. Nós não iríamos escolher essas mulheres para fazer parte do nosso projeto de vida ou convidá-las para a nossa casa, pois, a história delas, o currículo delas não são bons o bastante para o nosso padrão.

Porém, as escolhas de Deus não são baseadas nos nosso méritos, no nosso desempenho espiritual, pelas nossas boas obras, mas sim na graça e misericórdia Dele, na obra que Cristo Jesus fez na cruz. Natal é tempo de redescobrimos nossa humanidade em Cristo, pois, em Cristo, Deus escolheu nos amar e derramar bênçãos.

3. A história dessas mulheres esta na genealogia de Jesus para mostrar a universalidade
do evangelho (boas novas) de Cristo
A genealogia de Jesus nos mostra que o amor de Deus, a nova vida que Ele tem para oferecer é para todos. Homens e mulheres. “Perfeitas” ou “imperfeitas”. Adultos ou crianças. Porque Deus em Cristo Jesus resgata a dignidade humana. Em uma época em que a mulher não era considera, e era totalmente desprezada, Jesus conferi honra as mulheres, muito antes de qualquer movimento feminista.

As Escrituras nos dizem que “...pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.” (Gálatas 3.27-28)

Esse é o verdadeiro sentido do natal: a materialização do amor de Deus. Quando Cristo nasceu o amor de Deus se materializou, sem levar em conta o nosso fracasso, sem levar em conta nossas escolhas e sem acepção de pessoas.

Que possamos celebrar o natal nessa perspectiva. A perspectiva do amor imenso de Deus por nós.

O PASTOR QUE AMA A OVELHA - Lc 15:1-7

1. Os acompanhantes de Jesus (v. 1”Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para oouvir”)
a) Publicanos
Expoentes máximos da corrupção: considerados gentios, tinham reputação semelhante à dos salteadores pois, como coletores de impostos, roubavam do povo e do império romano.
b) Pecadores
Marginalizados pela liderança religiosa, não podiam receber dinheiro emprestado, ser testemunhas, casar com judeus “puros”, negociar ou hospedar judeus religiosos.
Nb.: publicanos e pecadores não tinham nenhum status religioso, mas tinham o essencial – estavam dispostos a ouvir Jesus!

2. Os opositores de Jesus (v. 2“E murmuravam osescribas e fariseus e os escribas dizendo: este recebe pecadores e come com eles”)
a) Fariseus
“Separados”, legalistas, ritualistas, preocupados com a forma e não com o conteúdo, sequiosos de poder (Lc 11:42-44).
b) Escribas
Copistas e mestres da lei, ricos, educados....
Nb.: fariseus e escribas tinham muito status religioso, mas não tinham o essencial – a disposição para ouvir despreconceituosamente Jesus!

3. Parábola DO PASTOR QUE AMA A OVELHA (v. 3“Então, lhes propôs Jesus esta parábola...”)

I – POSSE (v. 4 “Qual dentre vós é o homem que possuindo cem ovelhas)
Trata a ovelha como propriedade

1. O pastor é dono das ovelhas (soberania)

2. O pastor sabe o número das ovelhas (controle)
II – PERDA (v. 4 “... e perdendo uma delas”)
Trata a ovelha com total cumplicidade

1. Ovelhas se perdem (natureza pecaminosa)

2. O pastor considera a perda da ovelha como se fosse uma perda sua (responsabilidade)

III – PROCURA (v. 4 “...não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu até encontrá-la”?)
Trata a ovelha com agilidade

1. O pastor procura a ovelha prioritariamente (valorização)

2. O pastor procura a ovelha persistentemente (objetivo)

IV – ENCONTRO (v. 5 “Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo”)
Trata a ovelha com liberalidade
1. Pessoal (intimidade)
2. Provedor (esforço)
3. Prazeiroso (motivação)

V – CELEBRAÇÃO (v. 6 “e, indo para casa,reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes:alegrai-vos comigo, porque já achei a minhaovelha perdida).
Trata a ovelha na comunidade

1. Familiar (reciprocidade)

2. Intensa (intimidade)

3. Reafirmadora (propriedade)

CONCLUSÃO
(v. 7“Digo-vos que, assim, haverá maior júbilono céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”)

1. Jesus está aqui hoje como o PASTOR QUE AMA procurando ovelha para a salvação:
a) Consciência de pecado
b) Consciência de arrependimento
c) Consciência da oportunidade

2. Jesus está aqui hoje como O PASTOR QUE AMA procurando as ovelhas do aprisco (99) para serem parceiras na Sua missão:
a) Parceiras na busca prioritária das ovelhas perdidas = evangelização
b) Parceiras na integração prioritária das ovelhas encontradas = discipulado

A SUBSISTÊNCIA ESPIRITUAL - JO 6:22-35

Gastamos na alimentação espiritual, pelo menos, o mesmo tempo que gastamos na alimentação física? O texto de hoje convida-nos a uma harmoniosa adequação destas duas dimensões de nossa caminhada. Depois de alimentar a multidão (6:1-16), Jesus priorizou a intimidade dos discípulos na qual evidenciou-lhes, uma vez mais, seu extraordinário poder sobre a natureza (6:16-21). Na sequência a multidão vai novamente ao Seu encontro, motivada apenas pela certeza de que ao lado Dele teriam comida farta. Consciente de sua falsa intensão, Jesus a exorta apontando para a necessidade primordial do homem: investir na subsistência espiritual. Quais são os elementos que envolvem esta subsistência?

I – EXIGE PRIORIDADE TOTAL (v.27a)

1. Prioridade pela dedicação (v. 27“trabalhai...”)
A subsistência espiritual exige uma postura marcada pelo empenho, esforço, garra, determinação, sonho....

2. Prioridade pela redefinição de valores (v. 27“... não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna
a) Jesus não está negando a importância da provisão física resultante do trabalho
O fato Dele ter multiplicado os pães, diante de uma clara situação de fome, evidencia sua valorização da dimensão física....
b) Jesus está alertando sobre as limitações da provisão física, pois ela é “perecível” em seus efeitos

Numa conta rápida identifico ter almoçado 18.300 vezes nos últimos 50 anos. Apesar de toda esta rotina alimentar, não estou isento de experimentar a “perecimento físico”...
c) Jesus está apontando um cardápio exclusivo que dá um sustento eterno
O Evangelho é “boa notícia” que traz o diagnóstico correto – a maior fome do homem é a “espiritual” e a única maneira eficiente de suprí-la é pela alimentação de Jesus – o Pão da vida!

II – EXIGE UMA CONFIANÇA TOTAL (v. 27b)

1. Confiança de que a subsistência espiritual é um presente do Filho (v.27“....à qual o Filho do Homem vos dará...”)
a) A subsistência espiritual é um presente que foi comprado por Jesus = “graça”
+ Jesus disse na cruz: “está consumado” (Jo 19:28) = “está pago”= referindo-se ao carimbo batido sobre o recibo que garantia a compra de escravos; Jesus, assim, afirmou que comprou nossa liberdade da condenação do pecado e do poder do pecado – comprou a nossa subsistência espiritual!
+ “Não há hada que você possa fazer para Deus o amar mais e não há nada que você possa fazer para Deus o amar menos” (Phillip Yancey)
+ “A graça que alcança é aquela que mantém; se fomos alcançados pela graça devemos descansar no Senhor pois Ele nos guardará até o fim” (Martinho Lutero)

2. Confiança de que ela está garantida pelo Pai (v. 27b “porque Deus o Pai confirmou com o seu selo”)
a) Confirmação reafirmada ao longo do Evangelho de João
3:35; 5:19-23, 26-27, 37; 8:18 – o Pai, variadas vezes, legitima Jesus como o único que pode efetivamente fazer a nossa subsistência espiritual....
b) Confirmação reafirmada pela ressurreição (Rom 1:1-4)
Ao ressuscitar Jesus deu a maior de Sua autoridade para lidar com uma questão tão séria quanto a nossa sobrevivência espiritual....

CONCLUSÃO (v. 28-35)

1. Se é necessário trabalhar (v. 27) como realizar a obra de Deus - o trabalho de Deus? (v 28). A obra de Deus é crer em Jesus (v. 29) como o “pão de Deus”

Contrariando todos os postulados da religiosidade humana, segundo os quais o homem recebe o favor de Deus a partir de seus méritos pessoais, Jesus reafirma Sua mensagem central – a bênção salvadora e supridora de Deus é resultado do Seu trabalho na cruz dada como um presente exclusivo àqueles que “crêm”. Trabalhar pela subsistência, como Jesus exigiu, é assim crer em Jesus como Salvador e Senhor, assumindo em fé as exigências do discipulado com Ele. Precisamos, então, olhar Jesus como o “Pão de Deus...”
a) Pão verdadeiro (v. 30-32)
b) Pão acessível (v. 32a)

c) Pão vivificador (v. 33)
d) Pão saciador (v. 35)

2. Desafio: “Senhor, dá-nos sempre desse pão” (v. 34)
Sendo esta a rota de uma plena subsistência espiritual, é hora de prioritariamente e confiadamente buscarmos Jesus em fé pedindo: “Senhor,dá-nos sempre desse pão”! (v.34).

UMA IGREJA INDEPENDENTE DO PALÁCIO - MC 6:14-29

Marcos começou o capitulo 6 falando das maravilhas de Jesus (v. 2), as quais, aliadas às expulsões de demônios e curas feitas por Seus discípulos na primeira viagem missionária, trouxeram “notoriedade do nome de Jesus” (v. 14) e provocaram três reações básicas sobre a identidade de Jesus: é João Batista ressurreto (v. 14, 16) – é o veredicto de quem tinha a consciência culpada por ter promovido a morte de JB; é Elias (v. 15) é o veredicto dos nacionalistas – esperavam um messias político que os livrasse do poderio romano e, segundo criam, seria precedido pela volta de Elias; é profeta (v. 15) – é o veredicto de quem viu nele não o messias mas apenas a volta do ministério profético que estava interrompido a mais de 300 anos em Israel. Como Jesus trouxe na mente de Herodes a lembrança do assassinato de JB, Marcos interrompeu temporariamente sua narrativa sobre Jesus e focou a atenção na recordação deste episódio singular, o qual traz-nos hoje importantes lições sobre a postura da igreja em relação aos governantes da nossa nação. Estamos prestes a escolher aqueles que estarão à frente dos destinos do país nos próximos quatro anos como deputados estaduais e governadores estaduais, deputados federais e senadores, presidente da República. E a lição que JB nos deixa é de que precisamos de UMA IGREJA INDEPENDENTE DO PALÁCIO.....

I – UMA IGREJA OUSADA: CONFRONTA OS ERROS DOS GOVERNANTES (v. 18-19)
João Batista, percebendo o adultério de Herodes, colocou o dedo na sua ferida de forma ousada e destemida, consciente de que sua postura atrairia o ódio mortal da adúltera Herodias (v. 19) e a prisão por ordem de Herodes (v. 17). Lucas acrescentou que ele também repreendeu Herodes “por todas as maldades que ele havia feito” (Lc 3:19). A igreja hoje, igualmente, não foi chamada para “fazer média” com os governantes, mas para conscientizá-los de seus desvios éticos. Como comunidade profética, ela não tem compromisso com o erro, esteja onde ele estiver; seu único compromisso é com a verdade de Jesus, que não teve medo de tratar o mesmo Herodes de “raposa” (Lc 13:31-32).

II – UMA IGREJA ÍNTEGRA: CATIVA OS GOVERNANTES PELA COERÊNCIA (v. 20a)
João Batista, ao confrontar Herodes, colocou-o em total desconforto. E o que mais inquietava Herodes não era só o seu erro, mas a constatação de que JB tinha, do ponto de vista ético, autoridade total para confrontá-lo pois era “justo e santo”, razão porque, foi constrangido a deixá-lo em segurança. Jesus reconheceu também esta integridade afirmando que “dentre os nascidos de mulher não houve ninguém como João Batista...” (Lc 7:28) O profeta, como representante do Rei dos Reis de toda a terra, precisa ser éticamente diferente de todos os governantes. Se ele tem o mesmo comportamento do Rei que autoridade terá para confrontá-lo? Ao longo das campanhas políticas desfilam diante de nós candidatos que affirmam ter como objetivo serem profetas de Deus no palácio dos homens, contudo, quando assumem seus cargos se tornam tão incoerentes ou até mais incoerente do que os governantes que antes contestavam....

III – UMA IGREJA PROCLAMADORA: COMPROMETIDA, EXCLUSIVAMENTE, COM A MENSAGEM DO REINO DE DEUS (v. 20b)
“Quando o ouvia ficava perplexo, escutando-o de boa mente”. João não estava comprometido com o discurso político palaciano, mas apenas com a mensagem do arrependimento (Lc 3:1-14). Por isso, entregou-a de forma tão impactante que Herodes não teve como ignorá-la nos limites de seu coração.... A igreja deve ser, como ensinou Francis Shaeffer, cobeligerante, apoiando todas as causas sociais legitimadas por Deus e que tragam efetivamente o bem estar do povo. Porém, sua mensagem vai além da mensagem política que oferece mais educação, segurança, saúde e emprego: ela denuncia a corrupção do coração humano e a necessidade de um arrependimento acompanhado de fé no Cristo do Calvário....

IV – UMA IGREJA SACRIFICIAL: LEVA SEU TESTEMUNHO ATÉ A ÚLTIMA CONSEQUÊNCIA (v. 21-28)
Herodes Antipas, o Herodes de nossa passagem recebeu de seu pai Herodes, o Grande, uma herança de violência. Foi de seu pai a idéia de matar todas os meninos de dois anos para baixo da cidade de Belém e região, para assim eliminar também o recém-nascido Jesus que os magos afirmavam ser o rei dos judeus (Mt 2:1-18). Diz a história que Herodes o Grande se casou várias vezes e mandou assassinar vários membros de sua própria família. Portanto, mandar matar ou permitir a morte de críticos do Reino não era um procedimento novo no palácio de Herodes.... Marcos nos afirma que a independência profética de JB custou a sua própria vida. Na trama de sua morte está uma mulher adúltera (v. 16-17), violenta (v. 19), oportunista (v. 22-25) e indiferente (v. 28) e um governante que se tornou escravo de uma promessa impensada – dar a sua enteada o que ela quisesse (v.22). Assim, o profeta que se recusara a usufruir das benesses dos manjares reais, tem sua própria cabeça colocada num prato palaciano.... A história do mártir JB nos remete às palavras de Jesus dita à igreja de Esmirna: “não temas as coisas que tens de sofrer; eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, par serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias; sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2:10). Este é um desafio imenso: para JB e para muitos crentes ao longo da história a independência do palácio e a dependência completa de Jesus custou o derramamento de sangue. Será que estamos prontos, se necessário, vivenciar nossa fé com tamanha intensidade?


CONCLUSÃO: O QUE É UMA IGREJA INDEPENDENTE DO PALÁCIO?

01. É uma igreja OUSADA - usa a autoridade de Seu cabeça para confrontar os desvios e desmandos dos governantes É uma igreja que procura manter um canal de comunicação com o palácio, procurando ver nas oportunidades de aproximação com os governantes um espaço para, em amor, fazer críticas construtivas...

02. É uma igreja ÍNTEGRA - credibiliza-se pela semelhança com Seu cabeça É uma igreja que “dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” – reconhece e respeita a ordem política, mas coloca a ordem espiritual acima da política, por isso não se deixa atrair pelos caminhos diabólicos da corrupção, mentira, desonestidade, falcatrua e nem fecha alianças com partidos políticos.

03. É uma igreja PROCLAMADORA: que vai ao palácio para testemunhar do Seu cabeça e não para comprar benesses Uma igreja que está presente no palácio orando, orientando, sugerindo, interagindo como embaixadora do Rei dos Reis, proclamando sua mensagem, sem usar esta proximidade para vender seu apoio. Uma igreja que não mistura púlpito com palanque, investimento financeiro no Reino com investimento financeiro em campanhas políticas...

04. É uma igreja SACRIFICIAL pronta para morrer por Seu cabeça se necessário for Uma igreja que olha para o poder público como consumidora de benesses mas como parceira de alternativas que promovam a transformação da sociedade Antes de votar: ore, informe-se, avalie.... Depois de votar: registre os nomes dos escolhidos, acompanhe o trabalho, sugira, elogie, confronte, interaja.... ORAÇÃO FINAL (II Cron 7:14)

A DUPLA VISÃO / ROMANOS 12:3-8

O propósito de Deus é que tenhamos uma vida plena. Para que ela se concretize precisamos estabelecer uma conexão definitiva com Deus, uma ruptura com o mundo e uma renovação mental (Rom 12:1-2). Na sequência Paulo fala da necessidade de uma visão correta. A base da visão é a “graça” (v.3) e tem duas dimensões...

I – VISÃO INDIVIDUAL: como você se vê (v. 3)
Existem pessoas que têm sobre si uma visão marcada pelo orgulho e ufanismo (pensam “além” do que convém), outras caem na escravidão de uma baixa auto-estima que desestabiliza emoções e inviabiliza um serviço produtivo no Reino (pensam sobre si “aquém” do que convém). A solução de Paulo é clara: precisamos olhar para nós “com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (v. 3), ou seja, para servimos no Reino precisamos ter sobre nós uma “leitura divina” que equilibra perfeitamente nossa realidade com a imagem dela. Aprendemos, desde já, que só pode ser usado coletivamente no Reino quem está bem “resolvido” individualmente.

II – VISÃO COMUNITÁRIA: como você vê a igreja? (v. 4-8)
1 – HÁ UMA GRANDE QUANTIDADE DE SERVIDORES (v. 4, 5 “muitos”) – Paulo traça a partir do verso 4 um paralelo constante entre o “corpo físico” e o “corpo de Cristo” = a Igreja.. O primeiro tem um número grande de membros, porém, fixo; o segundo tem um número grande e ilimitado, abrangendo um extraordinário contingente de trabalhadores que agrega pessoas de todas as nações, estrategicamente distribuídas por toda a terra como embaixadores do Reino (II Co 5:20);

2 – HÁ UMA DIVERSIDADE DE SERVIDORES (v. 4 – “nem todos têm a mesma função”, v. 6 – “tendo diferentes dons”) – com a criatividade que Lhe é peculiar Deus distribuiu cada um dos membros na Igreja, procurando valorizar a individualidade, trazendo sobre cada um uma marca chamada de “dom”, através da qual todo servidor recebe a capacitação necessária para cumprir seu papel no Reino. O fato de sermos diferentes abre caminho para uma eficiência impactadora na sociedade que fomos plantados....

3 – HÁ UMA UNIDADE DOS SERVIDORES (v. 5 – “conquanto muitos somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”) – esta unidade resiste à quantidade e diversidade porque é cristocêntrica – ela não foi estabelecida pela instituição cristã com a qual mantemos vínculos, mas pelo Cristo que atraiu a todos nós para a Sua Cruz (Jo 12:32); além disso ela é experimentalpois somos efetivamente “membros uns dos outros” numa vivência que nos leva para a amizade, diálogo, transparência, perdão, carinho, complicidade, empatia, solidariedade e altruísmo.

4 – HÁ UMA ESPECIFICIDADE DOS SERVIÇOS – sem a pretensão de fazer uma lista completa, Paulo aponta os dons como áreas específicas nas quais cada trabalhador do Reino tem de assumir sua responsabilidade: profecia (v.6) – é a “proclamação do pensamento e conselho de Deus para mostrar pecado, edificar, confortar e animar”; “ministério” (v. 7) – capacidade de identificar e suprir necessidades; “ensino” (v. 7) – capacidade de explicar e aplicar claramente a Palavra de Deus, de modo que haja aprendizado e prática da Bíblia; exortação (v. 8) – “chamar de lado” para confortar, estimular e levantar;contribuição (v. 8) – compartilhar bens e rendas; presidência – liderar traçando alvos de acordo com a vontade de Deus ; misericórdia (v. 8) – capacidade de ver, sofrer e agir rapidamente e eficientemente em favor do necessitado.

5 – HÁ UMA QUALIDADE DOS SERVIDORES (v. 6-8) – dons fazem parte do programa de qualidade total preparado por Deus para conferir excelência à obra do Seu Reino. Por isso, não basta discenir e exercer o dom no serviço do Reino, é necessário fazer isto de forma diferenciada, agregando valores como “dedicação, esmero, liberalidade, diligência e alegria”.
CONCLUINDO, uma vez mais lembramos que Deus espera que sejamospessoas certas – com uma correta visão de nós mesmos e do Corpo de Cristo;nos lugares certos – servindo numa área específica de acordo com os dons específicos; pelas razões certas – servindo em unidade, com qualidade, para a glória exclusiva daquele que nos salvo e comissionou – O Cristo Pedra Viva. Que ELE nos leve para esta maturidade de servo, é a minha oração sincera!

ENFRENTANDO A DEPRESSÃO - SALMOS 13

Robert Baron em seu livro “Anatomia da Melancolia” afirmou: “se há um inferno na terra, ele se encontra na melancolia do coração do homem”. Daví, nesta oração do Salmo 13, revela uma profunda melancolia, cujas motivações específicas ignoramos. Para alguns comentaristas ela está associada a seu adultério com Bate-Seba (II Sm 11), que desencadeou uma série de feridas em sua alma: a culpa pela “encomenda” da morte de Urias, marido de Bate-Seba, no campo de batalha; a morte do filho resultante de sua união ilícita com ela; as relações sexuais de seu filho Amon com sua meia-irmã Tamar e, dois anos depois, por vingança, o seu assassinato por Absalão, irmão de Tamar; a fuga de Absalão por três anos, ao final dos quais retornou a Jerusalém, mas só teve permissão para ver o pai depois de dois anos; a usurpação do trono por Absalão que obrigou Daví a fugir pelas montanhas humilhado e fragilizado; como se não bastasse, num completo desrespeito ao pai, Absalão teve relações sexuais com as suas concubinas em uma tenda armada a céu aberto... Não temos elementos bíblicos suficientes para fazer esta associação, mas o que fica claro no salmo é que Daví conseguiu sair da escravidão da depressão para a libertação de uma alma que renovou sua aliança com o Senhor. Quais foram os seus passos?

I – DAVÍ DISCUTIU COM DEUS (v. 1-2)

1. Ele estava em conflito com Deus (v. 1) – um sentimento definido pervadia o coração de Daví: os valores espirituais não faziam mas sentido pois Deus o abandonara, não se manifestava mais, tornara-se distante e desconectado.

2. Ele estava em conflito consigo mesmo (v. 2) – a tristeza tornara-se sua companheira inseparável, eliminando qualquer possibilidade de esperança, em face da grandeza de suas lutas.

3. Ele estava em conflito com o inimigo (v. 2) – diante do perigo que batia às portas, cansado de tudo e de todos, Daví só tem um palavra: “até quando”

II – DAVÍ ENTREGOU-SE A DEUS (v. 3-4)

1. Ele redescobriu um Deus pessoal (v. 3) – ao contrário do que pareciam apontar as circunstâncias, Deus ainda era Senhor e como tal se revelava de forma pessoal àqueles que O buscavam em oração.

2. Ele admitiu ver em Deus uma luz pessoal (v. 3) – a luz que está em Deus livrá-lo-ia da dura realidade da morte.

3. Ele reafirmou seu anseio por vitória (v. 4) – na medida que foi orando ele descobriu em Deus as forças para arrancá-lo da imobilidade.

