sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"SALVOS PARA SERVIR!" UM CHAMADO AO SERVIÇO CRISTÃO

SALVOS PARA SERVIR!

UM CHAMADO AO SERVIÇO CRISTÃO

Marcos Basílio de Oliveira
Série: Vida Cristã
INTRODUÇÃO

Nenhuma organização humana se compara à igreja. Ela foi constituída pelo Senhor Jesus Cristo, é formada de indivíduos salvos por ele, que se arrependeram dos seus pecados, que creram nele como Salvador, e que se sentem transformados pela sua graça. A igreja é uma organização que congrega essas pessoas regeneradas, para que elas promovam a obra do seu Senhor. Proporciona aos crentes os meios que os ajudam a crescer na graça e no conhecimento de Cristo, tendo como alvo a maturidade cristã e a santidade de vida.. Temos recebido diversos dons espirituais e deste modo é urgentemente necessário que aprendamos o propósito de Deus para as nossas vidas individual e coletivamente.

CAPITULO 1
Requisitos básicos para servir na obra de Deus
Marcos 10.45

“Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente”.

O verso 45 é a chave de todo o Evangelho de Marcos, pois apresenta o propósito do ministério de Jesus Cristo: servir e dar. Esses são os requisitos básicos para o seu e o meu ministério(serviço cristão) meu querido irmão. A igreja (eu e você) precisa agir, e rápido! Jesus quer que tomemos consciência de que o caminho para o reino de Deus, que começa com a fé e o arrependimento, seja sinalizado por uma vida de serviço ao próximo. É o amor ao próximo levado a sério e transformado, do discurso para atos concretos. Jesus é o exemplo supremo do serviço, sem visar o seu próprio bem.

Jesus nos ensina que a busca pelo prestígio e pela posição como meio de estar acima dos outros não condiz com a natureza do serviço cristão. Devemos viver para servir, e não para lutar por conquistar prestígio ou lugar de destaque. Jesus nos convida para uma vida de demonstração de profundo amor pelos nossos semelhantes. É a chamada para a morte do egoísta e a ressurreição do servo.

Jesus nos ensina que a verdadeira grandeza tem como exemplo a sua própria vida. Ele foi o servo sofredor anunciado por Isaías (53), pois encarnou em sua vida o exemplo de entrega pessoal para toda a humanidade. A sua presença entre nós se fez sentir pela constante atenção que dava a todas as pessoas, sem fazer distinção entre elas. Que nós aprendamos com Jesus o serviço motivado pelo amor ao ser humano, e não pelos interesses egoístas ensinados pelos padrões da sociedade em que vivemos.

Eis algumas características que devemos possuir como servos de Cristo, Romanos 12.1-8:

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função,
assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina esmere-se no fazê-lo;
ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.

A vida consagrada “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. (v.1)

Eis aqui um apelo à total consagração. A vida do crente é como o altar em que se ofereciam sacrifícios no culto a Deus. Há de ser um lugar santo para que os atos íntimos e exteriores sejam todos agradáveis aos olhos do Senhor. O mal rejeitado (v.2) = Conformar-se é tomar a forma de alguma coisa. O crente em Jesus Cristo não pode tomar a forma do mundo, isto é, viver de acordo com os padrões do mundo. Embora esteja no mundo, ele não pertence ao mundo, porque é cidadão da pátria celestial. A mente transformada “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (v.2)

A experiência de conversão é uma mudança radical na vida. Teria de começar pelas raízes, que se encontram na mente. A transformação consiste em que o crente tem a mente de Cristo ( 1Coríntios 2.16).

A humildade enobrecida “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. (v.3)
É muito forte o instinto que leva o homem a tentar sobrepor-se aos demais. O crente aprendeu a sublime lição de humildade na palavra e no exemplo do seu Senhor. A união exemplificada (v.5) = Embora apresentando individualmente diferenças tão marcantes, completam-se no corpo místico de cristo, que é a igreja. O trabalho exaltado (vv.7,8) = Não pertencemos à igreja de Cristo para nos valermos disto como um privilégio. Exige atividade, à qual o crente se aplica com todas as energias do corpo e do espírito.
Seu objetivo é oferecer ao serviço de Cristo o melhor dos seus dons?

CAPITULO 2
NÓS FOMOS CRIADOS PARA O LOUVOR E OBRA DE DEUS
Efésios 2.10

“Pois Deus nos fez como somos, criados em Cristo Jesus para praticar aquelas boas ações que ele planejou para nós”.

Por que fomos criados? Esta passagem responde que fomos criados para realizarmos boas-obras. Deus te fez uma pessoa única com habilidades, talentos e dons espirituais capacitando-o para ser útil. O salvo não pode ser omisso, isto é, não deve transferir suas responsabilidades para outros. A salvação nos conduz ao serviço (ministério), da mesma forma que nos conduz à adoração. Somos novas criaturas em Cristo e devemos demonstrar isso numa vida dedicada aos outros. Embora saibamos que não somos salvos pelas obras ou ministérios que realizemos estes uma vez realizados com a perspectiva do Senhor confirmam e testificam a nossa salvação.

