terça-feira, 21 de junho de 2011

A MAJESTADE DE DEUS EM CRISTO

I – MANIFESTA-SE EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA
II – MANIFESTA A IMPOTÊNCIA HUMANA
III – MANIFESTA A IMPOTÊNCIA SATÂNICA
IV – MANIFESTA O SEGREDO DA VITÓRIA NAS BATALHAS ESPIRITUAIS

Introdução

LC 9:37-43
Mc 9:14-29

Aproximadamente oito dias depois de dizer essas coisas, Jesus tomou consigo a Pedro, João e Tiago e subiu a um monte para orar.

Foi de tirar o fôlego! Pedro, Tiago e João estavam num monte com Jesus. Ele estava orando; eles, dormindo. Eles acordaram. E lá estava Jesus: radiante, refulgente, resplandecente, seu rosto brilhava como o sol e suas roupas estavam brancas como a luz. E lá também estavam Moisés e Elias em glória, conversando com Jesus. A proposta de Pedro de construir três tendas (uma para cada uma das figuras glorificadas) foi rejeitada quando Deus anunciou que Jesus era seu Filho. E depois acabou.

Pedro, mais tarde, escreveu: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pedro 1:16). Eles viram a verdadeira glória de Jesus. Tinha estado velada por sua carne, mas nesse episódio passou seu brilho por ela e Pedro jamais se esqueceu. Foi para ele, e poderia ser para nós, um baluarte de fé. Jesus era realmente o filho glorioso de Deus. Ninguém se compara a ele. Buda não se transfigurou; Maomé não ressuscitou; Confúcio não subiu aos céus. Todo homem deve ouvir a Jesus; ele é sobre todos!

Paulo, mais tarde, escreveu: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória” (2 Coríntios 3:18). O alvo do cristianismo é transformar o cristão na imagem gloriosa de Jesus Cristo. Ao contemplarmos Jesus por meio de sua palavra e à medida que Cristo vive em nós, começamos a demonstrar a vida, o caráter e a natureza do Cristo que habita em nós. A luz fulgurante de Cristo habitando em nós fará com que os homens glorifiquem ao Pai nos céus (Mateus 5:16). Que nós também sejamos transfigurados por Jesus.

Aprendemos na Escritura que a majestade de Deus manifesta-se em Cristo “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pedro 1:16).

I – MANIFESTA-SE EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA

Contraste entre o monte e o vale (Lc. 9:28-36 cp c/ Lc 9:37...)

Onde é que Deus opera?

I Reis 20: 23-30 Os sirios não sabiam que o Deus de Israel tanto opera nos montes como nos vales. Eles pensavam que Deus só operava nos montes por isso afirmaram: “Seus deuses são deuses dos montes; por isso foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em campo raso e por certo veremos se não somos mais fortes do que eles!” (v. 23) Naquele dia ficaram a saber que a vitória de Deus não depende do lugar. Através de toda a Bíblia reparamos que Deus tanto pode actuar no monte como no vale.Embora a nossa vida cristã não seja um vale de lágrimas, pois somos filhos de Deus, temos que reconhecer que, por vezes, no nosso ministério passamos por “vales”. Porém, o que diz o Salmo 23? “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum, porque Tu estás comigo” (v. 4). Não estamos sozinhos no vale. Aleluia!

No vale ou no monte?

Vejamos alguns heróis da Bíblia que passaram por "vales" e observemos como o Senhor os colocou de novo no "monte".

JACÓ – Estava no cimo do monte. Quão feliz e abençoado se sentia! (Gn 30:43; 31:3,17,18). Contudo, mais um pouco, e Jacó encontrou-se no vale, no baixo ou vau, em grande angústia e até com lágrimas, segundo Os 12:4. (Gn 32:6,7, 11, 12, 22-26) Mas o Deus de Jacob é o Deus dos "vales". Ele estava com o Seu servo no baixo! Por vezes ouve-se dizer: "ando muito em baixo" Não esqueçamos, o Senhor está conosco no baixo!

MOISÉS - Que experiência, no cume do monte com Deus! (Êx19:20; 34:29,30)Moisés no "vale" do desalento, do desespero. (Nm 11:11-15; 16:1-4)Quando lemos acerca dos 40 anos do ministério de Moisés, reparamos que esse valoroso homem de Deus passou muitas vezes por "vales" (Dt 1:12) mas o Senhor estava com ele!