III – DAVÍ RECONHECEU A BONDADE DE DEUS (v. 5-6)

1. Ele reafirmou sua dependência exclusiva da graça de Deus (v. 5a) – Daví entrou hesitante na presença de Deus, agora ele está exultante!

2. Ele alegrou-se na salvação divina (v. 5b) – seu sofrimento era passageiro, sua salvação definitiva.

3. Ele verbalizou sua gratidão através da música (v. 6) – ele que entrara na presença de Deus resmungando, agora sai exaltando, descobrindo o caminho para a saída de uma depressão: a mudança de foco – a fixação nos valores positivos já alcançados.

CONCLUSÃO
Na linguagem transparente dos salmos descobrimos que os homens de Deus do passado tinham lutas muito semelhantes às nossas. Como superá-las? Daví venceu a depressão com oração. Sem ignorar a necessidade de um tratamento médico apropriado, nunca é demais lembrar que o nosso Deus saber e quer trabalhar nossas emoções!

ESTAMOS SALVOS, E AGORA? - II REIS 7

Façamos uma viagem no túnel do tempo - estamos em 850 a.C., no reinado de Jorão em Israel, que vive uma situação dramática: Samaria sitiada pelo exército da Síria sob a liderança do Rei Ben-Hadade (6:24); uma grande fome leva o povo a comer cabeça de jumento com esterco de pombas (6:25); o desespero amplia e o conduz para um canibalismo inominável (6:26-29); diante do caos o rei de Israel concentra sua indignação no alvo errado – o profeta Eliseu e o Senhor (6:30-33).
Na hora da crise precisamos ouvir a Palavra do Senhor através de seu profeta – uma palavra de esperança e de exortação (7:1-2). O foco do texto concentra-se agora na porta de Samaria onde estão quatro homens marcados: pela mesmalimitação física (4:3 “homens leprosos”); pelasegregação (v. 3; Lv 13:46; Nm 5:1-4; 12:4-5“estavam à entrada da porta”); pela inquietação damorte iminente (v. 3 “... para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?”); pela esperança e ousadia(v. 4 “...vamos, pois, agora, se nos deixarem viver, viveremos.....) – diante de três opções claras de morte, insistiram em sonhar com a vida; pela unidade – sofrem juntos, refletem juntos, sonham juntos e agirão sempre juntos.....
A história da crise teve seu enredo mudado pelo Senhor de todas as crises: chegando os quatro leprosos ao arraial dos siros os não encontraram nenhum deles (v. 5), pois o Senhor provocara nos seus ouvidos a sensação de que estavam sendo atacados por um grande exército (v.6), razão pela qual abandonaram tudo o que tinham com a esperança de pelo menos salvar as suas vidas (v. 7).
A história da crise é a história da graça: na mesma noite (compare v. 5 com o v. 7 ) em que os leprosos impotentes, desamparados e encurralados iniciavam uma caminhada cheios de uma esperança irracional, o Senhor se antecipou e concretizou uma extraordinária salvação, baseada exclusivamente na Sua graça e não nos méritos dos leprosos. Da mesma forma nós, marcados pela lepra do pecado e condenados à vivenciar no inferno uma morte eterna, vivendo em desespero fora da cidade celestial, querendo entrar nela mas sem saber como, fomos alcançados pelo Evangelho da graça que nos trouxe a boa nova de Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei; tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11:28-30). Ouvindo e atendendo o chamado de Jesus recebemos uma salvação completa, definitiva e transformadora: (Is 43:11-12a, 13b “eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador; eu anunciei salvação, realizei-a e a fiz ouvir... agindo eu quem impedirá”?), (At 4:11-12 “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular; e não há salvação em nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”); (Ef 2:8 – “Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras, para que ninguém se glorie”).
Mas a questão seguinte e inevitável para os leprosos, bem como para nós é: ESTAMOS SALVOS, E AGORA? Os leprosos deram duas respostas a esta importande indagação e elas também devem ser as nossas....

I – APROPRIAÇÃO: PRECISAMOS USUFRUIR DE TUDO O QUE NOS ESTÁ SENDO OFERECIDO EM CRISTO JESUS (v. 8)

1.) Os leprosos se apropriaram de alimento, dinheiro (prata/ouro) e vestuário.....

2.) Em Cristo temos igualmente toda provisão física
Alimento – “não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir; não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais do que as vestes? Observai as aves do céu – não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo, vosso Pai celeste as sustenta; não vaeis vós muito mais do que as aves” (Mt 6:25-26). Vestuário – “por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo – eles não trabalham, nem fiam, eu contudo vos afirmo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles; ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (Mt 6:28-30). Dinheiro – “fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais ví o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão; logo precisamos de .... “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).


3.) Em Cristo, acima de tudo, temos toda a provisão interior

A promessa de provisão espiritual plena feita a Isaías (Is 55:1-3) foi cumprida em Jesus: “Sempre dou graças a meu Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus, porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo conhecimento... Vós sois de Deus, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (I Co 1:4-5, 30-31) “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Ef 1:3).

4.) Não basta saber que Cristo nos provisiona, é preciso apropriar-nos do que Ele nos oferece... (“Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” – I Pd 2:2)

II – MISSÃO: PRECISAMOS LEVAR OUTRAS PESSOAS A EXPERIMENTAREM DA MESMA SALVAÇÃO QUE RECEBEMOS DE CRISTO (V. 9)

1. Os leprosos, na medida que usufruiam das benesses da salvação miraculosa, foram sendo tomados por um sentimento (v. 9): de culpa (“não fazemos bem”), de omissão (“este é o dia de boas-novas e nós nos calamos”), de urgência (“se esperarmos até à luz da manhã, seremos tido por culpados”), de decisão (“agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do Rei”). Assim, foram à cidade e deram o grande brado de vitória aos porteiros (v. 10), que comunicaram ao rei (v. 11) que a princípio ficou ressabiado, mas depois acabou tendo que admitir que Deus fizera mesmo um grande milagre (v. 12-15). Deus poderia ter usado o Rei, o sacerdote ou até mesmo o profeta para anunciar a boa nova da salvação, mas preferiu usar quatro inexpressivos e rejeitados leprosos, ensinando-nos que a tarefa da proclamação deve ser feita por todos aqueles que já experimentaram o poder do livramento do Senhor, independentemente de cultura, status, importância, projeção, riqueza, fama, reconhecimento ou qualquer outro valor humano!

2. O Senhor coloca sobre nós o desafio da responsabilidade missionária na cidade: “teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse – não temas, pelo contrário, fala e não te cales, porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18:9-10). Como cumprir esta responsabilidade?: tempo – “agora, pois, vamos...”(v. 9); mensagem - anunciando o que Deus em Cristo já fez e nós experimentamos – “vamos e o anunciemos...” (v. 9) “Não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20); estratégia – pequeno grupo (eles eram 4 pessoas unidas); alvo específico – aqueles que estão naturalmente mais perto -“vieram, pois,e bradaram aos porteiros da cidade...” (v. 10)...

CONCLUSÃO
1. Salvação implica em apropriação (“... desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”– Fp 2:13) e missão (“Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado; e eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” – Mt 28:19-20).

2. Quando nos apropriamos do que é nosso em Cristo e repartimos em missão com aqueles que ainda não são de Cristo, o ciclo da salvação se amplia e renova: trazendo provisão para o povo (v. 16), cumprindo as promessas do Senhor (v. 16b) e fazendo prevalecer a justiça do Senhor (v. 17-20).

3. Desafio – a parábola da ponte quebrada (contada pelo Pr. Saulo Carvalho). Pense em apenas uma pessoa com a qual você tem relacionamentos regulares e ainda não conhece Jesus. Imagine que você de fato foi ao sítio e, inesperadamente, ao fazer a curva que dava no rio do precipício você percebeu que a ponte estava quebrada. Clamando pelo sangue de Jesus, você foi graciosamente e miraculosamente salvo, retornando imediatamente para sua casa a um só tempo atordoado e feliz. Na mesma noite deste dia você ouviu a campainha tocar e atendeu com certa preguiça: seu amigo, numa potente moto, veio avisar que estava indo para o mesmo sítio.... Imediatamente, você contou sua história e com o máximo de empenho o dissuadiu de fazer a viagem que poderia resultar na sua morte. Pense agora na palavra de Pv 24:11-12 “livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos; se disseres, não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações, não saberá aquele que atenta para a tua alma...” Pense, igualmente, na pessoa que você lembrou a pouco e que ainda não sabe efetivamente da salvação que Cristo lhe proporcionou na cruz: hoje ainda é dia de boa nova e você não pode se calar; esperar para depois pode ser muito tarde; tome já a decisão dos leprosos – “agora, pois, irei e anunciarei”!
Ezequiel 33:7-9 / “A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tú, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte. Se eu disser ao perverso: ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti. Mas, se falares ao perverso, para o avisar do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, morrerá ele na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma”

PORQUE JESUS NOS LEVA PARA O MONTE? - LC 9:28-36

Os montes, na história bíblica, são referenciais do poder, da magestade, da provisão, da comunicabilidade, do juízo, da estabilidade, da eternidade, da redenção, da comunhão de Deus (Sl 24:3-56). Falar de montes como Sinai (Moisés...) e Horebe (Elias...), dentre outros, é falar de um Deus que intervém na história humana permanentemente chamando o homem a Si mesmo. Ele quer nos levar hoje, em Cristo, para o MONTE DA SUA COMUNHÃO. Por quais razões Deus faz isto?


I – PORQUE ELE QUER PARTILHAR A SUA INTIMIDADE CONOSCO (v.28)


1. O contexto da intimidade: a transfiguração foi uma experiência de intimidade que incluiu: tempo exclusivo (v. 28), pessoas exclusivas (v. 28) e motivação exclusiva (v. 28.).

2. O desafio da intimidade com Jesus hoje exige: priorização – tempo específico e apropriado para um encontro diário com Ele; reclusão – precisamos de um “monte” = “lugar de quietude”; qualificação – é preciso buscá-LO por causa Dele mesmo e não por causa de nossas necessidades...


II – PORQUE ELE QUER MANIFESTAR A SUA GLÓRIA CONOSCO(v. 29)


1. A glória se manifesta na oração (v. 29)
A visão da glória só é acessível àqueles que pagam o preço de uma vida vigorosa de oração.

2. A glória se manifesta na face de Jesus (v. 29; Mt 17:2; Jo 1:1, 14; Hb 1:1-3)
Jesus é a expressão exata da glória divina, conhecê-LO significa conhecer a glória divina.

3. A glória se manifesta nas vestes de Jesus (v. 29; Mc 9:3)
Tocar nas vestes de Jesus significa tocar no próprio Jesus (Mc 5:28; Lc 8:44). Experimentamos esta maravilha hoje através da fé...

4. O desafio da glória hoje: só uma intimidade crescente com Jesus nos leva para a visão de Sua glória – Seus doze discípulos tinham algum nível de intimidade com Ele, mas só os três mais íntimos presenciaram Sua transfiguração.


III – PORQUE ELE QUER NOS LEVAR PARA A SUA CRUZ (v. 30-31)


1.A Cruz foi verbalizada por Moisés (representante da Lei) e por Elias (representante/profetas) (v. 30-31)
Moisés e Elias falaram com Jesus da Sua “partida” = “êxodo” = assim como Moisés, pelo poder de Deus libertou o povo do Egito, Jesus pela Sua cruz nos liberta da escravidão do pecado. Na lei de Moisés o cordeiro era oferecido para sacrifício pelos pecados; Jesus, no NT, é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Os profetas, igualmente, falaram do Messias salvador – Jesus (Is 53:7).

2. A cruz foi cumprida em Jerusalém (v. 31;Lc 9:51, 53)
“Está consumado” (Jo 19:30)

3. A Cruz que é o único canal da intimidade e da glória de Jesus (Hb 10:19-23)
O caminho do conhecimento de Jesus é a Sua cruz

4. O desafio da cruz hoje é a santidade: ir à cruz, praticamente, significa morrer para os nossos pecados vivendo uma vida coerente com o Evangelho de Jesus: “Eu continuei com minha busca de mais santidade e conformidade com Cristo; o céu que eu desejava era o céu de santidade” (Jonathan Edwards).

CONCLUINDO,

que reações devemos ter à intimidade, à glória e à cruz do monte?

1. Superação dos obstáculos que nos distanciam do “monte da comunhão” (v. 32 – “sono”).

2. Valorização da experiência de comunhão (v. 33 – “bom é estarmos aqui”).

3. Submissão à vontade de Jesus (v. 35-36 – “este é o meu Filho eleito, a Ele ouvi”) – na nuvem, que simboliza a presença de Deus (Ex 40:34-35), Moisés e Elias desaparecem ficando apenas Cristo porque Ele é o pleno cumprimento da Lei e dos profetas (Dt 18:15, Dn 10:5-9), a última e definitiva revelação divina que precisa ser conhecida, obedecida e divulgada. Que você se sinta atraído cada vez mais por esta presença santa de Jesus no monte da comunhão, é o meu desejo sincero!


A CRUCIFICAÇÃO DO CRISTÃO - Lucas 9:51-56

S. de Dietrich diz que “a história é um combate incessante entre Deus que chama e o homem que resiste. E no centro desta história se levanta a Cruz. Cruz que é o grande paradoxo da Bíblia e de toda a história humana: Deus, para salvar o mundo, escolheu esse meio de se fazer pregar numa cruz”.
O contexto nos informa que os discípulos evidenciaram uma fragilidade espiritual: primeiro, discutiram para saber quem era o maior (v. 46) – Jesus os exortou dizendo que no Reino temos de admitir o paradoxo de que o caminho para ser grande é ser pequeno; segundo, decidiram que quem não andava com eles não podia agir em nome de Jesus (v. 49) – Jesus demonstra que tinham de admitir a diversidade do Reino (v. 50).
Assim como os discípulos do passado nós também temos as nossas fragilidades = pecados. A solução para vencê-las está na cruz de Jesus: por ela ficamos livres da condenação e temos acesso à perfeição = poder contra o pecado por meio de um processo “auto-crucificação” = “auto-negação” do pecado = renúncia do pecado. Como se dá a nossa crucificação?


I – A CRUCIFICAÇÃO PRECEDE A GLORIFICAÇÃO (V. 51)

“Completaram-se os dias” de Jesus ser “assunto” = ser glorificado, mas antes da glorificação, Ele teria de ir para Jerusalém = ir para a a cruz = ir para a morte. Se não houvesse morte não haveria glo-rificação (Fp 2:5-11). Em Cristo temos acesso à gloria do céu, mas antes de chegar lá precisamos passar por um caminho de morte ao pecado.


II – A CRUCIFICAÇÃO EXIGE UMA RESOLUÇÃO PERMANENTE (V. 51;13:50)

A morte de Jesus de Jesus tinha local, dia e hora marcada e Ele não foge dela: Ele manifestou “intrépida resolução de ir para Jerusalém” (v. 51) “decisivamente” (v. 53) foi para Jerusalém. Somos o povo convocado para morte (II Co 4:7-11): só vive plenamente o cristianismo quem canaliza sua vontade para o abandono do pecado.


III – A CRUCIFICAÇÃO EXIGE UMA PARCERIA COMUNITÁRIA (v. 52)

Os “mensageiros” foram parceiros de Jesus no processo de concretização da sua crucificação. Nós hoje, igualmente, na caminhada de crucificação = luta contra o pecado, precisamos da força comunitária. A luta contra o pecado não é uma luta solitária, é uma luta solidária. Juntos venceremos com mais eficiência as forças malignas que querem nos escravizar no pecado.

IV – A CRUCIFICAÇÃO ATRAI PERSEGUIÇÃO (V. 53)

Os samaritanos, que não se davam com os judeus, não deram guarida a Jesus. Ir para a cruz = ir para a morte do pecado = ir para a santificação será sempre uma guerra de muitas batalhas que envolve o sofrimento (II Tm 3:10-12).


V – A CRUCIFICAÇÃO VIABILIZA A SALVAÇÃO (v. 54-56)
Os discípulos evidenciaram de novo sua fragilidade (v. 54). Jesus a denunciou (v. 55) e revelou, uma vez mais, que sua missão não era destruir mas construir a salvação (v. 56). Na medida que passamos pela crucificação = combate incessante ao pecado = santificação, Jesus nos usará cada vez mais para cumprirmos a missão de proclamar a salvação que Ele promoveu na cruz de Jerusalém.


CONCLUSÃO

Se você não creu em Cristo, precisa “ir a Jerusalém” crendo nele como seu Salvador. Se você já creu, precisa “ a Jerusalém” com Ele num processo contínuo e determinado de negação do pecado. Quais são os pecados mais comuns da sua vida? Qual tem sido a sua decisão de enfrentá-los? O que você fará agora em decorrência desta reflexão? Que propósito específico você tomará agora?

CUMPRINDO A NOSSA MISSÃO - ATOS 8:26-40

1. O plano missionário divino (1:8)
2. Perserguição (8:1)
3. Dispersão (8:1)
4. Pregação (8:4)
5. Filipe (8:5)
a) Unanimidade: Palavra e sinais em Samaria (8:6-7)
b) Integração dos convertidos: batimo (8:12)


I – A NOSSA MISSÃO ENVOLVE SUBMISSÃO (v. 26)

1. Submissão que contraria a lógica (v. 26)
2. Submissão sem procrastinação


II – A NOSSA MISSÃO ENVOLVE APROXIMAÇÃO (v. 29)

1. Aproximação que contraria a lógica (v. 27-28)
2. Aproximação estratégica: o oficial tinha
a) Posição racial
b) Posição social
c) Posição espiritual


III – A NOSSA MISSÃO ENVOLVE COMUNICAÇÃO (“pregação”)

1. Comunicação centrada no foco de interesse do interlocutor (v. 30-31)
2. Comunicação centrada na Escritura (v. 30)
3. Comunicação centrada em Jesus (v. 32-25)


V – A NOSSA MISSÃO ENVOLTE INTEGRAÇÃO

1. Integração com persuasão (v. 35-36)
2. Integração com um critério fundamental: fé (v. 37)
a) Fé introjetada no coração
b) Fé verbalizada
3. Integração com agilidade (v. 38)


CONCLUSÃO

A experiência missionária trouxe para:
1. Etíope: júbilo (v. 39)
2. Filipe: desinstalação e convocação para um novo trabalho missionário (v. 40)


A UNÇÃO DO ESPÍRITO - I JO 2:18-29

1. “Aquele que não conhece Deus o Espírito, não pode conhecer Deus de modo algum” (Thomas Arnold) – Pedra Viva: uma Igreja que conhece o Espírito Santo


2. Estamos diante de uma palavra:
a) Paternal (v. 18a)
b) Urgente (v. 18a)
a) Reafirmação (v. 18b-19)

Os anticristos: “muitos” (v. 18b), sinais da “última hora” (v. 18). “saíram do
nosso meio” – oriundos do povo de Deus (v. 19), mas não pertenciam ao
povo de Deus.
Os crentes: “vós possuís unção que vem do Santo e todos tende conhecimento" (v. 20).
A.: a unção era, e é, a grande arma para enfrentamento dos desafios
da Igreja no mundo nos últimos dias...

I – DESTINATÁRIOS DA UNÇÃO: “FILHOS”
(v. 18 “filhinhos”; v. 20 – “vós possuís a unção.......”)

** I Jo 3:1-2

1. Filiação presente (v.2 “amados, agora, somos filhos de Deus...”)
a) Base: o amor do Pai (v. 1a)
b) Meio: a obra do Filho

* “De fato somos filhos de Deus” (v. 1) – como a filiação se tornou fato?
** Pela descoberta da identidade de Jesus: “Cristo” (v. 22)
** Pela confissão da identidade de Jesus (v. 23)
Quem nega não tem Pai, quem confessa tem Pai I Jo5:1a “todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” Jo 1:12

c) Conseqüência: a rejeição do mundo (v. 1b) e a vitória sobre o mundo ( I Jo 5:4-5)

2. Filiação futura (v. 2 “agora somos... e ainda não se manifestou o que havere de ser) = “já/ainda não”)
O presente é bom, o futuro será infinitamente melhor! A unção é uma antecipacão da glorificação
A.: A unção é uma exclusividade dos filhos; por isso, a primeira condicão para recebê-la é ser filho (I Jo 5:11-13)

II – A PROCEDÊNCIA DA UNÇÃO:

“ a unção que vem do Santo” (v. 20)

1. Jesus é o “Santo” (Jo 6:66-67)
2. Jesus é o “Santo” fluidor do Espírito Santo (Jo 7:37-39 cp c At 2:32-33)
A.: a unção não procede da nossa instituição, tradição, ritos, eventos, líderes, nem de nós mesmos, ela vem do trono e a boa noticia é que está permanentemente disponível! O que falta então? “Se alguém tem sede venha mim e beba” (Jo 7:37)

III – CONSEQÜÊNCIA DA UNÇÃO:

“e todos tendes conhecimento”(v. 20)

1.Conhecimento da verdade do Pai

“O consolador, o Espírito Santo, aquém o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito” (Jo 14:26).
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”
2. Conhecimento do poder do Pai
“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça...” (Jo 15:16); “Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim e vós também testemunhareis....” (Jo 15:26-27a)


CONCLUSÃO

Como experimentar a unção hoje?

1.) Filiação – v. 18, 20; I Jo 5:1, 11-13

2.) Apropriação

a) Palavra (v. 21 cp c/ 24)

b) Fé (v. 25; Gl 3:2, 13-14 “quero saber apenas isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?... A bênção de Abraão chegou aos gentios, em Jesus Cristo, para recebermos pela fé o Espírito prometido”

c) Comunhão (v. 27-28 “permanecei nele....”; I Jô 5:14 “esta é a confiança que temos para como ele, Jesus, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”
“Errais não conhecendo as escrituras e o poder de Deus” (Mt 22:29)

d) Submissão (v. 29 – o sinal do filho é a prática da justiça do Pai Pedro – “... Espírito Santo que Deus outorgou aos que lhe obedecem” (At 5:32)
APELO: “ se vós que sois mais sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”? (Lc 11:13)

VALORES DE UMA IGREJA - ISAÍAS 54
Acompanhemos Isaías, o profeta urbano, radicado na corte, marcado pela expectativa messiânica (cap. 53), intérprete da caminhada israelita, à qual trouxe 700 anos A;C uma mensagem que continua sendo relevante. A pergunta é: para que existe a Igreja Presbiteriana Pedra Viva? Para que nós existimos?


I – GERAR FILHOS (v. 1)

1. A experiência de Israel: fertilidade e esterilidade – “casada” com Deus Israel era fértil e alegre; seu pecado levou-o para o exílio, a infertilidade e a tristeza. Restaurada pelo Messias (Is 53), retornaria para Jerusalém e teria restabelecida a sua fertilidade.

2. Nossa experiência – ser gerado em Cristo é a maior alegria que uma pessoa pode experimentar (Lc 10:20). A geração de uma pessoa em Cristo produz mais alegria no céu do que os cultos de 99 justos (Lc 15:7). A geração de “filhos espirituais” é uma responsabilidade de quem já foi gerado (I Co 4:15-16)


II – CRIAR FILHOS (v. 2-3)

1. Filhos precisam de “tendas” = habitação (v. 2) = casas = “grupos” – “tenda” é símbolo de relacionamentos comunitários efetivos, transformadores e expansionistas.

2. As “tendas” precisam de sustentação (v. 2) – a sustentação dos filhos espirituais recém nascidos é a “Palavra” (I Pd 2:2). Criar filhos na Palavra envolve sofrimento (Gl 4:20 cp c/ 1:6-9). Os filhos recém nascidos devem ser acompanhados individualmente pelo discipulado e coletivamente pelos pequenos grupos, sendo pastoreados pelos líderes de cada “tenda”....

3. A sustentação bíblica gerará uma presença impactante na cidade (v. 3) – queremos ser uma igreja que povoe a cidade assolada pela injustiça, imoralidade, violência, má distribuição de renda, arroxo salarial, precariedade dos serviços públicos e miséria... através dos pequenos grupos.


III – SUPERAÇÃO

1. Superação do medo do futuro (v. 4a) – solidão, fracasso econômico, enfermidade, verdade, morte...., qualquer que seja o medo futuro ele precisa ser positivamente enfrentado! “No novo tempo, apesar dos fracassos, estamos mais vivos pra sobreviver; no novo tempo apesar dos perigos, estamos mais vivos pra sobreviver; no novo tempo apesar dos castigos, estamos mais vivos pra sobreviver” (Ivan Lins/Vítor Martins).

2. Superação do medo do passado (v. 4b) – olhar para traz, como fez a mulher de Ló, nos leva à imobilidade do fracasso; “sou dos que crêm e, por isso mesmo, tenho que decidir hoje fazer o meu amanhã mais diferente, mais próximo dos meus sonhos... Porque eu creio no amanhã, caminho com determinação, sabendo que os momentos mais escuros da noite são exatamente aqueles que prenunciam a alvorada” (Elias Abraão, pastor presbiteriano, deputado).

3. O caminho bíblico de superação: Deus (v. 5, 6, 9, 10

a) Precisamos redescobrir o caráter de Deus (v.5): Criador, Marido, Senhor, Santo, Redentor, Deus das nações – tratar “Deus como Deus” é o único caminho da vitória....

b) Precisamos redescobrir as ações de Deus – Ele chama imeritoriamente (v. 6), disciplina propositalmente (v. 7-8), age fielmente (v. 9-10 com base numa aliança de provisão e de paz).


CONCLUSÃO

Como igreja nascente, somos colocados por Deus diante de três desafios: geração de filhos – pessoal; criação de filhos – coletivo; superação – divino. Ao mesmo tempo Ele nos promete: relevância ministerial (v. 11-12); relevância familiar (v. 13); relevância relacional (v. 14-17). Que Ele faça da Pedra Viva uma igreja fundamentada neste valores!

JESUS É A PEDRA - I CORÍNTIOS 10:1-5

INTRODUÇÃO


1. A notável experiência de peregrinação dos “nossos” pais

a) Direção: “nuvem” (v.1) – Ex 13:21-22 (“O Sr. ia adiante deles, durante o dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho....nunca se apartou do povo a coluna de nuvem”)

b) Superação: “mar” (v. 1) – Ex 14:22 “(Os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda”)

c) Comunhão: “Moisés” (v. 2) – “batizados” = ligados ao seu projeto, sua liderança, sua Palavra, seu exército....

d) Provisão: “maná” (v. 3)


2. A Igreja peregrina

a) Direção: Espírito

b) Superação: Pai

c) Comunhão: família, rebanho, corpo

d) Provisão: diária...

A.: Falta um aspecto que foi essencial para os israelitas e o é para nós (v. 4) - “PEDRA”


I – CENTRALIDADE (“todos beberam da mesma fonte”v. 4)

I Co 1:18, 22-24 (“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus... Tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus”

Cristianismo começa em Cristo e, mais do que isto, na Cruz de Cristo

A.: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para vida eterna” (Jo 4:14). “Se alguém tem sede, vem a mim e beba” (Jo 7:37)


II – QUALIDADE (“e beberam da mesma fonte espiritual” – v. 4)

I Co 1:4-8, 30 (“sempre dou graças a meu Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus; porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de N.S.JC., o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de N.S.J.C....................Mas vós sois de Deus, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”)

Não pairava no coração de Paulo nenhuma dúvida sobre a singularidade desta Pedra...

A.: A Teologia da Prosperidade, ao fazer da riqueza material o sinal maior da fé, adulterou a beleza e a singularidade da fonte: ela não é uma fonte material, ainda que possa sim proporcionar prosperidade econômica aos que dela bebem, ela é uma fonte espiritual, suas riquezas não são passageiras, são eternas, seus tesouros não são terrestres, são celestes


III – PROXIMIDADE (“ bebiam de uma pedra espiritual que os seguia”-v.4) I Co 1:9

“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão do Seu Filho Jesus Cristo, nosso Sr.”

A.: a Igreja é mais do que uma comunidade peregrina que segue a Cristo, ela é a comunidade peregrina seguida por Cristo.... Ele está conosco todos os dias...... (Mt 28:20); Ele nos abençoa com toda sorte de bênção... (Ef 1:3); Nele experimentamos o sim de todas as promessas divinas... (II Co 1:20); Ele sempre nos conduz em triunfo (II Co 2:14).


IV – EXCLUSIVIDADE (“E a pedra era Cristo”)

I Co 2:1-2 “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado”
I Co 3:10-11 “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor, e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo”.

A.: falsas pedras – tradição, institucionalismo, humanismo, materialismo, relativismo, edonismo...


CONCLUSÃO

1. Apesar de tudo, a peregrinação israelita não deu certo (v. 5)

a) Formaram uma maioria louca (v. 5)

b) Deixaram-se ser atraídos pelo que era transitório (v. 6)

c) Foram seduzidos pela imoralidade (v. 8)

d) Foram derrubados por uma arrogância que os fez duvidar da providência divina (v. 9-10)

A.: conseqüências – “ficaram prostrados...” (v. 5b); “caíram” (v. 8b); “pereceram” (v. 9b); “foram destruídos” (v. 10)

2. Deus nos convoca para uma peregrinação que dê certo (v. 1a, v. 6a, v. 11)

a) Comunidade com Cristocentricidade: centrada em Jesus, qualificada em Jesus, marcada pela presença de Jesus, voltada exclusivamente para Jesus b) Comunidade com santidade (“todos” beberam... (v. 4) “a maioria desobedeceu”... (v. 5)

c) Comunidade com humildade (v. 12) Você é a Igreja, o que você é determina o que somos....

d) Comunidade com liberdade (v. 13 “livramento”)

O OLEIRO E O VASO - JEREMIAS 18:1-6

1, A COMUNICAÇÃO DO SENHOR:

a) Verbal (v. 1- “Palavra”)

b) Pessoal (v. 1- “que veio a Jeremias”)

c) Exige uma resposta imediata (v. 2-3a “dispõe-te e desce.... desci...)


2. O HOMEM QUE DESCE

a) Afrontado (15:15)

b) Oprimido (15:17)

c) Adoecido (15:18a)

d) Iludido (15:18b)

e) Chamado (1:4-10) e comprometido (17:13-17)

3. DESTINO DA MENSAGEM

a) Jeremias

b) Israel

c) Nós


I – DEDICAÇÃO


1. DEDICAÇÃO TOTAL (v. 4 – “ele estava entregue”) = “esforço, empenho, consagração
“Desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64:4).

2. DEDICAÇÃO PESSOAL (V. 4 – “Sua obra”)
“Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro e tu, o nosso oleiro; e todos nós obras das tuas mãos” (Is 64:8)

3. DEDICAÇÃO CONTÍNUA (v. 4 – “sobre rodas”)
“Aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até o dia de Cristo de Jesus” (Fp 1:6) – o Pai nos colocou no eixo central chamado Jesus Cristo e nunca mais irá interromper o “giro”...


II – RENOVAÇÃO


1. PQ ELE CONHECE A NOSSA CONSISTÊNCIA (v. 4 – vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou”)

a) “Ai dos que escondem profundamente o seu propósito do Senhor, e as suas próprias obras fazem às escuras, e dizem: quem nos vê? Quem nos conhece? Que perversidade a vossa! Como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse ao seu artífice: Ele não me fez; e a coisa feita dissesse do seu oleiro; ele nada sabe” (Is 29:15-16)

b) “E não precisava que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana” (Jo 2:25)


2. PQ ELE CONHECE A SUA SUFICIÊNCIA (v. 4 – “... na mão”)

a) “Teu Senhor é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a magestade; pq teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu Senhor é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glórias vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (I Cron 29:11-12)


3. PQ ELE TEM AUTONOMIA – (v. 4“tornou a fazer dele outro vaso”)


4. PQ. ELE TEM UM PROJETO CLARO – (v. 4 “segundo bem lhe pareceu”)


CONCLUSÃO

“Então veio a mim a palavra do Senhor” (v. 5) – Como ser um vaso novo hoje?

1. FÉ: crê que o oleiro pode e quer fazer um vaso novo (v. 6)

2. CONVERSÃO = MUDANÇA ÉTICA (v. 11b)

3. DECISÃO CORRETA: esperança com renúncia (v. 12)


A IGREJA VIVA - EZ 37:1-14

Ezequiel foi sacerdote e profeta que exerceu seu ministério no cativeiro babilônico, a 1100 km de Jerusalém, aproximadamente entre 593 e 573 A.C., quando Israel esteve sob o domínio de Nabucodonosor.
Em Cristo a Igreja se tornou o novo Israel de Deus, portanto, o que Deus queria fazer no velho Israel Ele igualmente quer fazer no novo: uma vivificação profunda e contínua. O que é uma Igreja Viva?

I – VALORIZA A CHAMADA PESSOAL DE DEUS (v. 1-3)

Ezequiel tocado e desinstalado por Deus (v. 1) teve a visão de Deus (v. 2-11) sendo chamado por Deus.....

2. CHAMADO PARA VER A REALIDADE: quantidade sem qualidade (v. 2)
a) Israel (v. 11): miséria generalisada (“toda a casa...”); morte da esperança (“pereceu a nossa esperança”), completa sensação de derrota definitiva (“estamos de todo exterminados”)
b) Igreja hoje: ação sem devoção, evangelização sem paixão, ajuntamento sem comunhão, forma sem conteúdo, emoção sem submissão, evento sem quebrantamento

3. CHAMADO PARA CRER NA MUDANÇA DA REALIDADE (v. 3) Deus pergunta afirmativamente e Ezequiel responde positivamente

A.: o avivamento nasce quando após enchergar a realidade, descobrimos que só Deus pode mudar a realidade e Ele o faz através de nós


II – PRIORIZA A MINISTRAÇÃO DA PALAVRA (v. 4-6)

Tendo admitido a possibilidade de um avivamento, Deus mostra a Ezequiel o caminho para sua concretização.....

1. A LOUCURA DA PREGAÇÃO DA PALAVRA(v. 4; I Co 1:21)

2. O CONTEÚDO DA PREGAÇÃO DA PALAVRA (v. 5-6 ...) Apesar de sua infidelidade, Deus traria a Israel a vitalidade

3. A FORÇA DA PREGAÇÃO DA PALAVRA (v. 6 “e vivereis” – v. 6) Hb 11:3 assim como a Palavra de Deus teve poder para fazer o universo do nada, ela tem poder hoje para entrar nas catacumbas de um cristianismo frio, descomprometido, estéril, monótono, inexpressivo, ineficiente, incompetente, tradicional, mundanizado, para transforma-lo num PODEROSO CANAL DE VIDA!

4. O ELEMENTO COMUM DE TODOS OS AVIVAMENTOS: PALAVRA (Hb 4:12)

A.: queremos ser uma igreja viva pela ministração da palavra em três níveis: pessoal, pequenos grupos, celebrações do grande grupo.


III – RENOVA A ALIANÇA COMUNITÁRIA (V. 7-8)

1. ALIANÇA DE SACRIFÍCIO (v. 7 - “ossos batiam contra ossos”) Nossa comunhão tem limitações próprias da nossa humanidade...

2. ALIANÇA DE CONVERGÊNCIA (v. 7 – “e se ajuntavam”)
O perdão prevalece sobre a dissensão

3. ALIANÇA COM “PACTOS ESPECÍFICOS” (V. 7 – “cada osso ao seu osso”)

4. ALIANÇA COM EXPANSÃO “NATURAL” (v. 8 “e cresceram... e se estendeu ) A.: o desafio dos pequenos grupos


IV – ABRE-SE PERMANENTEMENTE PARA O SOPRO DO ESPÍRITO

1. PERCEPÇÃO DA NECESSIDADE (v. 8b)

2. PERCEPÇÃO DA POSSIBILIDADE (V. 9-10)
a) Palavra (v. 9)
b) Oração (v. 9)
c) Submissão (v. 10a)

3. PERCEPÇÃO DOS SINAIS REAIS DO ESPÍRITO
a) Vitalização (v. 10b)
b) Capacitação (v. 10b)

CONCLUSÃO

1. NÃO IMPORTA COMO VOCÊ ESTEJA, DEUS VAI ABRIR A SEPULTURA E TRAZER À TERRA DA BÊNÇÃO (V. 11-12)
2. O QUE DEUS FARÁ SERÁ PARA REAFIRMAR SEU SENHORIO (v. 13-14, v. 6b)

A IGREJA NA CIDADE - ATOS 17:16-34
1. Aniversário de Goiânia

2. CONTEXTO:
a) Beréia: perseguição encetada p/ judeus de Tessalônica a Paulo, Silas e Timóteo;
b) Envio de Paulo a Atenas.

3. ATENAS: capital da filosofia antiga e, apesar do declínio, ainda era o maior centro cultural do planeta.

4. RELAÇÃO de Paulo com Atenas: rápida e intensa.


I – INTERAÇÃO (v. 16) As pontes de Paulo com a cidade

1. OBSERVAÇÃO: abriu os olhos para a cidade – havia em Atenas uma verdadeira floresta de imagens, uma estátua para cada buraco.

2. AVALIAÇÃO: fez uma leitura crítica da cidade – “domínio da idolatria”

3. INTERNALIZAÇÃO: trouxe a cidade para o seu coração cristão – “espírito se revoltava”

4. PRINCÍPIO: a Igreja é plantada na cidade para manter uma sintonia permanente com a cidade (Ex de Jesus – Lc 19:41-44).

5. APLICAÇÃO: somos chamados igualmente a ver Goiânia: afrouxamento ético, desagregação familiar, má distribuição de renda , presença de uma religiosidade baseada no entretenimento e divorciada da Palavra, a proliferação da violência, um perigoso processo de erotização.


II – PROCLAMAÇÃO (v. 17-18)

Paulo “desinterioriza” a sua relação com a Cidade

1. OCUPA ESPAÇOS: sinagoga (v. 17) – ponto central de culto dos judeus; praça (v. 17) – centro de negócios, atividades cívicas, propaganda, intercâmbios de idéias no centro de Atenas; areópago (v. 19) – era uma espécie de corte que supervisionava a moral, a educação e a religião da cidade.

2. BUSCA INTERLOCUTORES: judeus e gentios piedosos (v. 17) – transeuntes da praça; filósofos epicureus (v. 18) – “Deus não existe e se existisse estão tão distante do mundo que não poderia influenciá-lo”; filósofos estóicos (v. 18 – “a razão é o princípio básico do universo e Deus é a alma do próprio homem”.

3. MENSAGEM: “Jesus e a ressurreição” (v. 18) – não era uma mensagem institucional, religiosa, moralizadora, de auto-ajuda, mas uma mensagem radical: o Jesus nascido em Belém, é o filho eterno do Deus único pois ao terceiro dia venceu a morte, ressuscitou, subiu aos céus, é soberano e está vivo eternamente.

4. PRINCÍPIO: a Igreja está plantada na cidade para ser a voz de Jesus na cidade: Jesus não tem outros pés para caminhar pela cidade..., não tem outros braços para acolher seus cidadãos... não tem outras mãos para socorrer os aflitos... não tem outra voz para dizer: “vinde a mim”.

5. APLICAÇÃO: a tarefa da proclamação é individual e coletiva

III – PERSUASÃO (V. 19-31)

Paulo cumpre cabalmente seu propósito na cidade: convencê-la a comprometer-se com o único Deus verdadeiro revelado em Cristo

1. PAULO APROFUNDA SUA RELAÇÃO COM OS CIDADÃOS ATENIENSES

a) Convivendo positivamente com as primeiras resistências (v. 18) + Oposição aberta (“contendiam”) + Ironia (“tagarela”) = pássaro

b) Admitindo ser colocado no Local onde se centralizavam as discussões e decisões Atenienses (v. 19a).

c) Admitindo ser QUESTIONADO livremente (v. 19b-21) & PRINCÍPIO: a qualidade de nossa persuasão na cidade se mede pela nossa capacidade de estabelecer pontes transformativas com aqueles que pensam diferentemente de nós... & APLICAÇÃO: muitas não é a cidade que é resistente ao Evangelho, mas nós é que que somos resistentes a relacionamentos que proporcionem o conhecimento do Evangelho.

2. PAULO SE ESFORÇA PARA PROPORCIONAR A RELAÇÃO DOS ATENIENSES COM DEUS

a) Deus cuja relação precisava ser aprendida (v. 22-23) Os gregos eram versados numa grande gama de conhecimentos, mas havia um conhecimento que eles eram ignorantes – o conhecimento de Deus.

b) Deus com atestado de bons antecedentes (v. 24ª-26) Epicureus: “os átomos são materiais eterno e o mundo procede deles”.

c) Deus livre dos limites humanos Estóicos: “o homem é auto-suficiente e deve viver em função da sua razão”. Paulo: só Deus é autosuficiente e ilimitado.... + Geográficos (v.24ª – “...Sr do céu e da terrra”); + Rituais (v. 24b – não habita em santuários...; + Físicos (v. 25b – “... Ele mesmo é quem dá”...). + Tempo – (v. 26b) – “fixou os tempos previamente...”

d) Deus plenamente acessível Epicureus: “Deus é inatingível e não tem qualquer interesse no homen” Paulo: Deus é acessível + Para aqueles que já têm o primeiro discernimento da sua providência (v. 28); + Para aqueles que não se satisfazem com a mera expressão artística de sua existência (v. 29); Para aqueles que estão convencidos da urgência de uma mudança interior (v. 30-31): benignidade (v. 30); oportunidade (v. 30); centralidade (v. 31).

e) PRINCÍPIO: a notificação de Deus em Paulo é para você que tem experimentado da religiosade cristã, mas não tem experimentado do conhecimento de Deus em Cristo.

f) PRINCÍPIO: a tarefa de notificar hoje de maneira persuasória é sua.

CONCLUSÃO

1. AS RESPOSTAS à nossa presença evangelizadora serão DIVERSIFICAS (V. 32-34)

2. Seremos AVALIADOS pela nossa FIDELIDADE em semear e cuida da semente e não pelas respostas dadas

3. Só temos um MOTIVO para não cumprir nossa missão na cidade: se Deus nos levar para outra cidade (18:1)

VIDA OU MORTE - EFÉSIOS 2:1-10

Diagnóstico de Efésios: desordem do mundo – falta de segurança, avanço da criminalidade, avanço das drogas, corrupção, má distribuição de renda, desagregação da família, ausência de valores éticos, ...... ordem de Deus (1:9)

I – MORTE: PASSADO
1. TIPO

a) Não é morte física

b) Não é morte eterna – separação definitiva de Deus no inferno

c) É morte espiritual – “o salário do pecado é morte” – Rom 6:23 a

2. CAUSA: pecado

a) É uma condição natural
& “Filhos” da desobediência (v. 2); “filhos” da ira
“Somos substancialmente pecadores, todos sem exceção o sabem; cada nascido de mulher descobre isso sem precisar lê-lo nos livros” (Simpson)

b) “Somos” pecadores = por isso pecamos E NÃO “pecamos” = por isso somos pecadores


3. ESTIMULADORES

a) “Mundo” (v. 2) = “kosmos” = “cosmético” = “tudo que pretensamente embeleza a vida humana, mas confronta o conceito divino de beleza”; “sistema social que exclui e rejeita Seu domínio"

b) “Príncipe” (v. 2) = diabo (Jo 12:31; 14:30)

a) Poder (“príncipe”)
b) Influência (“agora atua nos filhos da desobediência”)

c) “Carne” (v. 3) = “natureza não regenerada” ; Gl 5:19-21; Ef 4:17-2

4. ABRANGÊNCIA: todos (v. 1-3)
“Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados....” (v.
1); “estando nós mortos em nossos delitos” (v. 5a)
Ex.: “o mundo todo é um imenso cemitério e cada pedra tumular tem a mesma inscrição – morto por causa do pecado” (Curtis Vaughan).
“MAS” (v. 4)

II – VIDA: PRESENTE E FUTURO
1. FONTE: Deus (v. 1, 4-5)

a) Iniciativa exclusiva de Deus (v. 1, 5)

b) Motivação: misericórdia (v. 4)
“É Deus não dar o que merecemos: a condenação”

2. MEIO: Jesus Cristo
“Nos deu vida juntamente com Cristo” (v. 5)

“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te entre os mortos e Cristo te iluminará” (Ef 5:14)

a) Cristo anulou os efeitos mortíferos do pecado
“A vós outros que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívidas, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente na cruz; e, despojando os principados e as potestades,publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Col 2:13-15)
“Está consumado” = “tetelestai” = “está pago” (Jo 19:30)

b) Cristo nos transportou para o céu (v. 6 “... nos ressuscitou e nos fez assentarem nos lugares celestiais em Cristo Jesus”)
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Col 1:13)

3. BASE: graça

a) Graça cristocêntrica (v. 5 – “nos deu vida juntamente com Cristo pela graça”); “Assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida” (Rom 5:18)

a) Graça salvadora (v. 5, 8)
Graça é Deus nos dar gratuitamente aquilo que não merecemos: a salvação.
Nb.: a garantia é o Espírito Santo (Ef 1:12-14)

c) Graça suprema (v. 7)

4. EXPERIMENTAÇÃO: f´é (v. 8)

a) Fé salvadora (v. 8)

& Não é fé meramente “intelectual” – Tg 2:19

& Não é fé meramente “temporal” = finanças, emprego, saúde, concurso, viagem...

& É fé que confia em Jesus para a vida eterna
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” – At 16:31

b) Fé somente (v. 8 – “isto não vem de vós, é dom de Deus”)
“Tu não podes satisfazer a Deus, mas Ele satisfaz a si e a ti. O que importa não é o que você faça, mas tão somente o que Ele faz... Tu só entendes a palavra de Deus quando e4stá no fim com as tuas forças, quando só te resta a esperança no Senhor” (Emil Brunner)

c) Fé humilde (v. 9 – “não de obras para que ninguém se glorie”)
“O verdadeiro Deus é aquele que se acha quando não há mais possibilidade de se ajudar a si mesmo e só resta a confiança no Senhor. Confiar somente em Deus, não mais na própria força, na própria capacidade, nos próprios conhecimentos – isto significa crer, tornar-se propriedade do verdadeiro Deus” (Emil Brunner)

d) Fé sinalizada pelas obras (v. 10)

CONCLUSÃO

1. Pilares da Reforma
Só a Deus glória – “Ele vos deu vida...”
Só Jesus Cristo – Ef 1:3
Só a graça – Ef 2:5, 8
Só a fé – Ef 2:8
Só a Escritura – Jo 5:39-40

COMO ENCHER A BOTIJA - II REIS 4:1-7

2. ELISEU: sucessor de Elias; profeta do norte (Israel); pré-anunciou o castigo (assírios – 722 a.C)

3. FATO narrado

4. O AZEITE NA BÍBLIA

Iluminar; alimentar; ungir (reis, profetas, sacerdotes – símbolo de autoridade, força e honrra); símbolo do Espírito (Is 61:1-3)

5. Linha interpretativa

I – CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE

1. PERFIL DA MULHER

a)Sem nome (v. 1), viúva (v. 1), pobre, falida, coagida a oferecer os filhos como pagamento de dívidas, sem perspectiva, PORÉM, CLAMOU...

b) Uma mulher que foi influenciada pelo marido que tiver aliança com Deus (v. 1)
2. O azeite do espírito é para os insatisfeitos; a igreja tem sido marcada pela incredulidade, carnalidade, acomodação, indiferença, desapego à Palavra, insensibilidade – mas vive como se tudo fosse bem, não tem consciência de que precisa urgentemente do azeite do Espírito...