JÓ - Ei-lo no "monte" com todo o bem -estar! (Jó 1:1-3; 2:8-10) Tinha uma linda família, saúde, alegria e prosperidade! Mas, como bem sabemos, mais tarde passou por um "vale" tão longo e profundo! (Jó 3:1-16) O Senhor esteve com o Seu servo naquele "vale". No tempo de Deus, Ele levantou Job do vale e colocou-o de novo no "monte" (Jó 42:10-17). Grande é a Tua fidelidade! (Lm 3:23). "Não te deixarei nem te desampararei" (Js1:5; Hb 13:5).Uma vez perguntei a um missionário porque teria o Senhor dado a Jó o dobro de todos os gados, e não deu o dobro dos seus filhos? Respondeu-me: “Jó também ficou com o dobro dos filhos. Primeiro tinha dez, depois ficou com vinte; dez no céu e dez na terra. Os filhos não se perdem ao morrerem, somente mudam de lugar!” Fiquei esclarecido!

JOSÉ - Este jovem passou por um tão longo e profundo "vale” que durou 13 anos. (Compare Gn 37:2; 41:46). Contudo, em todo esse tempo o Senhor estava com José (Gn 39:2,3, 21-23)José podia cantar "Senhor, estás comigo em todo o tempo! / fazendo-me feliz no sofrimento. Segundo lemos em Gn 41:1, José esteve prisioneiro na cova mais de dois anos. Finalmente José saiu da cova, do "vale"( Gén. 40:15; 41:14) e foi levado ao cume do monte! (Gn 41:38-43)

DAVI - Quando lemos os Salmos de Davi verificamos quão grandes "vales" ele passou.Por exemplo, no Salmo 130:1 ele diz: "Das profundezas, a Ti clamo"Aprecio muito o Salmo 13. Repare como começa e como finda, Que diferença! "Até quando...?" por quatro vezes! Mas por fim, depois de um aflito clamor, Davi está no "monte" confiando em Deus, alegrando-se e cantando com gratidão pelo muito que o Senhor lhe tinha feitoDANIEL - Em Dn 2:48, encontramo-lo no mais alto cume do "monte"!Mas, dai a pouco, vamos encontrá-lo num profundo "vale". Encontrava-se no fundo da cova, rodeado de leões esfomeados. Porém ali estava um anjo enviado por Deus, fechando as bocas dos leões! (Dn 6:21-23) Ele é o Senhor dos vales!

ELIAS - No monte Carmelo. que confiado e vitorioso se sentia! (I Rs 18:27 -39) Elias estava no "monte"!No capitulo a seguir, encontramos o mesmo valoroso profeta Elias caído no vale do desânimo.Nem sentia mais força para continuar a viver, quanto mais para continuar o seu ministério.O trabalho para Deus tinha acabado, pensava ele. Elias estava no "vale" do desespero! Mas o que vemos? O Senhor que tinha estado no monte com Elias, estava também com ele no "vale" (19:4 - 7) O Senhor é o Deus dos montes e dos vales!Verifica-se que quando Elias orava o Senhor lhe respondia (I Rs 17:21 - 23). Orou e o menino reviveu! (I Reis18: 37,38) Orou e o fogo caiu! (I Rs 18:44,45) Orou e a chuva veio abundantemente!Contudo, quando Elias pediu a morte, Deus não respondeu à petição do seu servo.Afinal o Senhor tinha um plano muito melhor para Elias. Foi levado ao céu sem provar a morte (II Rs 2:11)

PEDRO - No monte, que feliz ele se sentia (Marcos,9:4,5). E que força! (Mc 14:27 - 31)Mas agora Pedro passa pelo "vale", ele está em baixo (Mc 14:66 - 72).Passou pelo vale da humilhação, à semelhança do peregrino, no conhecido livro cristão “O Peregrino”. No entanto, Jesus não o abandonou (Mc 16:6,7; Jo 21:15-17). Agora sim, Pedro estava em boa "têmpera" para ser usado pelo Senhor!

A caminhada cristã é feita de montes e vales, mas em todos eles é possível experimentar a majestade de Deus em Cristo, porque ela não é circunstancial, é definitiva!