II – CONSCIÊNCIA DA POSSIBILIDADE

1. POSSIBILIDADE POR CAUSA DO QUE SE TEM

a) A pergunta de Eliseu demonstra que ela seria abençoada a partir do que já tinha em casa (v. 2)

b) Todo crente só pode ficar cheio do Espírito porque já tem o Espírito
• Mt 25 – virgens néscias não tinham o Espírito pois não conheciam o Senhor
• I Co 12:13 – “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito”
• Rom 8:9 – “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”

2. POSSIBILIDADE POR CAUSA DA PALAVRA


a) Elizeu dá à viúva uma promessa de provisão (v. 3-4)

b) Jesus nos deu uma palavra de promessa sobre o Espírito Santo
* Jo 7:37b-39 “se alguém tem sede, venha a mim e beba; quem crer em mim,
crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva; isto ele disse com respeito ao Espírito.....”
• Jô 14:16-18 “eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, afim de que esteja para sempre convosco; o Espírito da verdade, que o mundo nãopode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele habita convosco e estará em vós; não vos deixarei órfãos, voltareipara vós outros”
• Lc 11:13 “se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos quanto mais o Pai Celestial dará o Espírito Santo aos que lho pedirem?”
3. A.: “recebestes o Espírito Santo pelas obras da lei ou pela pregação da Fé...”? O Espírito Santo não é uma exclusividade pentecostal, não é privilégio de um seleto grupo de crentes, Ele se derrama sobre qualquer botija, independente do rótulo....

III – DISPOSIÇÃO PARA OBEDECER

1. UMA OBEDIÊNCIA SEM QUESTIONAMENTO (v. 3-5)
“Será que os vizinhos têm vasilha? Se têm, vão emprestar? Para que tanta vasilha? Para que envolver os filhos? Para que fechar a porta?
2. A OBEDIÊNCIA É O PRÉ-REQUISITO DA UNÇÃO

a) Lc 24:49 “eis que eu envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”

b) At 5:32 “...o Espírito Santo que Deus outorgou aos que lhe obedecem”

3. O ESPÍRITO SANTO SE DERRAMA SOBRE QUEM ESTÁ DISPOSTO A CUMPRIR SUA AGENDA

a) Filipe troca o avivamento samaritano pelo caminho solitáriode Jerusalém para Gaza... “disse o Espírito a Filipe: aproxima-te desse carro e acompanha-o... (At 8:29)

b) Paulo e Barnabé – trocam o conforto e a estabilidade da equipe pastoral da Igreja P. de Antioquia, para serem missionários...”disse o Espírito Santo – separai-me agora, Paulo e Barnabé para a obra que os tenho chamado” (At 13:2)

c) Paulo e Silas – foram impedidos, pelo Espírito, de pregar na Bitínia; depois receberam a visão de pregar na Macedônia.... e obedeceram (At 16:6-10)

d) Paulo – recebe do Espírito a tarefa de seguir para Jerusalém com uma grande certeza – “o Espírito Santo me assegura que de cidade em cidade me esperam cadeias e tribulações...” (At 20:23)

e) Rom 8:13 - “se viverdes segundo a carne, caminhais para morte; mas, se pelo Espíríto, mortificardes os feitos do corpo, certamente, viverei”

f) Gl 5:16 – “andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne”
4. A.: unção não para emoção.., ostentação, divisão. Unção é para levar nosso pensamento cativo ao Senhor..... e equipar para a missão...

CONCLUSÃO

1.O Espírito só pode encher VASILHAS VAZIAS 9v. 2)

2. A MEDIDA DO ENCHIMENTO é a medida da vida que ofertamos a Deus (v.6

3. O enchimento implica na transformação das nossas RELAÇÕES SOCIAIS (v.7

4. O enchimento é vida para nós e para nossos FILHOS (v. 7; Is 44:3; At 2:17-19)

GRAÇA - II COR 8:9 (ler v. 1-15)

01. Dedicatória do Cada Dia

02. “Graça” é a palavra que mais aparece neste texto (v. 1, 4,6, 7, 9)
03. A essência da graça (v. 9)

I – GRAÇA CONHECIDA

01. A igreja da Macedônia, no que tange às questões de solidariedade financeira, era liberal, generosa, expontãnea, voluntária, alegre, prestativa, responsável, empática (v.5).

02. Paulo, usando o exemplo positivo dos macedônios, queria que os corintios crescessem nesta graça (v.6-7) pois eles já conheciam a graça

03. Graça não é meramente conceitual, ela é experimental, é um conhecimento para a vida

“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência de que com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (II Co 1:2)

A.: Deus nos chama para ser o povo da graça, levando sua graça para a família, trabalho, escola, relacionamentos...

II – GRAÇA CRISTOCÊNTRICA

“graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (II Co 1:2)

1. Graça da reconciliação - II Co 5:18-19

2. Graça da capacitação -

a) “Sempre dou graças a meu Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça que vos foi dada em Cristo Jesus, porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom...” (I Co 1:4-8)

b) “importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (I Co 4:1)

III – GRAÇA ENRIQUECEDORA

1. Riqueza da Identificação –

a) “Sendo rico se fez pobre por amor de vós” = o inteiramente outro se faz inteiramente nosso irmão; “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co 5:21). “Jesus, sendo por natureza filho de Deus, se faz filho do homem, para que nós, sendo por natureza filho do homem, nos tornássemos filhos de Deus”.

2. Riqueza da provisão
“Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim, porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio”( II Co 1:20)

3. Riqueza da comunhão
“Deus, que disse: das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (II Co 4:6).

4. Riqueza da proclamação

a) “Tendo o mesmo espírito da fé, como está escrito - Eu cri, por isso é que falei; Também nós cremos, por isso também falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus” (II Co 4:13-15)

b) “nos deu o ministério da reconciliação... nos confiou a palavra da reconciliação... de sorte que somos embaixadores em nome de Cristo” (II Co 5:18-20).

5. Riqueza da superação

a) II Co 12:7-10

b) “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Co 15:57)

CONCLUSÃO
1. Resumo:

a) Graça “conhecimento” = apropriada pela fé e não pelas obras

b) Graça “cristocêntrica” = fonte divina e não humana

c) Graça “enriquecedora” = qualidade

2. Sonhamos, assim, com uma Igreja:

a) Que conhece insaciavelmente a graça (Os 6)

b) Que converge cada vez mais para Jesus
“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor, e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica porque ninguém pode lançar outro fundamento além do que já foi posto – o qual é Jesus Cristo” (I Co 2:10-11).

c) Que tenha a verdadeira riqueza
“não atentamos nas coisas que se vêm, mas nas que se não vêm, porque as que se vêem são temporárias, e as que se não vêm são eternas” (II Co 4:18)

A CORRIDA CRISTÃ - HB 12:1-3


I – INSPIRAÇÃO (v.1)

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem detestemunhas....” = “corredores” do passado

1) Hb 11 (Enoque – v.5, Noé – v. 7, Abraão – v.8, José – v. 22, Moisés – v. 24)

2) Atletas da IPSU: Absalão/Marieta, Benedito Roquete /Clotilde, Suahil, dona Joana, Emerenciano/Adelina,

A.: aniversário é tempo de compreender que a melhor maneira de construir o presente é valorizando o passado (corrida de bastão) (Pv 22:28)

II – QUALIFICAÇÃO (v. 1)

“... Desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia...” = embaraços

1) Lícitos =“Peso” – lícito mas não convém (I Co 10:23)
Projeto acadêmico...

2) Ilícitos =“Pecado”

A corrida cristã é uma corrida contra o pecado: largada (livre da condenação do pecado), percurso (livre do poder do pecado), chegada (livre da presença do pecado)

A.: aniversário é tempo de chorar pelos pecados que nos embaraçam – superficialidade devocional, a morte da paixão evangelística, descaso com o discipulado, a frouxidão ética...

III – INTEGRAÇÃO (v. 1)

“...corramos....”

1) Não é uma corrida solitária, é solidária – Fp 1:27

2) Não é uma corrida independente, é interdependente – I Co 12:21

A.: aniversário é tempo de reafirmar que nós somos um time formado por Jesus que só experimentará a vitória se fizer da unidade um valor diário inegociável.... (exemplo do Goiás)

IV – DETERMINAÇÃO (v. 1)

“... com perseverança...”

1. Ronaldo (2002) – “diga para o povo que o guerreiro está ferido, mas não está morto”; não estamos no mundo como turistas, mas como atletas da melhor e maior de todas as seleções, verdadeiros guerreiros na qual a palavra de ordem é determinação, disciplina, garra, foco, objetivo, sonho = perseverança!

A.: aniversário é tempo de ligar o sinal de alerta para perguntar – “o rol dos desistentes não tem crescido mais do que o rol dos permanentes”?

V – ESPECIFICAÇÃO (v. 1)

“... a carreira que nos estáproposta...”

1. Plano pessoal: “pessoas certas, nos lugares certos, pelas razões certas” (I Pd 4:10 A.: aniversário é tempo de discernir, afirmar, aperfeiçoar a identidade conferida por Deus (“o jeito universitariano de ser”)

VI – CENTRALIZAÇÃO (v. 2-3)
“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus; considerai, pois, atentamente,aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma”
1)A carreira cristã é a corrida da fé em JESUS:
ELE é o autor e consumador da fé: ELE nos colocou na igreja, nos mantém na igreja, nos aperfeiçoa na igreja, nos usa na igreja e, por fim, nos levará para onde está = para perto do seu trono = sairemos, assim, da sua igreja militante para a sua igreja triunfante.

CONCLUSÃO (v. 3)
“Considerai, pois, atentamente,aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma”
“A igreja é uma grande e velha nave. Ela range, balança, rola, e às vezes faz com que a gente queira vomitar. Mas ele chega ao seu destino. Sempre chegou, sempre chegará, até o fim dos tempos. Com ou sem você” (Philip Yance – Igreja, porque me importar?)
1) Valorizando sempre quem já vestiu esta camisa (inspiração)
2) Honrando esta camisa empenhando-se em ser o melhor atleta que você pode ser (qualificação)
3) Fazendo o maior de todos os esforços para manter a unidade do time (integração)
4) Mantendo-se firme na luta mesmo quando o campeonato pode parecer perdido (determinação)
5) Assumindo sua posição com alegria (especificação)
6) Reafirmando sua aliança diária com o técnico dos técnicos

VIVER COM PROPÓSITO - ISAÍAS 26:1-4
1. Dr. Hugh Moorhead, professor de filosofia da Universidade de Illinois, EUA, perguntou a 250 renomados filósofos, cientistas e intelectuais do mundo: “qual o significado da vida”?. Respostas: alguns deram bons palpites, outros inventaram um propósito para não passar em branco, outros honestamente disseram que não tinham a menor idéia e vários pediram ao professor que, caso ele descobrisse a resposta, que comunicasse com eles.


2. PERFIL DE ISAÍAS Profeta urbano e ligado à corte; ministério - exercido entre 740 e 700
a.C; tempo - de agitação política (por causa do domínio assírio) e de agitação espiritual (por causa do domínio do pecado); mensagem - de confrontação e de encorajamento.


3. ENCORAMENTO: Isaías aponta para um DIA DE VITÓRIA

a) Dia de celebração (v. 1a - “naquele dia se entoará este cântico na terra de Judá”)

b) Dia de reafirmação (v. 1b – “temos uma cidade forte, Deus lhe põe a salvação por muros.....”)

c) Dia de comunhão (v. 2 – “abri as portas....”)

+ Sentido primário – restauração de Jerusalém com o fim da dominação assíria
+ Sentido pleno – estabelecimento da Nova Jerusalém para todos os salvos pelo Messias de Israel - Ap 21:10-11 (“ a santa cidade, Jerusalém,... tem a glória de Deus”); Hb 12:22


4. PROPOSTA DO ESTUDO: a) Como chegar hoje a esta experiência presente de restauração existencial e no futuro de restauração salvadora plena? Isaías diz que “é preciso ter um propósito de vida “ (v. 4)

a) “Propósito= “formar, moldar, imprimir diretrizes”

b) “O homem sem propósito é como um barco sem leme” (Thomas Carlyle)

UMA VIDA COM PROPÓSITO (v. 4)
I – UMA VIDA CENTRADA EXCLUSIVAMENTE EM DEUS (v. 4 “Tú, Senhor,...”)
“A menos que se admita a existência de Deus, a questão que se refere ao propósito para a vida não tem sentido” (Bertrand Russel – ateu)

Is 44:1-6

1. PQ DEUS É O NOSSO CRIADOR (Is 44:1-2)
Só quem nos criou pode definir eficientemente o propósito para a nossa existência...

2. PQ DEUS É O NOSSO MANTENEDOR (Is 44:3-4)
Só quem nos mantém pode criar as condições para que vivamos com propósito....

3. PQ DEUS É O NOSSO SENHOR (Is 44:5-6)
Viver com propósito significa viver como servo de Deus

Propósito não é aquilo que você decidiu fazer da sua vida e depois só comunicou a Deus, mas é aquilo que Deus decidiu fazer de sua vida e comunicou a você!

II – UMA VIDA COM QUALIDADE DIFERENCIADA
(v. 4 “conservarás em perfeita paz...”)
1. PAZ PERFEITA NÃO É:

a) Ausência de sofrimento – I Pd 5:10

b) Ausência de conflito – Gl 2:11 (Paulo resistiu a Pedro “face a face pq se tornara repreensível”)

1. PAZ PERFEITA É:

a) Paz da singularidade (“Pessoa certa...”) Você é o único “você” que Deus criou. A probabilidade de que exista alguém igual a você, no presente, passado ou futuro é infinitesimal, algo como 10 elevado à potência 3.000.... Deus criou você e quebrou o molde... Ninguém pode duplicar a sua vida... Não existe uma caixa com “cópia de segurança” sua na oficina de Deus.. Você é o cometa halley de Deus: só temos uma oportunidade de vê-lo brilhar! (Max Lucado).

b) Paz da utilidade (“... nos lugares certos...”) Diante da ordem dada pelo presidente John Kennedy para plantar um carvalho no gramado da Casa Branca, o jardineiro protestou dizendo que a árvore não cresceria em menos de dez anos. “Então aí está uma razão para você plantá-la logo: plante hoje mesmo”, disse Kennedy. Você é único, mas precisa ser útil sem medo da grandeza do propósito que Deus lhe determina. Moisés só tinha um cajado, Davi só um estilingue, Sansão só uma queixada, Raabe só uma corda, Maria só um pouco de ungüento, Arão só uma vara, Dorcas só uma agulha, MAS TODOS FORAM USADOS POR DEUS POR QUE TIVERAM O PROPÓSITO DE SEREM ÚTEIS! A paz perfeita é a paz da utilidade!

c) Paz da verticalidade (...” pelas razões certas”) Michelangelo foi um grande escultor. Com pouco mais 30 anos, quando já tinha produzido obras primas como Pietá e Davi, recebeu do papa Julio II a tarefa de esculpir algumas figuras no teto de uma capela do vaticano. Apesar de resistente no início, por não ser a pintura a sua paixão, acabou aceitando o desafio. Quatro anos mais tarde, depois de ter pintado 400 figuras e 9 cenários e ter perdido a saúde de tanto trabalhar, Michelangelo acabou fazendo uma obra que redirecionou o estilo da pintura européia e mundial. A um observador do trabalho lhe perguntou porque dera tanta atenção nos detalhes dos cantos da capela se ninguém nunca os veria, ele respondeu de maneira firme: “Deus verá”. Para viver com propósito não basta ser único, ser útil, é preciso fazer tudo para a glória de Deus = paz da verticalidade.
Ef 6:7 “Sirvam de boa vontade, como ao Senhor e não para homens”

III – UMA VIDA QUE PAGA O PREÇO DA CONSTÂNCIA
(“aquele cujo propósito é firme”)
1. PROPÓSITO FIRME É O QUE RESISTE AO TEMPO (Is 25:1 – “ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros”) Judith Dias Pinheiro, é um grande exemplo de alguém que decidiu viver com propósito: missionária servindo ao Senhor desde a juventude, registrou no cartão de aniversário dado aos convidados para a sua festa de 90 anos: “O Senhor levará a bom termo o que me concerne” (Sl 138:8); a doutrina da providência ensina aos cristãos que eles nunca estão presos à sorte cega, à casualidade ou ao destino. Tudo o que lhes acontece é divinamente planejado e cada acontecimento chega como um novo convite a confiar, a obedecer e regozijar-se, sabendo que todas as coisas ocorrem para o seu bem espiritual e eterno” (Rom 8:28). Viver com propósito não é um projeto para um ano ou uma década, mas para toda a vida!

2. PROPÓSITO FIRME É O QUE PERMANECE NO FOCO Quando Davi se apresentou a Saul para lutar contra Golias, vendo que Golias tinha mais de 2.70 de altura, um capacete de bronze, uma couraça de escamas de 56 quilos, caneleiras de bronze, uma lança com uma ponta de 7 quilos (I Sm 17:4-7), Saul mais do que depressa quis dar ao pequenino Davi uma armadura e um capacete de bronze. Contudo ele rejeitou, escolheu as pedras e derrotou o gigante com um estilingue, ensinando-nos que nem tudo que serve para os outros serve também para nós. Se um rei lhe der uma armadura não significa que você deve usá-la: só porque alguém lhe deu um conselho, um emprego, uma promoção, não significa que você tenha que aceitar. Viver com propósito não é fazer muitas coisas, mas fazer exatamente aquilo que Deus estabeleceu como foco central das nossa vidas...
CONCLUSÃO: viver com propósito é viver em Cristo (Is 9:6-7)
1. É viver na melhor fonte de vida: o Senhor Jesus Cristo (Jo 4:6-15)

2. É desfrutar da melhor paz de vida: a paz perfeita de Jesus Cristo (Col 3:15)

3. É permanecer até o fim na prática da melhor vontade da vida: a vontade de Jesus Cristo Jo 13:17 4. Propósitos que partilharemos daqui até novembro:

a) Adoração: você foi planejado para agradar a Deus

b) Comunhão: você foi formado para fazer parte da família de Deus

c) Discipulado: você foi criado para conhecer e ensinar todo o desígnio de Deus

d) Serviço: você foi moldado para demonstrar o amor de Deus

e) Evangelização: você foi criado para partilhar a salvação de Deus

A FESTA DA PÁSCOA - EX 12:1-28
1. DEUS GOSTA DE FESTA

a) Toma a iniciativa de promover a festa (v. 1)

b) Escolhe os organizadores (v. 1)

c) Define a data (v. 2, 3)

d) Determina quais serão os convidados (v. 3)

e) Estabelece o cardápio e a forma de prepará-lo (v. 8, 15)

f) Define o trage (v. 11)

g) Dá o nome (v.11): “páscoa” = verbo hebraico “pasoh” = “passar além, passar adiante sem fazer mal”= “passagem do Senhor” (v. 13) – “eu sou o Senhor” (v.13)
Javé é Deus acima de todos os deuses, é Senhor acima de todos os senhores, é autoridade sobre a autoridade do faraó...

2. SÃO OS VALORES DESTA “PÁSCOA” = “PASSAGEM DO SENHOR” ?

A PASSAGEM DO SENHOR


I – A PASSAGEM DO SENHOR TEM UM CENTRO: CORDEIRO (v. 3-6)

1. CORDEIRO PESSOAL (“cada um tomará para si um cordeiro” – v. 3)
A escravidão era um drama nacional israelita que já durava 400 anos, mas antes de ser um drama nacional era um drama pessoal: o israelita não tinha cidadania, direitos, identidade, liberdade, sonhos; seus horizontes limitavam-se à escravidão, exploração, expoliação, opressão, violência, angústia. Mas uma esperança concreta se desenhava e para concretizá-la cada um deveria ter um “cordeiro”.
2. CORDEIRO FAMILIAR (“... um cordeiro para cada família...” – v.3-4)
Quando Deus passa - em qualquer época, lugar ou geração – Ele prioriza a família. O grande projeto divino foi e continua sendo passar na família pois Ele bem sabe que ao passar nela estará efetivamente passando na nação. Deus programou, assim, uma festa doméstica: sem templo, sem altar, sem sacerdote, Deus revelou sua prioridade número um – o lar! E família para Deus tem uma visão mais abrangente envolve todos aqueles que têm relacionamentos mais próximos (v. 3 – “... convidará ele o seu vizinho mais próximo”).

3. CORDEIRO SINGULAR (v. 5 “... sem defeito”)
Deus exigiu que no dia 10 (v. 3) escolhessem o melhor cordeiro de todos os cordeiros de cada rebanho,um cordeiro sem defeito, evidenciando uma vez mais sua visão de perfeição...

4. CORDEIRO SACRIFICADO (v. 6 – “.. congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde”)
Toda a família israelita e, consequentemente, toda a nação, concentraria sua total atenção ao cordeiro escolhido, separado, guardado por quatro dias, sacrificado sem que nenhum osso fosse quebrado e assado.

5. APLICAÇÃO NO NOVO TESTAMENTO:

a) A passagem do Senhor hoje tem como centro um cordeiro: Jesus Cristo (Jo 3:36)

b) Jesus é o cordeiro pessoal (Mc 10:46-52 – “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim”)
Jesus é Deus passando em nossa nação para alcançar cada pessoa particularmente...

c) Jesus é o cordeiro familiar (Lc 19:1-5 “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua..”
Jesus é Deus passando em nossa cidade para alcançar cada uma de suas famílias...

d) Jesus é o cordeiro singular
Cristo “não cometeu pecado nem dolo algum se achou em sua boca, pois ele quanto ultrajado, não revidava com ultrage, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (I Pd 2:22-23).
Jesus é Deus passando em nossa família para nos levar para um caminho de
perfeição....

e) Jesus é o cordeiro sacrificado
“Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca, como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53:7)
Jesus é Deus passando entre os homens para amá-los da forma mais completa: sacrificialmente...


II – A PASSAGEM DO SENHOR TEM UM SINAL: SANGUE (v. 7-13)


1. SINAL DA COMUNHÃO: CORDEIRO PARA SER “COMIDO” POR NÓS (v. 7-11)
Em todas as casas onde houvesse sangue (v. 7) aconteceria um saboroso “churrasco” de cordeiro temperado com ervas amargas e acompanhado de pães asmos (v. 8), comido às pressas (v. 11), mas vivido como uma experiência intensa e única de comunhão libertadora...

Jesus é Deus passando entre nós para nos atrair para a comunhão pelo Seu sangue

“A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida; quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá” (Jo 65-57) .
“Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas mentimos e não praticamos a Verdade; se porém, andarmos na luz como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado” (I Jo 1:6-7)
Quem come do Cordeiro Jesus prioriza viver com o povo de Jesus!

2. SINAL DA SALVAÇÃO: CORDEIRO PARA SER VISTO POR DEUS (v. 12-13)
Na grande noite da passagem do Senhor pelo Egito só havia um referencial para os olhos divinos: o sangue nas casas: a visão dele significaria execução da salvação, a ausência dele execução do juízo.Ele providenciou tudo, mas o sangue na porta teria de ser pintado por cada casa!

Jesus é Deus passando entre nós para proporcionar ao homem a salvação.
Não adianta você ser simpático ao Cordeiro Jesus, conhecer a história do Cordeiro Jesus, ter uma religião que fala do Cordeiro Jesus, contribuir financeiramente para as obras realizadas em nome do Cordeiro Jesus, você precisa pela deixar o Espírito Santo pintar Seu sangue no seu coração...


III – A PASSAGEM DO SENHOR TEM UM PROPÓSITO (v. 14-20)

1. FAZER UM RESGATE HISTÓRICO (v. 14 “este dia vos será por memorial..”)
Quando Deus passa em uma geração Ele quer que os efeitos de Sua passagem se evidenciem nas gerações seguintes
Jesus passou entre nós e deixou a ceia como o memorial da sua passagem Salvadora.
(I Co 11:24 – isto é o meu corpo que é dado por vós, fazei isto em memória de mim”).
2. CELEBRAR AO SENHOR (v. 14)

A libertação está intimamente ligada à celebração (Ex 5:1 “... deixa ir o meu povo para que me celebre uma festa no deserto”). O “Egito”, que é símbolo da escravidão do pecado, rouba nossa mente, nossas emoções, nosso corpo, nosso tempo, nossos talentos, nossos sonhos e desvia nosso foco do objetivo prioritário da vida humana: celebrar a Deus, adorar a Deus. “Salvação” significa liberdade e responsabilidade para celebrar. Deus espera nossa celebração!
Jesus espera nossa celebração (Lc 17:17-18 – cura dos leprosos...)
O céu é uma celebração eterna ao Cordeiro – Ap 5:6-14

3. APROXIMAR-NOS DO PADRÃO DIVINO DE PERFEIÇÃO (v. 15-20)

a) A páscoa exigia o uso de “pães asmos”, ou seja, sem fermento (v. 15, 18-20)
O fermento, no contexto bíblico, é sinônimo do pecado que precisa ser determinadamente rejeitado.Com o sangue nas portas das suas casas os israelitas estariam livres da condenação, mas uma vez livres dela precisariam construir um caráter semelhante ao de Deus....

b) A páscoa deve ser uma “assembléia santa” (v. 16)
Celebrar a páscoa é reafirmar um pácto de santidade com Deus!

A.: Jesus passa hoje entre nós para nos santificar....
Ex.da Ceia de Corinto realizada com imoralidade – “... não é boa a vossa jactância, não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento para que sejais nova massa, como sois, de fato sem fermento. Pois também Cristo nosso Cordeiro pascal foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade” (I Co 5:1-6)

CONCLUSÃO: QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA PÁSCOA = PASSAGEM DO SENHOR? (v. 21-27)

1. MOBILIZAR A LIDERANÇA (v. 21)
Os líderes são responsáveis para levar o povo a cumprir as condições exigidas para a Sua passagem...
Nosso grande objetivo é capacitar líderes para colocá-los à frente do rebanho Pedra Viva

2. MOBILIZAR AS FAMÍLIAS (v. 21)
As células são a nossa estratégia maior de alcance das famílias

3. “SALVAR” AS FAMÍLIAS PELO SANGUE (v. 22-23)
Quando o Cordeiro Jesus entrou na casa de Zaqueu houve salvação na sua casa (Lc 19:9-10). Nossa missão é levar famílias da experiência da “salvação conceitual” para a “salvação experimental”...

4. IMPACTAR AS NOVAS GERAÇÕES (v. 24-27)
Precisamos oferecer às crianças uma resposta clara sobre a passagem do Senhor... (Sl 78)

APELO (v. 27b- “então o povo se inclinou a adorar”)

1. ADORAR PRESSUPÕE A CONSCIÊNCIA DA LIBERTAÇÃO (“então.... – v. 27)
Deus te chama para a salvação...

2. ADORAR PRESSUPÕE A CONSCIÊNCIA DA SUBMISSÃO (“foram... e fizeram... como o Senhor ordenara – v. 28)
Deus te chama para o serviço (7:16; 8:1, 20; 9:1, 13; 10:13)

A ADORAÇÃO QUE JESUS RECONHECE - MC 14:1-3
Perto da Sua morte (v. 1-2), Jesus encontra-se com uma mulher que Lhe impactou tanto que Ele afirmou que ela seria lembrada permanentemente em todos os lugares do planeta onde o Evangelho viesse a ser pregado. Por qual razão ela O impressionou tanto? Porque Lhe oferecera uma ADORAÇÃO GENUÍNA...


I – TEM O TOQUE DA INFORMALIDADE (v. 3)

1. Local: Betânia; casa de Simão leproso; mesa (v. 3)


2. Postura de Jesus: reclinado (v. 3)


3. Participantes: mulher (v. 3 cp. c/ Jo 12:3 = Maria); Marta e Lázaro (Jo 12); Discípulos (Mt 26:8).
Adoração não é sinônimo de templo, domingo, culto, sacerdote, rito, solenidade, cerimônia,MAS de informalidade, simplicidade, expontaneidade. Adoração se efetiva quando temos um estilo de vida que glorifica a Deus.


II – TEM A MARCA DA QUALIDADE (v. 3)


1. Maria ofereceu a Jesus um perfume de qualidade - “preciosíssimo” = com um valor correspondente a aproximadamente um ano de trabalho de um trabalhador comum... (v. 5)


2. Jesus espera que lhe adoremos com o MELHOR dos nossos sonhos, inteligência, emoções, aptidões, tempo, dinheiro, relacionamentos, projetos, Ele não aceita restos!


III – TEM EVIDÊNCIAS DE PRATICIDADE (V. 3-6)


1. Maria teve uma agilidade crescente (v. 3 – “veio... trouxe... quebrou... derramou”)
Não houve espaço entre a intenção e a ação...


2. Maria estabeleceu uma centralidade única: Jesus (v. 4-6)

a) A indignação de “alguns” (v. 4-5) foi imediata
Jo 12 diz que estes “alguns” foram os próprios discípulos de Jesus tendo Judas como porta-voz...

b) A aprovação de Jesus a Maria foi imediata (v. 6 - ... ela praticou boa ação para comigo)

3. Não adianta escrever tratados sobre adoração, pregar sermões sobre adoração, ouvir uma série de reflexões sobre a oração, fazer um pácto comunitário de ampliação da adoração, se nada disto se torna realidade no nosso cotidiano. Adoração não se efetiva com belos discursos, mas com uma bela prática...

IV – TEM A SENSIBILIDADE PARA VISUALIZAR A OPORTUNIDADE (v. 7-8)

1. Maria compreendeu que a hora era de adorar Jesus e não ser solidária com os “pobres de Jesus” (v. 7)

2. Maria compreendeu que a hora era de adorar Jesus com o que tinha na suas mãos, evidenciando uma genuína identificação com Seu sacrifício na calvário... (v. 8)

3. Precisamos discernir em cada momento da nossa vida uma oportunidade para adorar Jesus...

CONCLUSÃO

Maria, na sua sensibilidade feminina e espiritual, sempre esteve perto de Jesus (Lc 10:38-42; Mt 26:9): com ela aprendemos que adorar Jesus exige aproximação informal, doação qualificada, motivação prática e visão oportuna, com Ele aprendemos que não é qualquer adoração que Lhe traz prazer e O move a conferir reconhecimento. AVALIE: que lugar tem a adoração no Seu dia? Que lugar tem Jesus na sua adoração? Até que ponto você tem adorado Jesus na situações de informalidade?



O DESAFIO DA ADORAÇÃO COMUNITÁRIA - LC 17:11-19
Por todos os lugares onde Jesus passa algo extraordinário acontece (v. 11). Contudo, ser cristão não se resume a receber um milagre Seu mas a experimentar, dia a dia, o milagre de uma vida inteiramente dedicada à Sua adoração. Como viver este DESAFIO DA ADORAÇÃO COMUNITÁRIA?


I – DEZ HOMENS COM UMA PROFUNDA EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA

1. MARCADOS PELA MESMA FRAGILIDADE (v. 12 – “leprosos”)
Fragilidade física: tinham corpos em processo contínuo de deterioração; fragilidade emocional – viviam sem sonhos, sem horizontes, sem perspectivas; fragilidade social – eram rejeitados, discriminados, estigmatizados, segregados.

2. TIVERAM A MESMA INICIATIVA: BUSCAR JESUS (v. 12 – “saíram-lhe ao encontro”)
Eles perceberam na passagem de Jesus a grande oportunidade de saírem: do gueto que lhes fora imposto, do ciclo interminável de angústia, de uma condição social escravizante e, acima de tudo, de saírem de si mesmos...

3. TIVERAM O MESMO RESPEITO ( v. 13 – “ficaram de longe”)
Os leprosos eram legalmente obrigados a “ficar de longe” dos parentes, dos amigos, dos conhecidos, das ruas, das praças, dos mercados, das escolas, das sinagogas, dos parques.... e eles respeitaram estes limites legais.

4. DERAM O MESMO GRITO (v. 13 – e lhe gritaram dizendo Jesus, Mestre, compadece-te de nós”)
Grito de reconhecimento: do diferencial humano de Jesus e do poder divino de Jesus; grito da solidariedade – queriam usufruir juntos do mesmo poder curador de Jesus...

5. EXPERIMENTARAM O MESMO MILAGRE (v. 14 “... ide.. ao sacerdotes... indo eles foram purificados”)
Milagre precedido por duas posturas: obediência – cumprindo a lei (Lv 14) foram até os sacerdotes; confiança – foram curados no caminho para o encontro com os sacerdotes.
Contudo, a partir daí, a experiência comunitária destes homens foi abruptamente interrompida.


II - UM ÚNICO HOMEM COM UMA PROFUNDA EXPERIÊNCIA DE ADORAÇÃO

1. PQ FEZ A CORRETA CONEXÃO DO MILAGRE COM A GLÓRIA DE DEUS (v. 15)
Ele compreendeu que não era suficiente ir a Jesus e dar o grito da compaixão, era necessário também voltar a Ele, publicamente, para dar o grito da glorificação, pois nós adoramos Jesus com as palavras.

2. FEZ A CORRETA CONEXÃO DO MILAGRE COM A SINGULARIDADE DE JESUS (v. 16)
Se Jesus tivera poder para interromper um ciclo de sofrimento, angústia, stress, exclusão social, exclusão religiosa, nada era mais importante na sua vida agora do que lançar-se aos Seus pés reconhecendo com gratidão Seu poder divino..., pois nós adoramos Jesus com a postura correta.

3. PQ FEZ A CORRETA CORETA CONEXÃO DA SUA HISTÓRIA COM A HISTÓRIA DE JESUS
(v. 16 – “... e este era samaritano”; v. 18 “... este estrangeiro”)
O samaritano, sem as credenciais que lhe garantiam participação no povo da aliança, percebeu que por Jesus poderia estabelecer uma nova e definitiva aliança com Deus ... Adoramos Jesus embasados na segurança que Ele nos confere e não nos nossos méritos.

4. PQ FOI APROVADO POR QUEM É A RAZÃO DA ADORAÇÃO (v. 17-18)
Receber a aprovação de Jesus vale infinitamente mais do que qualquer aprovação humana... O foco da adoração não é nos agradarmos mas agradar a Jesus!

5. PQ FOI CURADO DE FORMA INTEGRAL (v. 19 – “a tua fé te salvou”)
Ele, que fora a Jesus para ser curado de uma lepra física, sai da adoração a Jesus curado da maior de todas as lepras: a lepra do pecado que produz morte eterna e que só pode ser curada através do perdão de Jesus.


CONCLUSÃO: JESUS NOS CONVOCA PARA UMA EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA DE ADORAÇÃO
(v. 17 – “não eram dez os que foram curados, onde estão os nove”)

1. CONCRETIZADA ATRAVÉS DOS PEQUENOS GRUPOS (v. 17“não eram dez...”)
Associe-se a uma célula onde você vai encontrar aproximadamente nove pessoas que também já tiveram uma experiência genuína de encontro com Jesus...

2. QUALIFICADA ATRAVÉS DE UMA PRIORIZAÇÃO DO COMPROMISSO DE ENCONTRO
(v. 17 “onde estão os outro nove?...)
O que impede você de ter um compromisso comunitário constante e responsável com “outros nove”: trabalho, estudo, família, lazer, “onde você está”? Peça ao Espírito que lhe ajude a estabelecer a prioridade correta.

3. QUE OFEREÇA OPORTUNIDADE PARA UMA GENUINA EXALTAÇÃO (v. 18)
Exaltação genuína é aquela que é oferecida exclusivamente a Deus por meio de Jesus.

4. QUE SE ABRA PARA O PODER INTEGRAL DE JESUS (v. 19)
Jesus continua passando hoje como médico dos médicos para curar de forma plena todos os que clamam por Sua compaixão.

AVALIE:
Jesus passa hoje por sua vida para fazer um grande milagre: qual é ele, você crê que ele pode ser realmente efetivado? Que lugar a adoração a Jesus tem tido em sua vida? Em média quanto tempo diáriovocê dedica para a sua devocional? Que frutos esta devoção tem produzido no seu comportamento? O que mudará em sua vida após a reflexão neste texto?


DESENVOLVENDO UM PROJETO DE ADORAÇÃO - LC 22:39-46
Qual seria a sua agenda se soubesse hoje que morreria amanhã? Jesus, horas antes de Sua morte fez exatamente aquilo que foi sua prioridade em toda a vida:adorou o Pai. Com Ele, objetivamente, aprendemos os valores que envolvem UMA VIDA DE ADORAÇÃO...


I – DECISÃO (v. 39“Saindo, foi, como de costume”)

Jesus tomou a firme decisão de fazer da devoção uma regra prioritária e não uma exceção em Sua vida. Com Ele aprendemos que nossa vida devocional não pode ficar à mercê das oscilações constantes dos sentimentos, mas deve ser dirigida por uma decisão que, uma vez vivenciada, produz um abençoado “costume”.


II – LOCAL (v. 39 .”..para o monte das oliveiras”)

Jesus disse para a mulher samaritana que a questão mais importante não é “onde” adorar, mas “como” adorar; por esta razão, diz Ele, importa que os adoradores de Deus “o adorem em espíto e em verdade” (Jo 4:24). Trocando em miúdos: onde quer que estivermos podemos e devemos adorar a Deus. Mas esta adoração permanente, informal, espontãnea, não significa que não devamos ter um lugar específico, escolhido para contato com o Senhor. Quem não tem um lugar de oração não poderá orar em qualquer lugar...


III – COMPANHIA (v. 39 – e os discípulos o acompanharam”)

A devoção deve ter sempre uma dimensão pessoal, única, definida, contínua (I Tm 4:7). Mas este é apenas um lado da moeda: precisamos agregar à devoção pessoal a devoção comunitária, pois adoração não é um caminho solitário, é um caminho solidário! Lucas atesta a presença de todos os discípulos na adoração de Jesus; Marcos e Mateus dizem que Pedro, Tiago e João foram os discípulos que Ele chamou para vivenciarem diretamente este encontro com o Pai no monte. Você tem pelo menos três amigos que o acompanham em adoração?


IV – ORAÇÃO (v. 40 – “... orai para que não entreis em tentação”)

Jesus nos ensina neste versículo dois valores importantíssimos relativos à oração: ela é uma ordem – não se trata de uma opção que nós podemos ou não definir de acordo com as circunstâncias; ela é também uma arma poderosíssima contra a tentação. Não somos turistas pelos caminhos da vida, mas guerreiros equipados para a vitória que nasce no altar da oração!


V – QUIETUDE (v. 41 “Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra...”)

Não foram poucas as vezes que Jesus quebrou a rotina de suas múltiplas demandas ministeri ais buscando um lugar tranqüilo de paz, silencio, tranqüilidade, quietude (Lc 4:25; 5:15-16; 9:
18, 28; 11:1). Adoração não é sinônimo de agitação, barulho, movimento, mas de “quietude”.
Levamos para a adoração nosso jeito de ser, nosso estilo de vida, mas ninguém pode dispensar o silêncio de uma devoção que movimenta nosso coração na direção divina.


VI – POSTURA (v. 41 “... e de joelhos orava”)

Orar em pé era a maneira mais comum entre os judeus (Lc 18:11). Jesus, porém, vai além do convencional e ora de joelhos; Mateus afirma que Ele “prostrou-se sobre o rosto (Mt 26:39).
A postura não é o único elemento qualitativo da devoção, mas ela não poder ser ignorada...


VII – TRANSPARÊNCIA (v. 42 – “Pai, se quiseres passa de mim este cálice...”)

Jesus não usou a oração para camuflar as inquietações de Seu coração como muita gente faz hoje, mas para evidenciar os dramas da sua alma: conforme se depreende de Lucas e dos textos paralelos, Ele estava triste, angustiado, profundamente triste, em “agonia” = “lutava com grande medo”. Nossa adoração deve ser sincera, honesta, transparente: não oramos para informar a Deus, pois Ele nos conhece maravilhosamente (Sl 139), mas em cada oração devemos verbalizar ao Senhor aquilo que Ele já sabe – o verdadeiro estado de nossa alma.


VIII - SUBMISSÃO (v. 42)

Adoração é o encontro do servo com o Senhor, do súdito com o rei, do filho com o Pai. Neste encontro não há espaço para ordenar, confrontar, criticar ou como se tornou moda hoje em dia, “determinar”. Na adoração não buscamos a nossa satisfação pessoal, mas a satisfação de Deus que não quer “sacrifícios”, “holocaustos”, quer apenas um coração “quebrantado, compungido, contrito” = “obediente” (Sl 51:17).


CONCLUSÃO

O projeto de adoração de Jesus mostrado no Gestêmane resultou em:

1. Mais céu (v. 43)
Lucas 3:21-22 diz que no Seu batismo, “estando Ele a orar, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre Ele”. Na seqüência, em todo o seu ministério público, Jesus, como agora prestes a morrer, viu o céu descer sobre Ele. Esta é a nossa grande glória: quanto mais adoramos mais céu experimentamos!

2. Mais oração (v. 44)
Lucas demonstra a humanidade de Jesus, agonizando em sangue, mas evidencia que Seu drama O levou para mais perto do Pai em oração. “Orar mais intensamente” – este é o desafio da maturidade cristã que nos chama do mínimo possível para o máximo possível de comunhão plena em adoração ao Senhor!

3. Mais autoridade (v. 45-46)
Os discípulos de Jesus, ao invés de aproveitarem a oportunidade oferecida para experimentarem uma intensa e qualificada comunhão com o Senhor, preferiram a fuga do sono, no qual tentaram, inutilmente, enfrentar o cansaço físico e o emocional. Jesus, renovado na autoridade divina, os confronta para saírem do comodismo, da inércia e da indiferença para em oração vencerem toda tentação. Atendamos o desafio que é igualmente feito a nós: levantemo-nos já para uma vida de adoração diária e sincera ao Senhor
, a partir de um projeto simples e prático de devoção, que nos leve da intenção para a ação, do saber para o fazer, da tentação para a superação, da fraqueza para o poder!

COMUNHÃO, CHAMADA AO AMOR - JO 13:31-35
Jesus traçou para nós uma caminhada de CRESCIMENTO: forte por meio da adoração, numérico por meio do evangelismo, intenso por meio do discipulado, amplo por meio do ministério e caloroso por meio da comunhão. Nesta ganhamos a paternidade divina e uma nova irmandade – a família da fé – que se expressa numa comunhão que tem como essência o AMOR.

Esta chamada ao amor deu-se dentro de um CONTEXTO específico: 1. Ceia (Jo 13:1-30) – foi um tempo de intimidade (Jesus ficou exclusivamente com Seus discípulos), sinceridade (Jesus falou abertamente sobre a Sua traição sem contudo citar o nome do traidor – Jo 13:2, 10-11, 18-19, 21-27), fragilidade (Jesus estava emocionalmente abalado – 13:21), curiosidade (os discípulos queriam saber quem era o traidor – 13:22). 2. A saída de Judas (v. 31 – “ele saiu”): porque apesar de ter acesso à intimidade de Jesus durante a ceia, preferiu desenvolver sua intimidade com satanás (13:2); porque apesar de ter tido uma nova oportunidade de ficar verdadeiramente com Jesus a partir da ceia, preferiu ficar definitivamente com satanás (13:27); porque saiu de onde na verdade nunca tinha entrado (Jo 6:70). 3. A glorificação de Jesus – foi imediata (v. 31, 32); significou a glorificação do próprio Deus (v. 31-32) pois Ele fazia a vontade do “Pai” (Jo 17:4); foi um processo que envolveu a Sua morte, ressurreição, ascensão e glorificação. 4. A ausência temporária de Jesus (v. 33). Como deveriam viver os discípulos nesta ausência de Jesus? Em comunhão através do amor..... MAS O QUE É ESTA CHAMADA AO AMOR?


AMOR É UM MANDAMENTO (v. 34) – ele não é uma opção (sujeita à nossa aprovação ou rejeição), não é um chavão (presente no “dialeto” dos evangélicos mas muitas vezes ausente de suas vidas) e não é um sentimento (preso às oscilações das circunstâncias). Amar é uma ordem que precisa ser cumprida agora!


AMOR É NOVO (v. 34) – ele não é novo no sentido de originalidade pois sua origem é antiga (Dt 6:5; Lv 19:18), mas porque em Cristo assumiu uma nova força, dimensão e perspectiva: Nele quem ama cumpre toda a lei antiga (Rom 13:8-10) e vive numa nova aliança espiritual que se renova permanentemente (I Co 13:13).


AMOR É RECÍPROCO (v. 34) – não significa amar aqueles que nos amam – um ou outro, um e outro (Mt 5:43-48), mas amar “uns aos outros” , trilhando um caminho de reciprocidade sem preconceitos, sem restrições, sem falsas motivações...


AMOR TEM UM MODELO : JESUS (v. 34) – não é um amor de referenciais humanos como literatura, telenovelas, cinema, artes plásticas...., é o amor que tem Jesus como referencial divino (Jo 13:1-17): um amor que resistiu ao tempo e as fragilidades daqueles que amou, que foi traduzido em gestos concretos como o a ceia e o lava-pés, que não hesitou em sacrificialmente ir até o fim = a morte.