II – MANIFESTA A IMPOTÊNCIA HUMANA

Contraste entre poderes satânico e humano

1. Existe um PODER SATÂNICO DOMINADOR: (Lc 9:39 “um espírito se apodera dele....”)
a) da mente (comunicação)
* Gritos (Lc 9:39); * Mudez (Mc 9:17); * Surdez (Mc 9:39)
b) dos movimentos
* Terra (Lc 9:39); * Fogo e água (Mc 9:22)
c) por meio de uma convulsão intensa
* “Quebrantado” (Lc 9:39); * Definhamento (Mc 9:18)
d) de alto risco: morte (Lc 9:22)

2. Existe uma CADEIA HUMANA DE IMPOTÊNCIA = “eles não puderam” (v. 40)
a) O jovem não pôde
b) O pai não pôde
c) Os discípulos não puderam
d) Os escribas não puderam (Mc 9:14)
e) A multidão não pôde

A majestade de Deus em Cristo revela que com nossas forças pessoais jamais venceremos as forças satânicas, pois, segundo o próprio Senhor Jesus, Satanás é “valente”, “está bem armado” e “seguro dos seus bens” (Lc 11:21). “A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Lc 6:12).

III – MANIFESTA A IMPOTÊNCIA SATÂNICA

Contraste entre os poderes satanás e Jesus
1. O poder satânico NÃO RESISTE:
a) À presença de Jesus (Lc 9:41b-42 “quando ia se aproximando o demônio o atirou ao chão....”)
b) À ordem de Jesus (Lc 9:42; Mc 9:25 “...eu te ordeno, sai deste jovem e nunca + tornes a ele”))
c) Ao toque de Jesus (Mc 9:26-27 “..... Morreu....Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, ele se levantou”)
d) À reintegração de Jesus (Lc 9:42 “e o entregou a seu pai”)
Jesus é “o mais valente do que satanás, que vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos” (Lc 11:22); é o que “se manifestou para destruir as obras do diabo” (I Jo 3:8); é o que “despojou os principados e potestades e publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Col 2:15)

IV – MANIFESTA O SEGREDO DA VITÓRIA NAS BATALHAS ESPIRITUAIS

1. Primeira arma: FÉ (Lc 9:41; Mc 9:19)
a) Jesus denuncia a incredulidade da “geração” (Lc 9:41) = multidão presente que O buscava interessada em suas benesses, mas sem assumir os duros compromissos da fé pelo discipulado
b) Jesus denuncia a incredulidade dos “discípulos” = criam, porém não conseguiram canalizar esta fé para promover a libertação do jovem cativo.
c) Jesus ouve a confissão de fé-parcial do pai (Mc 9:22) e declara o alcance extraordinário da fé: “tudo é possível ao que crê”
Desde a nossa conversão estamos numa permanente batalha espiritual, contra um inimigo mais poderoso do que nós que só pode ser vencido através da fé pessoal, direta, específica e intensa em Cristo Jesus. A vitória é nossa, mas ela não é automática: precisamos “de toda a armadura de Deus para podermos ficar firmes contra as ciladas do diabo” e uma parte fundamental desta armadura é a FÉ: “embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6:16). Nb.: a fé vem pela Palavra!

2. Segunda arma: ORAÇÃO (Mc 9:28-29)
a) Mc 3:14-15 (a comunhão precede a confrontação)
b) “Deus não fará nada na terra exceto em resposta à oração da fé” (John Wesley)
c)) “O guardador de Israel não dormita nem dorme, mas, quando estamos mudos e parados, sem oração, é como se Ele estivesse inativo” (João Calvino)

3. Terceira arma: JEJUM (Mc 9:28-29)
a) * Finalidades do jejum
+ Centralizar a vida em Deus (Lc 2:37 - Ana; At 13:2)
“Nossas temporadas de oração e jejum no Tabernáculo têm sido na verdade dias de elevação; nunca a porta do céu esteve mais aberta; nunca nossos corações estiveram mais próximos da glória central” (Spurgeon)
+ Revelar as coisas que nos controlam (Sl 35:11-13 “eu afligi a minha alma com jejum”)
+ Manter o equilíbrio na ida (I Co 9:27 “esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão...”)
b) “Promulgai um santo jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra e clamai ao Senhor; convertei-vos a mim de todo o vosso coração e isso com jejuns, com choro e com pranto; rasgai o vosso coração e não a s vossas vestes, tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, congregai o povo, santificai a congregação..... e acontecerá depois que derramarei o meu espírito sobre toda a carne, vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão e vossos jovens terão visões” (Joel 2)

Conclusão

Que a majestade de Deus se revele em nós através da majestade de Cristo, este é o desafio da Palavra hoje!

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