AMOR QUE É SINAL DO DISCÍPULO (v. 35) – o sinal do verdadeiro discípulo de Jesus não é institucional (denominação religiosa), visual (cabelo, pelos, vestuário), verbal (usar expressões do “dialeto” evangélico) ou local (frequentar o “templo da moda”). O sinal do discípulo é o “amor concreto” = “se tiverdes amor” (v. 35) que envolve: tempo – “a melhor maneira de soletrar amor é t-e-m-p-o, o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo” (Rick Warren); reconhecimento – “um bom elogio pode me manter vivo durante dois meses” (Mark Twain); serviço – quem ama concretamente disponibiliza inteligência, conhecimento, sabedoria, habilidades, talentos, dons, enfim, usa sua experiência para ministrar na vida daqueles a quem ama; persistência – por mais difícil que seja, nunca desiste de amar (I Co 13).


CONCLUINDO, lembro a palavra oportuna dita por madre Teresa de Calcutá: “não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”. Para amar assim precisamos lembrar sempre que a via principal do amor chama-se relacionamento, o qual pressupõe uma aliança com um pequeno grupo de pessoas que, partilhando a vida comunitária em células, vivencia a comunhão obedecendo ao grande chamado do amor! Que Jesus promova cada vez mais este grande amor em nós, usando-o como instrumento de geração de novos discípulos (Jo 17:21), é a minha oração!

COMUNHÃO: UM CAMINHO DE INTEGRAÇÃO – At 2:36-42
Ao longo dos últimos meses temos refletido em nossas células que o propósito de Deus para a Igreja Presbiteriana Pedra Viva é que CRESÇAMOS fortemente por meio da adoração, numericamente por meio da evangelização, intensamente por meio do discipulado, calorosamente por meio da comunhão e amplamente por meio do ministério. Visualizamos, assim, uma igreja que trilha um caminho comum de união genuína a Cristo e de integração dos “velhos” membros aos “novos” membros, numa harmonia que produz uma comunhão cristã revitalizadora. Quais são os elementos chaves desta integração?


I – CENTRALIZAÇÃO (v.36 – “ ... Deus fez de Jesus Senhor e Cristo”)
É a integração daqueles que descobriram Jesus como Senhor absoluto da história.


II – AUDIÇÃO (v. 37 – “Ouvindo estas coisas....”)
É a integração daqueles que deram atenção diferenciada à pregação do Evangelho.


III – COMPULSÃO (v. 37 – “compungiu-se-lhes o coração...”)
É a integração daqueles que deixaram a Palavra descer da mente para o coração.

IV – DISPOSIÇÃO (v. 37 – “... que faremos irmãos”?)
É a integração daqueles que estão dispostos a sair da intenção para a ação.


V – SALVAÇÃO (v. 38 – “... arrependei-vos...”)
É a integração daqueles que vêm no arrependimento = “mudança radical” pela fé em Cristo como o único caminho para experimentar a salvação.


VI – INCORPORAÇÃO (v. 38 – “e cada um de vós seja batizado em nome de J.C. para remissão de vossos pecados”)
É a integração daqueles que batizados “interiormente” pela regeneração são batizados exteriormente pelo sinal da água.


VII – CAPACITAÇÃO (v. 38,39 – “e recebereis o dom do Espírito Santo...
promessa para todos .... quantos o Senhor nosso Deus chamar”)
É a integração daqueles que são habilitados pelo Espírito Santo para cumprirem sua missão na comunhão do Reino.


VIII – SANTIFICAÇÃO (v.40 – “.... salvai-vos desta geração perversa”)
É a integração daqueles que estão dispostos a pagar o preço de serem diferentes no meio de uma geração que resolveu se nivelar pelo pecado.


IX– EXPANSÃO (v. 41 – “.... houve um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas”)
É a integração daqueles que compreendem a dimensão pessoal e comunitária da fé cristã.


X – CONSOLIDAÇÃO (v. 42- “e perseveravam na doutrina... na comunhão... nas orações”)
É a integração daqueles que associam quantidade e qualidade.


CONCLUINDO, lembramos que os evangelizados em integração precisam de uma comunhão que se expresse em três dimensões: o relacionamentos das células, a celebração do culto dominical e o fundamento doutrinário do Compromisso Pedra Viva (domingos às 17.30 horas). Que Jesus, Senhor da Igreja, nos leve para este caminho de revitalização da comunhão pela integração!

RESTAURANDO RELACIONAMENTOS QUEBRADOS - MT 18:15-20
Temos aprendido nas últimas reuniões de células sobre a importância da comunhão na vida da Igreja. Hoje, abordamos uma questão concreta que acontece em todas as comunidades cristãs: o que devemos fazer quando alguém peca contra nós, provocando tristeza no nosso coração?


I – REALIDADE: PECAMOS UNS CONTRA OS OUTROS (v. 15)

O fato de sermos“irmãos” (v. 15), não nos isenta da possibilidade de enfrentarmos divergências nos relacionamentos da família da fé, pois a irmandade não elimina a nossa individualidade: temos diferenças de criação, formação, visão, doutrina, teologia, liturgia, estratégia e outras que, sem desejarmos, colocam-nos na situação de ofendidos por algum de nossos irmãos.



II – RESPONSABILIDADE: O OFENDIDO É RESPONSÁVEL PELO OFENSOR (v. 15)

Todo pecado é uma doença que precisa ser tratada de maneira ágil e positiva.. Cada situação relacional em que um irmão de forma definida peca contra nós é na verdade uma convocação feita por Deus para que, em amor, responsabilizemo-nos pelo tratamento do irmão. Este é um dos maiores desafios da comunhão do Reino de Deus: o ofendido é o terapeuta separado por Deus para a cura do ofensor!


III – GRADUALIDADE: A RESTAURAÇÃO DO RELACIONAMENTO DEVE SER UM PROCESSO CONSTANTE E EQUILIBRADO (v. 15-17a)

Uma vez estabelecido claramente qual foi o pecado o primeiro passo a ser dado é o da confrontação pessoal (v. 15): Jesus ensina que é necessário “argüir” = “provar, argumentar, repreender, fundamentar, esclarecer, demonstrar” num contexto de discreção, zelando para que não haja uma exposição pública do ofensor.
Se o resultado não for satisfatório o passo seguinte é o da confrontação representativa informal (v. 16) – na tentativa de perseguir a verdade (“para que toda palavra se estabeleça” – v. 16), ainda num contexto de transparência e privacidade, devemos buscar o auxilio de testemunhas, ou seja, terapeutas auxiliares que nos ajudarão no esforço de cura do irmão ofensor.
Persistindo a resistência em admitir culpa a situação exige uma confrontação comunitária formal (v. 17a), ou seja, o ofendido deve informar oficialmente e amorosamente a liderança maior da Igreja para que esta, de maneira ágil e sábia, assuma a responsabilidade terapêutica de tratamento do irmão em pecado.


IV – INVIABILIDADE: NEM TODO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO PRODUZ O RESULTADO ALMEJADO (v. 17b)

Jesus lembra que a possibilidade do ofensor “recusar” (=”obstinar, endurecer o coração, manter a consciência insensível”) uma mudança é real. Neste caso, a Igreja como comunidade terapêutica autorizada por Deus deve considerar o ofensor como “gentio e publicano”, ou seja, deve aplicar nele uma disciplina firme e forte (Hb 12:4-13) sem qualquer sentimento de culpa, na expectativa de que pela dor da disciplina haja o retorno à santidade perdida.


V – UNIDADE: A RESTAURAÇÃO RELACIONAL APERFEIÇOA A UNIDADE DA COMUNIDADE (v. 18-20)

Não existe comunidade sem diversidade, nem diversidade sem divergência. Quando esta for detectada, os passos pessoais e comunitários precisam ser responsavelmente tomados na certeza de que é possível construir uma convergência em Deus que proporciona: unidade para ligar (v. 18) – como discípulos da comunidade de Jesus somos autorizados a ligar a “terra ao céu”, tudo fazendo para que a vontade do céu (Deus) prevaleça sobre a vontade da terra (homem); unidade para acordar (v. 19) – a autoridade deve estar associada a uma espiritualidade que nos impulsiona a estabelecer parcerias de oração (“acordos”) sobre dificuldades relacionais específicas para as quais creremos sinceramente que o Pai será capaz de sanar; unidade para experimentar a presença de Jesus (v. 20) – construído e vivenciado este acordo terapêutico pela oração Jesus assegura a Sua presença em nosso meio.
A experiência cristã evidencia que, muitas vezes, não temos nenhum controle sobre o que fazem conosco, mas temos o controle sobre como reagiremos ao que nos foi feito. Percorrer o caminho que vai da tristeza da ofensa para a experiência da plenitude da presença restauradora de Jesus, este é o grande desafio da comunhão da Igreja que precisamos buscar diligentemente!


OS SINAIS DE UMA IGREJA VIVA - At 2:42-47

“Os primeiros cristãos eram incendiários espirituais espalhando o inextinguível fogo da fé”(Ed Hayes). No domingo passado, em At 2:37-41, vimos que o resultado deste fogo foi a conversão de 3.000 pessoas, as quais compreenderam que a vitalidade do Espírito passa pela conexão sábia da Palavra com o coração, do coração com uma ação imediata e desta numa ligação profunda com Jesus que nos impulsiona para um caminho básico que envolve conversão, remissão, capacitação do Espírito e santificação. Na meditação de hoje focaremos nossa atenção no estilo de vida destes 3.000 primeiros cristãos pós-pentecostes, que evidenciaram os SINAIS DE UMA IGREJA VIVA.

I – FUNDAMENTO DOUTRINÁRIO SÓLIDO (V. 42)
A Igreja é uma casa espiritual que tem Jesus como a pedra principal e o ensino apostólico como segundo maior fundamento (Ef 3:20). John Stott afirma que no pentecostes o “Espírito Santo abriu uma escola em Jerusalém que teve como professores os apóstolos escolhidos por Jesus e como alunos os 3.000 novos convertidos que se matricularam na primeira etapa do discipulado cristão -= o jardim da infância”. A lição é bem clara: não é possível ser uma igreja cheia do Espírito e ao mesmo tempo distanciada da Palavra do Espírito. A vitalidade da igreja está diretamente relacionada à sua firmeza doutrinária.

George Whitefield, um dos líderes do primeiro avivamento que alcançou a Inglaterra e depois as colônias americanas, orava sobre cada linha da Bíblia e até sobre cada palavra separadamente, convicto de que Deus assim falava diretamente com ele e iria cumprir cada uma das palavras registradas. Quando as multidões se reuniam para ouvir Whitefield lá estava também Benjamim Franklin – jornalista, editor, cientista, diplomata, inventor e líder da revolução americana. Indagado por que se interessava pela pregação de Whitefield se ele não cria, sua resposta foi contundente: “é verdade que eu não creio, mas ele crê”. Nunca haverá avivamento entre nós se não tivermos um apetite insaciável pela Palavra de Deus! Avivamento sem Palavra é fogo falso, passageiro, inconseqüente, danoso e sem qualquer relevância histórica!

II – COMUNHÃO DIFERENCIADA (v. 42-43a)
A palavra comunhão significa “participação comum” – aquilo que partilhamos juntos. Quais foram as participações comuns que vivenciaram?Tinham uma alimentação comum ( v. 42 - “perseveravam... no partir do pão”) – a comunhão não se fazia com meros discursos mas com relacionamentos constantes ao redor da mesa;Tinham uma busca comum de Deus(“perseveravam... nas orações”) – a oração pessoal não era usada como justificativa para fugir da oração comunitária; Tinham ainda uma consciência comum ( v. 43a “em cada alma havia temor”) – temor não significa medo de Deus, mas “consciência da presença de Deus”, um Deus uno que se manifesta em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), portanto, o Deus essencialmente comunitário. Assim, fica claro que o que lhes dava vitalidade no relacionamento uns com os outros era o relacionamento com Deus. Logo, o avivamento só é real quando vem com estas marcas da comunhão vertical e horizontal!
Em 1.01.1907 cerca de 1.500 homens se reuniram para o estudo da Bíblia e a oração em Pyongyang, na Coréia. Depois de um tempo de oração intensiva, unida e marcada pela confissão de pecados, todos os presentes passaram por um genuíno pentecostes. Começou ali um grande avivamento que marcou a história da Coréia e em todos os lugares que chegou teve uma característica padrão: a comunhão com Deus em oração e a comunhão com os irmãos em relacionamentos cada vez mais ampliados através do pequenos grupos. Foi a partir deste avivamento que foi organizada a igreja presbiteriana coreana, que é hoje a maior denominação evangélica do país. Em Seul existem várias igrejas presbiterianas com mais de 5.000 membros e uma de 70.000 a I.P. Saramg, com templos lotados para oração entre as 5 e 6 da manhã e um movimento de células cheio da vitalidade do Espírito.

III – MANIFESTAÇÕES EXTRAORDINÁRIAS DE DEUS (v. 43)
Lucas diz claramente que os apóstolos eram instrumentos de Deus para doutrinar mas também para operar “prodígios e sinais”. A proximidade entre a Palavra e os milagres no ministério apostólico evidencia o padrão divino para a Sua igreja em toda a história: se é inegável, como já afirmamos, que a obra do Espírito tem sempre a instrumentalidade da Palavra, Ele igualmente se encarrega de confirmar a Palavra com “prodígios e sinais”. Textos como Mc 16:20 e Mt 22:29 atestam esta ligação equilibrada destas duas facetas do genuíno avivamento....
Em 26 de setembro de 1965, na Indonésia, depois de um sermão que durou cinco horas, mais de cem alunos de uma Escola Bíblica foram profundamente tocados pelo Espírito Santo que lhes assegurou que, se eles confessassem sinceramente seus pecados e abrissem mão de seus objetos ligados à feitiçaria, seriam usados por Ele na cura de enfermos. Numa cidade, em um único culto, 700 pessoas foram curadas. Em outro culto numa pregação que foi de 8 às 15 horas, um menino de 9 anos foi ressuscitado. Uma jovem chamada Ana foi usada na cura de dez cegos. Equipes de jovens se espalhavam pelo país sem levar nenhuma provisão e foram miraculosamente supridos pelo Senhor.

IV – SOLIDARIEDADE ABRANGENTE (V. 44-45)
Nos versos 44 a 45 Lucas destaca outro importante sinal do avivamento: a solidariedade. Antes de compreende-la, precisamos lembrar o contexto de sua manifestação: Jerusalém era uma cidade com uma grande população, mas com uma pequena movimentação comercial, consequentemente, uma cidade marcada pela pobreza. Tanto é verdade que mais tarde as igrejas se uniram para ajudar financeiramente a igreja de Jerusalém. Esta solidariedade tinha características evidentes: seguimentada (v. 44 “todos os que creram...”) – a unidade atingia todos aqueles que tinham a fé em Jesus como pressuposto comum; a solidariedade que agrada o coração de Deus é a que vem como resultado da fé e não como uma tentativa de comprar a graça de Deus através de obras solidárias; relacional (v. 44 “... estavam juntos”) – solidariedade é mais do que a doação de bens, é a doação de si mesmo num relacionamento duradouro; Abrangente (v. 45 “tinham tudo em comum”) – o espírito comunitário era tão forte que nada nem ninguém era excluído destas relações solidárias, na verdade eles viam como partes de uma grande família; sacrificial (v. 44 “vendiam as suas propriedades e bens) – a assistência que eles prestavam uns aos outros não era decorrentes das sobras de suas posses e bens, mas decorrente daquilo que para eles tinha grande valor; isto não significava, porém, que não houvesse nenhuma propriedade particular na igreja primitiva (compare com o v. 46); oportuna (v. 44 – “distribuindo o produto entre todos à medida que alguém tinha necessidade”) – eles sabiam fazer uma ágil associação entre as possibilidades e as necessidades.
Jonathan Edwards foi o maior líder do grande avivamento ocorrido nos EUA entre 1734 e 1740. Para ele a igreja precisava ser marcada pela cabeça (teologia), coração (adoração) e mãos (serviço solidário). Durante a história sempre houve ênfase exagerada em uma desta áreas, em prejuízo do equilíbrio que sinaliza para um genuíno avivamento, que sempre promove uma redescoberta da solidariedade...
V - ADORAÇÃO QUE EQUILIBRA TEMPLO E A CASA (v. 46-47)
Avivamento nada mais é do que uma redescoberta intensa de Deus, por isso, só há avivamento onde há adoração profunda, diferenciada, qualificada e crescente de Deus. Na igreja primitiva esta adoração se dava de maneira harmoniosa no templo e nas casas, revelando que a adoração que Deus espera não se prende a um lugar, um dia, um rito, uma pessoa ou até mesmo a um horário. Suas características foram: diária (v. 46 “diariamente”), constante (v. 46 “perseveravam”), abrangente (v. 46 – “unânimes”) e prazeirosa (v. 46-47 “... e tomavam as sua refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus”). Percebe-se, claramente, que a adoração não era apenas um momento solene, formal, institucional vivido dentro dos limites do templo, mas uma expressão viva de reconhecimento da bondade divina que se fazia nos relacionamentos informais da vida familiar e comunitária.
João Wesley, de quem se originou a Igreja Metodista, recebeu um toque especial do Espírito Santo em 1.1.1739. A partir deste dia nunca mais foi o mesmo: percorreu 400 mil km a cavalo pregando o evangelho (8.000 km por ano); escreveu 200 livros e, acima de tudo, espalhou pela Inglaterra milhares de “classes” – pequenos grupos caseiros onde havia doutrinação, comunhão e adoração. E o curioso é que estes grupos se alastraram pelos lares porque a igreja anglicana proibiu que os pregadores envolvidos com o avivamento inglês pregassem nos seus templos. Sem acesso ao mover de Deus no templo, a igreja foi adorar a Deus onde sempre deveria adorar – a casa.

VI - EVANGELISMO RELACIONAL (v. 47)
O último sinal do avivamento é tão importante quanto os anteriores e está diretamente relacionado a eles. A expressão chave que Lucas usa para caraterizar a evangelização dos primeiros cristãos é “acréscimo”: associado ao Senhor(“acrescentava-lhes o Senhor”) – a evangelização não é resultado de um mero esforço humano, mas de uma deliberada e soberana vontade do Senhor (At 1:8); diário (“dia a dia”) – conversão não era uma exceção, era uma agradável experiência diária; salvação (“.. os que iam sendo salvos”) – não se acrescentava pessoas no sentido formal e religioso, mas pessoas salvas = livres da condenação eterna. Todo este movimento externo tinha íntima relação com a vitalidade interna da Igreja: “enquanto isso acrescentava-lhes....”). O princípio é claro: a evangelização se plenifica quando somos ungidos pelo Espírito Santo e passamos a viver uma vida marcada pela beleza de Cristo, uma beleza tão intensa que passa a cativar aqueles que estão à nossa volta, criando um ambiente favorável para que elas se sintam despertadas a conhecer o único caminho de salvação – a cruz de Cristo.

CONCLUINDO,
Louvo a Deus pelos 52 anos completados nesta semana, os quais me conduziram para a compreensão clara de que o diferencial da vida não está na quantidade de anos vividos mas na qualidade, uma qualidade que só pode ser produzida pelos ventos misteriosos do Espírito (Jo 3:8), que leva indivíduos perdidos a uma experiência genuína e pessoal de salvação, agregando-os a seguir num grande movimento de avivamento marcado pela boa doutrina, pela comunhão cativante, pelo milagre confirmador, pela solidariedade concreta, pela adoração equilibrada e por um evangelismo que associa conceito e vida. Eu sonho em oração com esta igreja viva e quero encorajar você em oração a sonhar junto comigo!



POR UMA IGREJA VIVA PELA AUTORIDADE DO PENTECOSTES - At 2:14-36
2. O livro de Atos tem 19 discursos principais: oito de Pedro (capítulos 1-5, 10-11, 15), nove de Paulo (13-14, 17, 20, 28), um de Estevão (cap. 7) e um de Tiago (cap.15), ocupando 25% do livro. Eles são os resumos dos discursos originais.

3. Este primeiro discurso de Pedro é uma resposta direta à pergunta de 2:12

4. Jesus determinou que os discípulos ficassem em Jerusalém para receber poder=autoridade, e esta autoridade pervade todo o discurso de Pedro....

I – AUTORIDADE DA POSTURA (“Então se levantou Pedro com os onze e...” v.14a)
Pedro, há poucas semanas atrás, era um dorminhoco inoporturno (Lc 22:39-46, Mt 14:32-42), presunçoso (Lc 22:33), intempestivo (Lc 22:50), medroso (Lc 22:54), covarde (Lc 22:55-61), derrotado (Lc 22:62). Quando Jesus ressuscitou começou nele uma extraordinária transformação: ficou maravilhado (Lc 24:1-12) e foi pacientemente restaurado por Jesus (Jo 21:15-23). Mas ainda faltava o mais importante: autoridade. No pentecostes ela chega para Pedro de forma concreta, objetiva, profunda, plena, intensa, inquestionável e não só para ele, mas também para os demais apóstolos, que haviam sido todos reprovados por Jesus no Treinamento de Discipulado (Mc 16:14), mas agora também estão de pé e ministrando com Pedro.

Sem um genuíno pentecostes continuamos crentes, salvos, escolhidos, mas estamos fadados a um fracasso ministerial e existencial, pois permanecemos escravos da comodidade, do orgulho, das emoções mal administradas, da incredulidade, das derrotas do passado, permanecemos “assentados com as portas fechadas”.... No pentecostes o Espírito nos põe de pé, capacita e autoriza para fazer agora, eficientemente, a tarefa que Deus reservou para nós e que não pode ser feita por mais ninguém.....

II – AUTORIDADE DA COMUNICAÇÃO (v. 14-21)

1. Comunicação relevante: respondeu às perguntas e acusações que estavam sendo feitas (compare 2:12-13 com 2:14-15)
Somente um pentecostes pode nos levar a dar resposta francas a perguntas honestas....

2. Comunicação bíblica
Ao associar a descida do Espírito Santo em pentecostes com o profeta Joel o apóstolo Pedro estava na verdade afirmando várias verdades bíblicas:

a) Deus cumpre o que promete (v. 16 “o que ocorre é o que foi dito”)

b) Deus controla a história (v.17 a “acontecerá nos último dias...”)

c) Deus desconsidera as categorias humanas (v. 17-18 “.. derramarei o Espírito sobre toda carne...)
d) Deus interpreta a história através de seus profetas (v. 18 “e profetizarão”)

e) Deus confirma a Sua Palavra com Seus prodígios (v. 19-20)

f) Deus oferece uma única alternativa de salvação (v. 21)
Pentecostes significa que você hoje, mesmo sendo como Pedro - iletrado e inculto ( At 4:3), pode levantar-se e falar com autoridade, fazendo uma conexão sábia entre a Bíblia e o cotidiano. Pentecostes significa que você, mesmo sendo letrado e culto, não pode ser profeta (“boca de Deus para a sua geração”) se não tiver uma unção do Espírito.

III – AUTORIDADE POR UMA PLENA IDENTIFICAÇÃO COM JESUS (V. 22-35)
Como podemos ter hoje uma postura de autoridade e uma comunicação de autoridade? Somente através de uma completa identificação com Jesus, pela fé, para que Ele derrame sobre nós o Espírito Santo. Por isso, precisamos percorrer todo os estágios da caminhada de Jesus e extrair de cada um deles uma benção específica....

1. Precisamos reconhecer a divindade de Jesus (v. 22)
Ele não era apenas “nazareno” = homem, Ele é “aprovado por Deus” = Deus agindo entre os homens (Ex de Pedro – Jo 6)

2. Precisamos reconhecer a crucificação de Jesus (v. 23)
A cruz não foi um acaso provocado por Judas, pelos judeus e pelos romanos, mas parte de um plano eterno designado e previsto por Deus para proporcionar salvação ao que crê (Jo 3:16). Na cruz ficamos livres da condenação do pecado.... = justificação

3. Precisamos reconhecer a ressurreição de Jesus (v. 24-32)
a) A ressurreição foi necessária (v. 24)
Na cruz Jesus experimentou o desamparo de Deus (Mt 27:46) – o castigo de Deus (Is 53: 4-6) , na ressurreição a aprovação de Deus ( v. 24; Rom 4:25). “Grilhões” = “dores de parto”, ilustrando que a ressurreição é uma regeneração, um novo nascimento da morte para a vida. Na ressurreiçãosomos chamados a uma vida nova = vida santa, somos capacitados a enfrentar o poder do pecado (Rom 6:4-6, 13)

b) A ressurreição foi prevista (v. 25-32)
A ressurreição, como a cruz, também não foi um acaso da história, mas parte de plano previsto por Deus através de Davi (v. 25-32)

c) A ressurreição é o centro do testemunho cristão (v. 32; At 1:22)

4. Precisamos reconhecer a exaltação de Jesus (v. 33-35; compare c/ Jo 7:37-39)
O pentecostes foi na terra a confirmação da exaltação de Jesus no céu. Logo, a autoridade que ele confere está baseada na autoridade do trono de Jesus e é ministrada a todo aquele que como servo reconhece sua divindade, salvação (cruz) e santificação (ressurreição). Esta autoridade é para o “testemunho” de Jesus (At 1:8).

CONCLUSÃO (V. 36)
Experimentar a autoridade do pentecostes é viver não apenas uma certeza, mas uma certeza absoluta, plena, intensa, profunda, completa, abundante de que Jesus crucificado é Senhor e Cristo.

POR UMA IGREJA VIVA PELO PODER - AT 1:1-11

1. Motivação da série de mensagens

2. Objetivos do livro de Lucas no Livro de Atos: apresentar.

a) As origens do cristianismo

b) A ação do Espírito Santo na Igreja


c) A defesa do cristianismo

d) Jesus como Senhor universal

e) A vitória do cristianismo

3. Idéia chave do texto: a importância da experiência do poder para a igreja (v. 8)

4. JESUS É O PODER REFERIDO POR LUCAS AQUI E NO LIVRO DE ATOS
a) Jesus é o poder que desceu
+ Conectando sabiamente ação e palavra (v. 1)
+ Estabelecendo uma estratégia eficiente de expansão (v.2)
** Criando uma base relacional (comunidade apostólica)
** Criando uma base doutrinária (doutrina apostólica – Ef 2:19-20)
** Completando o treinamento apostólico....
+ Concretizando seu plano salvador nacrucificação (v. 3)
+ Confirmando definitivamente sua divindade na ressurreição (v. 3)
“Se apresentou vivo com provas incontestáveis...”
** Diversidade de provas
** Diversidade de pessoas
** Diversidade de dias
** Diversidade de mensagens
+ Mantendo-se aberto para um relacionamento informal (v. 4a....)

b) Jesus é o poder que subiu (v. 2, 9)
O poder revelado e experimentado agora é “encoberto pelas nuvens....” (v. 9)
b) Jesus é o poder prometido (v. 4-5)
+ Contexto da promessa...
* Obediência – “determinou-lhes” (v. 4)
* Presença – “não se ausentassem de Jerusalém” (v. 4)
Para favorecer a comunhão e a missão
* Expectativa – “mas que esperassem” (v. 4)
* Paternidade – “promessa doPai” (v. 4)
* Batismo (v. 5)

A VISÃO DE LUCAS É DE UM CRISTO PODEROSO:

Lc 3:21-22 (batismo); 4:14 (pós tentação); 5:17 (poder – cura); 6:19 (saía poder)
8:46 (saiu poder...); 9:1 (deu-lhe poder....); Atos4:7 (com que poder....); 10:36-43 (ungiu..) Nb.: v. 36 – “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo porque Deus era com Ele”

5. PODER para quando e para quem? (v. 6)
RESPOSTA SIMPLES E CLARA DE JESUS = v. 7-8

I – BASE DO PODER: Pai e Jesus (v.7-8)
1. Autoridade paterna
O poder não é uma competência humana, é uma competência divina: não temos o controle da sua agenda (Ex. do Luciano)

2. Promessa de Jesus (v. 4,5, 8)
Ef 1:3 “...nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual.... em Cristo”

II – EXPERIÊNCIA DO PODER: PRESENTE (v. 8 “recebereis poder...”)

1. Consciência da possibilidade
Ef 1:3 “...nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual.... em Cristo”
Ef 3:20 “Deus é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”

2. Consciência da necessidade
Crente sem poder é carro sem combustível

3. Consciência da simplicidade: fé

III – ESSÊNCIA DO PODER: ESPÍRITO SANTO (v. 8 “ao descer sobre vós o Espírito Santo”)
1. Pessoal: o Espírito desce sobre cada pessoa individualmente.... (2:3)

2. Relacional: o Espírito é uma pessoa e não uma influência

3. Palavra: os rios do Espírito fluem nos rios da Palavra (At 10:44 /Pedro na casa de Cornélio)

IV – OBJETIVO DO PODER: CAPACITAÇÃO PARA O TESTEMUNHO
(v. 8 “e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”)
1. Destinatários: todos os crentes originários dos apóstolos
2. Centralidade: Jesus
3. Geografia: Israel e todas as nações
4. Dinâmica: simultânea

CONCLUSÃO

1. Ascensão (v. 9-10) e Segunda vinda (v. 11)
O que fazer entre a ascensão e a segunda vinda?
Missão com capacitação

2. Concretização da promessa – pentecostes (próximo domingo)

3. Perigos do poder
a) Ignorá-lo -
b) Negá-lo
c) Deturpá-lo (divisões)
d) Falsificá-lo.

POR UMA IGREJA VIVA EM CRESCIMENTO - AT 9:31
Nesta série de mensagens sobre a IGREJA VIVA, buscamos não apenas um conceito bíblico de vitalidade, mas a sua vivência. A igreja é um projeto que nasceu no coração de Jesus: “eu edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). No livro de Atos vemos a execução deste projeto por Ele iniciado (At 1:5) e completado pelo Espírito Santo através dos discípulos. No texto em apreço visualizamos uma IGREJA EM CRESCIMENTO.....

CRESCIMENTO INTERIOR (“a igreja na verdade tinha paz”) – cada evangelizado, ao identificar-se com Jesus, recebe um novo coração (Ez 11:19-20) que o move a apegar-se aos preceitos divinos e a estabelecer relações saudáveis com aqueles que partilham da mesma fé. O crescimento, assim, dá-se na geografia do coração (Pv 4:23), a partir do qual experimentamos uma paz vertical e uma paz relacional horizontal, que mantém-se pela determinação em levar a Jesus nossas diferenças e divergências, certos de que só Ele tem autoridade para administrá-las a partir de um fortalecimento interior pessoal e permanente.

CRESCIMENTO GEOGRÁFICO (“... por toda a Judéia, Galiléia e Samaria”) – o projeto inicial de Jesus previa que os discípulos fossem testemunhas, concomitantemente, em áreas próximas e distantes (At 1:8). Eles até alcançaram com rapidez o cumprimento da primeira etapa deste plano, o crescimento em Jerusalém (At 2:41), mas só foram despertados para avançar em novas fronteiras quando foram perseguidos (At 8:1-4). A Pedra Viva nasceu de uma chamada fortemente estabelecida na visão de Is 54 que, dentre outras coisas, determina: “alarga o espaço da tua tenda, estenda-se o toldo da tua habitação e não impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas; porque transbordarás para a direita e para a esquerda, a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas” (v. 2). Queremos concretizar esta expansão geográfica através das células e no tempo oportuno pelo plantio de uma nova igreja, pois igreja deve gerar igreja!

CRESCIMENTO CONTÍNUO (“edificando-se...”) – seu crescimento é um processo ininterrupto que se dá pela palavra de Cristo – “agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça que tem poder para vos edificar” (At 20:32) e pela oração a Cristo – “chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo” (I Pd 2:4-5). Assim, queremos ser uma igreja que cresce em Cristo, por Cristo e para Cristo, movidos pelo Espírito em busca de uma expansão sólida, permanente e ágil!

CRESCIMENTO DESINSTALADO (“e caminhando no temor do Senhor...”) – o temor do Senhor significa uma consciência equilibrada de quem nós somos e de quem Ele é, que leva-nos a uma vivência prática cotidiana de seus absolutos. Como igreja somos peregrinos ligados intensamente ao “Caminho” (At 9:2, 19:9, 23), priorizando Seus valores e sua missão na medida que desenvolvemos nossos relacionamentos. Nossa prática cristã, assim, não é estática, restrita a um dia da semana ou a um templo, mas inteiramente dinâmica, pela qual compreendemos que em qualquer lugar ou circunstância que tivermos somos igreja de Jesus!

CRESCIMENTO NUMÉRICO (“... e no conforto do Espírito Santo crescia em número”) – impulsionada pelo “conforto” do Espírito a Igreja expandiu-se quantitativamente de uma forma extraordinária (veja At 1:5; 2:4; 2:32-33; 2:41; 2:47; 4:32; 5:14; 6:7; 8:6). Este notório avanço não foi resultado de campanhas evangelísticas, programações especiais, eventos de massa ou insersões na “mídia palestina”, mas de um estilo de vida coerente com o Evangelho acompanhado de um testemunho verbal cativante, por meio dos quais milhares de vidas foram agregadas à família da fé.
Nesta caminhada de 2009 reafirmamos nosso foco neste crescimento interior e exterior, qualitativo e quantitativo, viabilizado através do testemunho pessoal vinculado às células e pelo discipulado que capacita o real apascentamento de todos aqueles que, nascidos em Cristo, são agregados à Família Pedra Viva!

POR UMA IGREJA VIVA PELO PENTECOSTES - AT 2:1-13
1. ANTECEDENTES
a) Ressurreição, aparições, promessa, ascensão (1:1-11)
b) Discípulos: em oração (1:12) e em deliberação (1:15-26)

2. O objetivo da mensagem
Informação e transformação

I – OCASIÃO (v. 1 “ao cumprir-se o dia de pentecostes”)
1. Festas judaicas: páscoa, pentecostes e tabernáculos (Dt 16)

2. “Pentecostes” = “Festa da colheita” ou “Festa das Semanas” (Ex 23:16)
Deriva de “pentekostos” (grego) = “qüinquagésimo” = sete semanas ou 50 dias após a páscoa.

3. A.: o pentecostes aconteceu porque estava agendado por Deus para se cumprir; não foi uma casualidade humana, foi uma providência divina...

II – PARTICIPANTES (v. 1 “estavamtodos reunidos no mesmo lugar”)
“Todos” = apóstolos, mulheres (inclusive Maria mãe de Jesus) e os irmãos de Jesus (1:13-14); 120 irmãos (v. 15)

A: a bênção do pentecostes não é para uma elite cristã, mas para todos os que estão em Cristo – para toda a família de Cristo....

III – ORIGEM (v. 2 “de repente veio docéu”)
O pentecostes é uma ação conjunta do Deus trino e celeste: o Pai prometeu (1:4), Jesus reafirmou a promessa (1:5, 8) e o Espírito concretizou; o pentecostes não se deu por habilidade, qualidade,ou espiritualidade humana, apenas por soberania divina....

IV – SINAIS (v. 2 “... som...”, v. 3 ...“línguas como de fogo”, v. 4“outras línguas” )

1. Audíveis (v. 2 “som como de um vento impetuoso”)
“Vento” = “pnoé” = “pneuma” = “Espírito”
O Espírito não é um vento mas age como um vento (Jo 3:8) = soberanamente (“onde quer”), perceptivelmente (“ouves a sua voz”), imprevisivelmente (“não sabes donde vem nem para onde vai”). Simboliza poder!

2. Visíveis (v. 3 “.. línguas como de fogo e pousou uma sobre cada um deles)

A.: o Espírito “como fogo” = símbolo de aquecimento, incendeiamento, purificação (Is 6:6-7)

A.: o Espírito vem sobre todos mas de maneira pessoal (“cada um”)

3. Verbalizáveis (v. 4 “... e passaram a falar em outras línguas....”)
a) Línguas: desconhecidas para os que falavam; concedidas pelo Espírito (presente),faladas e não pregadas
A.: o Espírito Santo é o melhor comunicador....
aplicação geral dos sinais

A.: Deus controla o mundo “interior” e “exterior”
A.: não podemos subestimar nem superestimar os sinais.

V – CONSEQUÊNCIAS
1. O enchimento do Espírito (v. 2 “... e encheu toda a casa onde estavam assentados”)
a) Geral (v. 2 “encheu toda a casa...”)
Deus não está cativo dos templos e “lugares sagrados”, Ele quer encher as nossas casas como encheu aquela casa de Jerusalém...
b) Pessoal (v.3 “pousou uma sobre cada um”)
a) Coletivo (v. 4 “todos ficaram cheios...; At 2:17)
b) Capacitador
O pentecostes não foi uma mera experiência de êxtase espiritual, foi uma experiência de habilitação para o testemunho de Jesus

2. Proclamação no Espírito
a) Proclamadores: 120 galileus (1:15; 2:7) que eram conhecidos pela falta de cultura, inclusive pela dificuldade em falar...
Somente o Espírito pode trazer habilidades a inábeis...
b) Destinatários: “judeus...piedosos... vindos de todas as nações “(v.5, 9-11) = judeus de todas as nações do mundo greco-romano
A geografia da missão é ampla.... (At 1:8)
c) Estratégia: testemunho pessoal na lingua materna do ouvinte (v 6, 8, 11)
d) Conteúdo: “grandezas de Deus” (v. 11) =Jesus

3. Reações (fora do círculo dos 120)
a) Indagação: “perplexos” (v. 6), “atônitos e se admiravam” (v. 7), “todos atônitos eperplexos”(v.12)
b) Rejeição: “zombando” (v. 12)
c) Aceitação: Fé e transformação (2:37-47)

CONCLUSÃO: “Que quer isto dizer”? (v. 12)
1. O pentecostes, em sua essência, é para hoje

2. O pentecostes é para todos os que crêem em Cristo
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros,e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a CRISTO. Pois, em um só Espírito,todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E atodos nós foi dado beber de um só Espírito” (I Coríntios 12:12-13)

3. O pentecostes é para missão – At 1:8

4. O pentecostes é insubstituível – At 1:4
“O pentecoste salvou os discípulos do trivial, do marginal, do superficial. Desde então eles começaram a ver as questões de importância, ganharam o senso do que era essencial.... Não vejo nada, absolutamente nada, que possa tirar a Igreja de trás das portas trancadas senão um pentecoste. Podeis aumentar a beleza de seu ritual; melhorar a qualidade a quantidade de sua educação religiosa, elevar o padrão e as qualificações do seu ministério ao mais alto grau; despejar dinheiro nos seus gazofilácios, dar-lhe, enfim, tudo, tudo menos esta única coisa que o pentecostes dá, e estareis apenas ornamentando um cadáver. Até que este fato sagrado se dê, a pregação é simples preleção, a oração é mera repetição de fórmula, os cultos deixam de ser culto – tudo não passa de atividade terrena, circunscrita, inadequada, morta” (Stanley Jones).

PROGREDINDO NO SERVIÇO - I CRÔNICAS 9

“HOMENS CAPAZES PARA A OBRA DO MINISTÉRIO DA CASA DE DEUS” (v. 13)

A transgressão de Israel resultou em escravidão na Babilônia (v.1). Por misericórdia, em 538 a.C. Deus promoveu a libertação. Uma vez libertado, o desafio era reconstruir a vida na terra de Israel. Esta reconstrução, aqui narrada e nos livros de Esdras e Neemias, envolvia para Israel três valores chaves: era o povo de Deus – povo da aliança; devia gravitar sua vida em torno de Deus – povo do templo; era o povo submisso a Deus – povo afinado com a autoridade do trono.

Preocupado em delinear os valores desta relação com Deus pelo uso do templo, o escritor de Crônicas, neste capítulo, foca sua atenção nos homens que estariam diretamente ligados ao templo (v. 2). Para que houvesse um PROGRESSO CADA VEZ MAIOR estes homens deveriam se “homens capazes para a obra do ministério da casa de Deus”. Deus tem nos chamado, como igreja, para um progresso cada vez maior no serviço. O que ele envolve?

I – CAPACITAÇÃO (v. 13 “... homens capazes...”)

Não basta realizar o serviço é preciso fazê-lo de forma qualificada

1. Exige disposição = vontade efetiva (Mt 21:28-31)

2. Exige treinamento (Ef 4:10-12)

A.: no mercado de trabalho brasileiro há vagas para mais de 200.000 estagiários, mas não são totalmente ocupadas pois falta qualificação.... Na igreja, igualmente, as portas para os operários estão abertas, mas para ocupá-las é necessário pagar o preço da qualificação. Só assim haverá um progresso cada vez maior da igreja!

II – ESPECIFICAÇÃO (v. 13 “... para a obra do ministério...”)

O texto foca os ministérios (serviços) que envolvem o templo – levitas, sacerdotes e servos (V. 2) – com atenção quase total ao primeiro....

1. Os ministros devem ser claramente definidos (v.10, 14)

2. Os ministérios devem ser claramente delimitados (ex.: levitas)

a) Liderança (v. 17 – Salum; v. 20 – Finéias)

b) Porteiros: arraiais (v. 18), tabernáculo (v. 19), regionais – “quatro ventos” (v. 24), vigilância (v. 27), utensílios (v. 28), móveis (v. 29),

c) Culinários (v. 32-32)

d) Cantores (v. 33)

Filhos dos sacerdotes eram “confecionistas” (v. 31)

3. Os ministérios são devidamente autorizados (v. 22)

4. Os ministérios buscavam parceria (v. 24-25)

A.: fazer de cada crente um ministro produtivo na área específica para qual o Senhor o chamou, este é o caminho imprescindível para um progresso cada vez maior da igreja!

III – MOTIVAÇÃO (“... da casa de Deus...”)

O templo foi para os israelitas a casa de Deus, mas o que importava não era a estrutura do templo, mas o Deus do templo (Sl 84:1-4)

1. O ministério nasce em Deus (I Tm 1:12 “Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que considerou fiel, designando-me para o ministério”)

2. O ministério deve ser exercido para a glória de Deus (I Co 10:31“Quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”; Col 3:23-24 “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança; a Cristo, o Senhor é que estais servindo”)

A.: habilidade e especialidade precisam vir acompanhadas de um coração íntegro: o ministério não é um instrumento de projeção pessoal, mas, unicamente, um canal de proclamação da glória de Deus!

CONCLUSÃO
1. Para progredir cada vez mais no serviço você precisa:
a) Capacitação – aprenda cada vez mais!
b) Especificação – aperfeiçoe-se cada vez mais na área ministerial que o Senhor lhe deu!
c) Motivação - cuide cada vez mais do seu coração!

PALAVRA INSPIRADORA: (Daví para Salomão)
“SÊ FORTE E CORAJOSO E FAZE A OBRA; NÃO TEMAS, NEM TE DESANIMES, PORQUE O SENHOR DEUS, MEU DEUS, HÁ DE SER CONTIGO; NÃO TE DEIXARÁ, NEM TE DESAMPARARÁ, ATÉ QUE ACABES TODAS AS OBRAS PARA O SERVIÇO DA CASA DO SENHOR” (I Crônicas 28:20)



PROGREDINDO NA COMUNHÃO (AMOR) - JO 13:31-35
Deus nos tem chamado para PROGREDIR CADA VEZ MAIS, um progresso que envolve conhecê-LO através da adoração e torná-lo conhecido por meio da evangelização. Mas necessário faz-se atentar, igualmente, que nunca haverá progresso comunitário acentuado se não houver uma comunhão diferenciada.

1. Contexto do texto: Ceia – que foi marcada pela intimidade ( Jesus tem um tempo exclusivo com os discípulos), sinceridade (Jesus fala abertamente da traição sem citar o nome do traidor – 13:2, 10-11, 18-19, 21-27), fragilidade ( Jesus estava emocinalmente abalado 13:21) e pela curiosidade (os discípulos não conseguiam imaginar quem seria o traidor (13:22... )

2. A saída de Judas: Judas “saiu” (13:31a)
a) Porque apesar de ter acesso à intimidade de Jesus durante a ceia, preferiu desenvolver sua intimidade com satanás (13:2)
b) Porque apesar de ter tido uma nova oportunidade de ficar definitivamente com Jesus durante a ceia, preferiu ficar definitivamente com satanás (13:27)
c) Judas saiu porque na verdade nunca tinha entrado (Jo 6:70)

3. A glorificação de Jesus:
a) Imediata (“agora” – v. 31; “imediatamente” (v. 32)
b) Foi a glorificação do próprio Deus (v. 31-32) – porque Jesus estava fazendo a vontade do Pai (Jo 17:4)
c) Foi um processo que envolveu morte, ressurreição, ascensão, glorificação

4. A ausência de Jesus: temporária (v. 33); o desafio para seu período ausente: amor (v. 34-35)
Olhando mais acuradamente para os versos 34 e 35 discernimos os fundamentos de uma comunhão aprovada por Jesus

I – A NOVIDADE DA COMUNHÃO ( v. 34)
Amamos na certeza de que amar é sempre o caminho para a experimentação de algo extraordinariamente novo em nossos relacionamentos...

1. Amor não é novo no sentido de originalidade pois sua origem era antiga (Dt 6:5; Lv 19:18)

2. O amor é novo porque em Cristo Ele assumiu uma nova força, uma nova dimensão, uma nova perspectiva: agora, em Cristo, quem ama cumpre toda a lei antiga (Rom 13:8-10) e vive numa nova aliança que sempre se renova (I Co 13:13).

II – A AUTORIDADE DA COMUNHÃO (v. 34)
Amamos porque queremos reconhecer Sua autoridade...
1. Amor não é:
a) Opção – sujeita à nossa aprovação ou rejeição....
b) Chavão – presente no dialeto dos evangélicos mas ausentes das suas vidas...
c) Sentimento – preso às oscilações das circunstâncias...

2. Amor é uma ordem que precisa ser cumprida agora

III – A RECIPROCIDADE DA COMUNHÃO (v. 34)
Amamos formando uma corrente com elos colocados por Jesus e não por nós mesmos.....

1. Amor não é amar os que nos amam (Mt 5:43-48) – um ou outro, um e outro

2. Amor é um caminho de reciprocidade: “uns aos outros” – um amor sem preconceitos, sem restrições, sem imposições, sem falsas motivações....

IV – A QUALIDADE DA COMUNHÃO (v. 35)
Amamos tendo como único paradigma Jesus pois só Ele “amou até o fim”.....

1. Não é um amor de referenciais humanos: amor da literatura, das telenovelas, do cinema, das artes plásticas...

2. É o amor de referencial divino: Jesus (Jo 13:1-17) – um amor que resistiu ao tempo e às fragilidades das pessoas que amou; um amor que foi traduzido em gestos concretos como o lava-pés; uma amor sacrifical - que não hesitou em ir até o fim = morte....

V – A VISIBILIDADE DO AMOR (v. 35)
Amamos sabendo que este amor, nas mãos de Jesus, será instrumento de comunicação do Seu amor

1. Falsos sinais do discípulo: institucional (denominação); visual (cabelo, pelos, vestuário); verbal (“dialeto evangélico”); local (romaria, templo da moda).

2. Verdadeiro sinal do discípulo: o amor “concreto” = “se tiverdes amor...” –
a) Envolve tempo – “a melhor maneira de soletrar amor é t-e-m-p-o, o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo” (Rick Warren) – exemplo de Jesus
b) Envolve reconhecimento – “um bom elogio pode me manter vivo durante dois meses” (Mark Twain) – sendo isto verdade seis elogios valeriam para o ano inteiro... – exemplo de Jesus
c) Envolve serviço – quem ama concretamente disponibiliza sua inteligência, seu conhecimento, sua sabedoria, suas habilidades, seus talentos, seus dons, enfim, sua experiência para ministrar na vida daqueles a quem ama. – exemplo de Jesus
d) Envolve persistência – I Co 13 – ex. de Jesus

CONCLUSÃO
Deus nos desafiar a amar hoje como Jesus nos amou ontem....

PROGREDINDO NA EVANGELIZAÇÃO - JO 4:27-42
Theodore Adams, ex-presidente da Aliança Batista Mundial, ao ser ordenado ministro recebeu de seu pai, também ministro, a seguinte recomendação: “Ted, meu filho, mantenha-se perto de Deus. Ted, meu filho, mantenha-se perto do homem. Ted, meu filho, lute por uma aproximação entre o homem e Deus”.

1. Deus tem nos chamado em 2011 para PROGREDIR CADA VEZ MAIS, um progresso que passa, conforme vimos na semana passada, pelo conhecimento do Senhor (“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor, como a alva, a sua vinda é certa e ele descerá sobre nós como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” – Os 6:3) – um conhecimento que envolve: decisão, persistência, foco e intensidade. Conhecer ao Senhor significa adorar o Senhor. Mas este progresso precisa se manifestar em mais quatro dimensões: evangelização, comunhão, discipulado e serviço. Hoje nos concentraremos no chamado do Espírito a um PROGRESSO CADA VEZ MAIOR NA EVANGELIZAÇÃO!

2. “Neste ponto” (v. 27)– refere-se à reafirmação definitiva e categórica de Jesus, no final de seu encontro com a samaritana no poço de Jacó (4:1-26), de que Ele era o verdadeiro Messias, o Cristo, o Deus encarnado. Ela, porém, não teve tempo de responder a Jesus pois imediatamente chegaram os discípulos. Sua postura e a de Jesus, na sequencia, revelam princípios fundamentais para O PROGRESSO CADA VEZ MAIOR NA EVANGELIZAÇÃO.... QUAIS SÃO ESTES PRINCÍPIOS?

I – PROGREDINDO PELO DIÁLOGO EVANGELIZADOR(v. 27-30)

1. Diálogo despreconceituoso (v.27)

“Cada vez que um homem prolonga sua conversa com uma mulher faz mal a si mesmo, deixa de cumprir a lei e herda o inferno”, ensinavam os rabinos judeus. Assim, ao conversar com uma mulher samaritana, sem qualquer preconceito, Jesus ignorou a tradição judaica de rejeição da mulher e dos samaritanos, quebrando barreiras sexuais, religiosas e políticas. Por esta razão seus discípulos ficaram admirados mas, conscientes de sua coerência, não tiveram coragem de fazer qualquer comentário...

A evangelização avança na medida de nossa disposição em estabelecer pontes com aqueles que são “diferentes” e não se enquadram dentro de nossas “convenções”.... Nossos preconceitos são, muitas vezes, os maiores obstáculos para o progresso da evangelização.

2. Diálogo contagiante (v. 28-30)

A samaritana, “contagiada” por Jesus (4:1-26), imediatamente fez duas coisas: “deixou seu cântaro” (v. 28) – simbolizando que de agora em diante ela tinha para a sua vida um novo foco e “foi à cidade” a fim de testemunhar sobre Jesus como alguém que a conhecia e que se parecia com o Cristo = Messias (v. 28b-29). O resultado de seu testemunho foi um extraordinário contágio coletivo (v. 30).

O progresso da evangelização não é mágico: ele sempre foi e sempre será resultado do esforço responsável dos “já alcançados” em alcançar os “não alcançados”, estabelecendo uma contagiante cadeia multiplicadora... Precisamos hoje, urgentemente, “deixar nossos cântaros” para estabelecer relacionamentos significativos com os moradores da nossa cidade....

II – PROGREDINDO PELA PRIORIZAÇÃO EVANGELÍSTICA (v. 31-34)

1. Priorização acima das necessidades físicas e acima do senso comum dos discípulos (v. 31-33)

Os discípulos foram à cidade comprar alimentos logo que se iniciou a conversa de Jesus com a samaritana (4:8). Retornando, preocupados com a fome de Jesus, sugeriram que Ele comesse logo. Contudo, além de não aceitar o alimento naquela hora, revelou-lhes que a Sua prioridade não era a “subsistência física” mas uma “subsistência espiritual” (v. 32a) que eles, em seu senso comum, não conseguiram entender mesmo tendo recebido explicações de Jesus (v. 32b-33). Assim como a samaritana não entendera sobre a água da vida, eles também não entendiam sobre o “alimento da vida” de Jesus....

2. Priorização estabelecida pelo Pai (v. 34)

A “comida de Jesus”, ou seja, o que dava sentido à Sua vida, era vivenciar intensamente a identidade que o Pai lhe dera: Ele era um “enviado” = “apóstolo” do Pai, por isso tinha um pleno compromisso com a “vontade” e a “obra” do Pai. Na agenda do Pai estava delineada uma estratégia de progresso do Evangelho na Samaria (4:4) que se iniciaria de uma forma que nenhum membro da elite religiosa judaica poderia imaginar: o alcance uma mulher excluída com postura e reputação de prostituta....

3. Crendo em Jesus temos a garantia de nossa sobrevivência física mas,sobretudo, recebemos uma nova identidade = “enviados” (Jo 17:18) e uma prioridade número um – a sobrevivência espiritual daqueles que Ele tem colocado à nossa volta. Assim como Ele foi enviado para fazer a “vontade” e “obra” do Pai, nós também fomos enviados para apresentar o único caminho de sobrevivência espiritual: a fé em Jesus como o Cristo (Jo 6:27). Resumindo, não existimos para comer, trabalhar, descansar, constituir família...mas para fazer de tudo isso uma ponte para prioritariamente desafiarmos as samaritanas e os samaritanos do século XXI à uma nova vida em Jesus.

III – PROGREDINDO PELA VISÃO EVANGELÍSTICA (v. 35)

1. Visão urgente (“... ainda há quatro meses até à ceifa...”)

Jesus, sabiamente, usou a figura do campo para ilustrar a evangelização. Israel sempre foi um país de muitas pedras e rochas, portanto inapropriado para a agricultura. Sicar, porém, na província samaritana, era uma região famosa por sua boa produção de trigo. O ditado popular era que “era preciso plantar e esperar quatro meses para colher”, ou seja, a lavoura tem um processo natural de desenvolvimento. Mas na terra de Sicar, no plano espiritual, a semente do Reino lançada por Jesus no coração da samaritana, estava produzindo de forma maravilhosamente diferente....

2. Visão interativa (“eu, porém, vos digo – erguei os olhos e vede os campos, poisjá branquejam para a ceifa”)

Cabia, pois, aos discípulos avançarem na visão do progresso evangelístico que Deus estava operando na Samaria: “erguei os olhos” = deixar de olhar para baixo, para si mesmos, para seus interesses, seus projetos, seu grupo;“vede os campos que já branquejam para a ceifa” = olhar para além dos limites de seus sonhos, tradições, cultura, religião e perceber as pessoas que, movidas pela semeadura evangelística da samaritana, começavam a se aproximar de Jesus, gente que seria imediatamente colhida para o Reino de Deus!

3. O desafio do Espírito hoje é que tenhamos uma visão sem procrastinação: lembre-se agora daquela pessoa que Deus colocou ao seu lado (um amigo, um parente, um vizinho, um colega de trabalho) e que você bem sabe que a única alternativa eficaz para a sua transformação é um contato pessoal com Jesus. Por outro lado, um sentimento de comodismo, medo, indiferença leva você a postergar qualquer iniciativa de evangelização imaginando “ainda haverá tempo...” O desafio do Espírito hoje é que tenhamos uma visão com interatividade: não é suficiente “sentir” pena das pessoas sem Jesus, é necessário estabelecer com elas pontes relacionais concretas, contínuas e eficientes....

IV – PROGREDINDO PELA PARCERIA EVANGELÍSTICA (v. 36-38)

1. Parceria que envolve semeador e ceifeiro (v. 37)

A evangelização é uma tarefa que envolve basicamente (Mt 13:1-23): a semente – Palavra de Deus; o campo (terra) – as pessoas que ainda não conhecem Jesus como Salvador e Senhor; o semeador – que compartilha do amor de Jesus e o ceifeiro – que colhe o fruto da semeadura vendo a pessoa render-se efetivamente chegar a Jesus. Pode ser que você seja a um só tempo semeador e ceifeiro, mas normalmente Deus usa muitas pessoas neste processo de plantar o Seu Reino no coração de uma pessoa, ensinando-nos assim que a evangelização não é um esforço solitário mas um esforço solidário....

2. Parceria que resulta em recompensa (v. 36)

A recompensa para o ceifeiro é aqui e agora: ver alguém entregando sua vida a Jesus é uma das mais extraordinárias experiências da vida cristã, mas é também futura – cada pessoa que você levar a Cristo terá na eternidade o reconhecimento Dele. E Jesus completa afirmando que há uma alegria para o semeador e para o ceifeiro quando são usados como instrumentos para levarem uma pessoa a Ele e ao Pai (Lc 10:17-20; Lc 15:7; Lc 15:10; Lc 15:32).

3. Parceria baseada na autoridade de Jesus e na harmonia de semeadores e ceifeiros (v. 38)

“Semeadores” e “ceifeiros” necessitam de gravitar em torno do chamado autorizador de Jesus – “eu vos enviei” – sabendo que quem chama capacita para cumprir o chamado! Os discípulos de Jesus seriam os ceifeiros das sementes que Ele estava semeando bem como daquelas que os profetas do passado (como João Batista) haviam também lançado. Resumindo: semeadores e ceifeiros não são competidores desesperados disputando para ver quem é mais importante na tarefa evangelizadora, são apenas servos dependentes de Jesus e interdependentes na relação uns com os outros.

4. Sendo a evangelização uma obra de parceiros precisamos de consciência dos limites traçados por Deus na relação com as pessoas e de humildade para reconhecer que Deus sempre usou e continuará usando outros além de nós....

V – PROGREDINDO PELO TESTEMUNHO EVANGELÍSTICO EFICIENTE (v. 39-41)

1. Testemunho que aponta para uma experiência real (v. 39)

A samaritana , ao invés de fazer um tratado teológico sobre a singularidade do Messias, apenas disse: “eu achei um homem que me disse tudo quanto tenho feito” ou seja, “conhece a mim como nem eu mesmo me conhecia”, e o resultado de seu objetivo testemunho foi a fé de muitos samaritanos em Jesus. Cada crente precisa ter no coração e “na ponta da língua” um testemunho simples sobre sua experiência com Jesus..... (Col 4:5; I Pd 3:15)

2. Testemunho centrado na Palavra (v. 40-41)

O progresso do Evangelho na Samaria, que proporcionou a conversão de muitos samaritanos, se deu pelo testemunho da samaritana e pela ministração da Palavra feita por Jesus (v. 41). O princípio é claro: evangelizar envolve o relato da nossa experiência, mas acima de tudo a comunicação da Palavra de Deus pois só ela é o “poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rom 1:16-17). A evangelização é a construção de um edifício que tem como alicerce a Palavra do Evangelho e nossas experiências são como andaimes para uma melhor apreensão de sua mensagem.

CONCLUSÃO (v. 42)

A samaritana, uma mulher desprezada e estigmatizada, foi alcançada por Jesus e imediatamente assumiu a responsabilidade de alcançar seus conterrâneos samaritanos, os quais reconheceram objetivamente que haviam chegado à mais importante experiência de toda as suas vidas – “ouvir” e“saber” quem de fato é o único salvador deles e do mundo: Jesus Cristo (Jo 3:16). Um alcançando muitos: este foi o projeto de Deus para a Samaria, um projeto que envolveu diálogo, priorização, visão, parceria e testemunho. Hoje o Senhor chama você para ser usado no alcance de muitos, para que verdadeiramente possamos PROGREDIR CADA VEZ MAIS NA EVANGELIZAÇÃO.

Para isso eu quero desafiá-lo a fazer e/ou renovar um COMPROMISSO DE TESTEMUNHO tendo as seguintes posturas..... (usar o “Cartão Compromisso de Testemunho)
Yoon-Hee Choi, foi estrela de TV da Coreia do Sul e autora de livros sobre a felicidade e esperança. No ano passado, porém, foi encontrada morta com o marido em um quarto de motel. Pelos indícios, a polícia local acreditou ter sido um suicídio duplo. Um funcionário do motel, localizado em Goyang, ao norte de Seul, encontrou os corpos de Yoon-Hee Choi, de 63 anos, e do marido dela, 72 anos, enforcados no quarto. Em carta divulgada pela polícia, a escritora diz que algo estava errado com ela nos últimos dois anos. "Eu tive um momento muito difícil, porque sofro de coração e pulmão", escreveu, acrescentando um pedido de desculpas destinados à família e amigos. Autora de vinte livros sobre felicidade e esperança ela era bem conhecida por seu envolvimento em vários programas de televisão sobre o mesmo assunto. Na Coreia do Sul era chamada de a "sacerdotisa da felicidade." Contudo, Yoon-Hee Choi, desistiu de viver por não encontrar a genuína felicidade.
Ao nosso lado existem muitas pessoas em busca da felicidade, ávidas por encontrar um verdadeiro sentido para a vida: o Espírito nos desafia hoje a sermos instrumentos de Deus para a conquista destas pessoas!

PROGREDINDO NO CONHECIMENTO DE DEUS - OS 5:15-6:1-6

I Ts 4:1 “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais” – Apesar de reconhecer o grande progresso da Igreja de Tessalônica, Paulo a desafiou a continuar “progredindo cada vez mais”: em Cristo, pelo exemplo, para Deus, realmente, continuamente e intensamente. Deus hoje nos traz de volta a esta visão de um progresso espiritual maior....

2. Deus, através do profeta Oséias, faz um diagnóstico de Israel(4:1 ... nele “não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus”)

Nb.: Oséias – “profeta do coração quebrantado” (Dionísio Pape), contemporâneo de Isaías, identifica as consequências deste desconhecimento de Deus: perjúrio, mentira, morte, furto, adultério (4:2); arrombamentos, homicídios (v. 2); luto generalizado entre moradores e na natureza (4:3); liderança corrompida e povo corrompido (4:4) = um povo a caminho da destruição por falta deconhecimento pois quem lhe deveria dar conhecimento, o sacerdote, não o possuía... Este é o triste retrato israelita!

3. Deus, através do profeta Oséias, traz uma palavra de confronto, esperança e desafio (5:15-6:1-2)

a) Confronto: distanciamento imediato de Deus (5:15“Irei e voltarei para o meu lugar”)

b) Esperança: o reconhecimento de culpa e a imediata busca de Deus reverteria este quadro de morte em vida (5:15“... até que se reconheçam culpados e busquem a minha face”)

c) Desafio: a angústia poderia ser transformada numa ponte para um novo tempo, pois se o povo se voltasse para o Senhor (5:15-6:1a “... estando eles angustiados cedo me buscarão dizendo – vinde e tornemos para o Senhor porque...”) o Senhor se voltaria para o povo:

* Sarando (v. 1 “... Ele nos despedaçou e nos sarará”...)

* Ligando (v. 1 “fez a ferida e a ligará”...)

* Revigorando (v. 2 “... depois de dois dias nos revigorará”...)

* Levantando (v. 2 “... nos levantará”...)

* Relacionando (v. 2 “... e viveremos diante dele...” Sl 16:11“Tú me farás ver os caminhos da vida, na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”)

Sua ação seria intensamente terapêutica....

4. Deus, através do profeta Oséias, chamou Israel e nos chama para CONHECER CADA VEZ MAIS O SENHOR (v. 3“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” ). O que significa “conhecer cada vez mais o Senhor”?

CONHECER CADA VEZ MAIS O SENHOR (V. 3)...

I – ENVOLVE DECISÃO (“Conheçamos....”)

1. A destruição de Israel se dava em função da falta de conhecimento de Deus (v. 4:6)

2. Israel não tinha nenhuma consciência deste “desconhecimento de Deus” (8:1-2, 11-13)

3. A reconstrução de Israel viria pelo conhecimento de Deus (13:9; 14:1-4)

4. Aplicação: a igreja, Israel de Deus no NT, precisa também, mais do que nunca de uma decisão firme, responsável, permanente, de conhecer o Senhor

II – ENVOLVE PERSISTÊNCIA (“... e prossigamos....”; Os 2:19-20)

1. Deus chamou Israel para um relacionamento = casamento: definitivo (“desposar-te-ei comigo para sempre...”), equilibrado (“... desposar-te-ei comigo em justiça e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias”...), fiel (“desposar-te-ei em fidelidade...”) e o resultado desta aliança relacional seria o conhecimento do Senhor (“... e conhecerás ao Senhor”.

Conhecer a Deus envolve uma experiência definida, única, singular de conversão (salvação), mas também uma caminhada perseverante de busca santa que só terminará quando o Senhor nos chamar para estar com Ele ou ir com Ele.

2. Aplicação: a igreja é o Israel de Deus do NT e como tal, não basta sair do Egito (salvação) precisa atravessar o deserto e tomar posse da Canaã (plenificação - Os 11:1-4,7), realidade que só será experimentada se ela de fato “prosseguir no conhecimento do Senhor”.

III – ENVOLVE FOCO (“... em conhecer o Senhor...”)

1. Muitas posturas sinalizavam que Israel não conhecia Deus como Senhor....

a) Espírito de prostituição (4:12-14; 5:2-4; 9:1)

Não davam a Deus a exclusividade que Ele merecia e exigia...

b) Espírito de rebelião (8:3)

A rejeição de Deus levou à uma rejeição deliberada do bem

c) Espírito de independência (8:4a)

Tomavam decisões sem dar qualquer satisfação a Deus

d) Espírito materialista (8:4b)

Trocaram a riqueza definitiva de Deus pela riqueza passageira do homem

e) Espírito de irresponsabilidade (8:7a)

Perderam a noção da lei da “semeadura e da colheita”

f) Espírito de pecado (8:11)

Israel tinha religiosidade (“altar”), mas não tinha santidade

2. Aplicação: a igreja, assim como Israel no VT, precisa urgentemente redescobrir a identidade de Deus (“Senhor”) e sua própria identidade - “ serva” cada vez mais submissa à Sua autoridade (12:5-6)

IV – ENVOLVE INTENSIDADE (“... como a alva a sua vinda é certa e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra”)

1. Prosseguimos para o retorno do Senhor – I Ts 1:9-10

Assim como a cada manhã vem a “alva” (primeira luz do sol) um dia também o Senhor virá

2. Prosseguimos para uma visitação intensa do Senhor

O Senhor não apenas virá, mas também descerá: claramente, perceptivelmente, gloriosamente, experimentalmente, intensamente...

3. Aplicação: a igreja, assim como Israel no passado, é chamada a sair da superficialidade para a profundidade, conhecendo o Senhor cada vez mais pela via da adoração, comunhão, discipulado, evangelização e serviço...

CONCLUSÃO (v. 4-6)

Desafios para conhecer cada vez mais o Senhor:

1. Arrependimento: admitir a fragilidade do nosso amor (v. 4)

2. Discernimento: compreender que a disciplina de Deus é um chamado à restauração do Seu conhecimento (v. 5)

3. Relacionamento: priorizar o que Deus prioriza – comunhão com Ele e com o próximo

+ Vida devocional (Bíblia e oração)

+ Vida relacional (Amizade e células)

O CONHECIMENTO DE DEUS SE CUMPRE NO CONHECIMENTO


PROGREDINDO CADA VEZ MAIS - I TSS 4:1

Dilma Roussef assumiu o governo brasileiro ressaltando as conquistas da “era Lula”, mas ressaltando o compromisso firme de avançar mais na busca de um desenvolvimento equilibrado. Iniciamos 2011 com esta visão divina: é tempo de buscarmos um progresso delineado por Deus, executado por Deus e para a glória de Deus!

1. O SENTIMENTO DE PAULO PELA IGREJA DE TESSALÔNICA

a) Estava profundamente grato a Deus pelo exemplo da Igreja de Tessalônica (1:2-9)

b) Reconhecia que seu ministério em Tessalônica fora bastante produtivo (2:1)

c) Percebia a operação eficaz da Palavra na Igreja (2:13)

d) Olhava para o cristãos tessalonicenses como sinais de “glória e alegria” (2:19-20)

2. A VISÃO MAIOR DE PAULO PARA A IGREJA DE TESSALÔNICA

a) Sabia que ela precisava de confirmação e exortação para enfrentar vitoriosamente as provações, por isso enviou até ela Timóteo (3:1-5)

b) Tinha um forte desejo de vê-la pessoalmente para “reparar as deficiências da sua fé” (3:6-10)

c) Entendia que ela precisava amar mais e santificar mais (3:11-13)

d) Discernia que, basicamente, ela precisava PROGREDIR CADA VEZ MAIS na santificação (4:1-8), no amor (4:9-10), no trabalho (4:11), no testemunho (4:12), na expectativa da volta de Cristo (4:13, 5:11), na relação com os líderes (5:12-13) e em muitos outros valores pinçados no final da carta.

3. A VISÃO DE DEUS PARA A PEDRA VIVA EM 2011: PROGREDIR CADA VEZ MAIS!
PROGREDINDO CADA VEZ MAIS (4:1)


I – PROGRESSO EM CRISTO (v. 1 “Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que...””

Centralidade: Cristo é o começo, o meio e o fim do progresso (Fp 1:6).


II – PROGRESSO PELO EXEMPLO (v. 1 “como de nós recebestes...”)

Estratégia: o desafio é estabelecer um ciclo virtuoso onde o “receber e dar” sejam permanentes, como numa corrida de bastão.


III – PROGRESSO PARA DEUS (v. 1 “..quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus”)

Motivação: o progresso não é para nosso prazer ou status, mas de para agradar e glorificar a Deus!


IV – PROGRESSO REAL (v. 1 “... e efetivamente estais fazendo”)

Dinâmica: um progresso que deixa a beleza das intenções para se traduzir em ações concretas... (exemplo do PAC).


V – PROGRESSO CONTÍNUO (v. 1 “... continueis progredindo...”)

Tempo: o progresso não é uma lembrança do passado ou um sonho do futuro, é para hoje.....


VI – PROGRESSO INTENSO (v. 1 “.... cada vez mais...”)

Qualidade: precisamos maximizar o potencial que foi dado por Deus em Cristo!


CONCLUSÃO: Deus nos chama para....


1. Avaliação: onde estamos?

2. Comparação: de onde saímos?

3. Projeção: para onde vamos?

4. Otimização: como chegaremos “cada vez mais”?

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