Todos os que Deus salvou em Cristo Jesus foram criados para o ministério. O crente que ministra é maduro, porque no serviço ele se realiza. Infelizmente, notamos em muitas igrejas a presença de um grande número de crentes que não querem servir nos ministérios que dão sustentação a vida da igreja. Muitos há que pensam que esta tarefa é responsabilidade dos que foram chamados e preparados nos seminários e que numa relação de patrões e empregados pagam para tais líderes realizarem seus ministérios. Quem pensa assim está enganado pois a tarefa é de todos nós. Quem não serve nos ministérios da igreja está em desobediência contra o Mestre Jesus.

É esse o seu caso? Então acorde, pois temos inúmeras oportunidades de servir e Deus já tem lhe dado os dons e as habilidades necessárias para que você seja uma bênção. O mais importante é que cada um procure servir dentro de sua vocação, sem se esquecer que, qualquer que seja a sua área de atuação, trabalhamos para o Senhor, com o propósito de cumprir os seus objetivos de salvar o ser humano. Em nossa igreja estamos necessitados de mais irmãos e irmãs que assumam esta posição de que foram criados de novo pelo Espírito Santo (2 Coríntios 5.7; Gálatas 5.22-25) exatamente para que vivam e se envolvam cada dia na obra de Deus. O Senhor quer usar as nossas vidas!

CAPITULO 3
NÓS FOMOS SALVOS PARA REALIZAR A DEUS
2 Timóteo 1.9

“Pois ele nos salvou de tudo o que é mau e nos chamou para uma vida de santidade - não por causa de alguma realização nossa, mas pelo próprio objetivo dele. Antes do início dos tempos, ele planejou dar-nos em Cristo Jesus a graça para atingir esse propósito”.

O ministério é chamado nesta passagem de “santa vocação” ou “vida de santidade”. E do mesmo modo que fomos salvos e reconciliados com Deus através do perdão oferecido por Jesus devemos ministrar e servir tendo a real consciência de que foi para isso que fomos salvos. A salvação é um importante requisito para que exerçamos ministérios na obra do Senhor.

Você já é salvo? Qual é o teu ministério? Não está envolvido em nenhum ministério (serviço)? Então há algum problema! Os salvos não podem ficar parados, é necessário que estejam envolvidos em algum ministério. Esse é o objetivo de Deus para a sua vida e você não pode continuar fugindo desta responsabilidade. Deus quer usar a tua vida para alcançar os perdidos com a mensagem do evangelho. Deus quer usar a sua vida para abençoar os salvos. Deus já pagou um preço inestimável para livrá-lo das mãos do maligno e você não pode agora continuar vivendo de acordo com os objetivos de satanás. Quem não serve, quem não ministra, está contribuindo para o prejuízo da obra de Deus .

Uma vez salvos e envolvidos no ministério como realizá-lo de modo agradável ao Senhor? Não podemos abrir mão da graça de Jesus que nos habilita para que atinjamos este propósito. Não devemos rejeitar a unção e os dons do Espírito sobre nós os salvos. Não podemos nos esquecer do exemplo de Jesus. Não podemos deixar de considerar a Palavra de Deus e os seus conselhos e ensinos. Não podemos abrir mão da humildade. Não podemos abandonar a condição de servo. Assim conclamamos a todos os salvos a que se apresentem voluntariamente ao Senhor para servi-lo com alegria e fidelidade.

CAPITULO 4
NÓS FOMOS CHAMADOS PARA NA OBRA DE DEUS
1 Pedro 2.9-10

“Mas vocês são a ‘geração escolhida’, ‘sacerdócio real’, ‘nação santa’, ‘povo particular’ (...) Agora vocês devem demonstrar a bondade daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz...”.

Sim meus irmãos além de criados e salvos também fomos chamados para o ministério. Desde o verso 13 do capítulo 1 encontramos uma exortação à santidade “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”.
E especialmente no capítulo 2.1-10 destacaremos algumas exigências que a santidade impõe sobre nós.

A santidade exige a extinção de práticas pecaminosas: “...Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.
E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme”. (1-3).

Assim devemos abandonar: a malícia, o engano, os fingimentos, as invejas, a maledicência . Devemos desejar o crescimento espiritual e implorar pelo alimento espiritual para que coloquemos em prática a vontade de Deus em relação ao ministério.

O fundamento de nossas vidas é Jesus Cristo “...Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo; e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios; e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente...” (v.4-6).

A nossa Missão como povo de Deus é anunciar a salvação “... é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo... “ (v.9). Deus quer conduzir pessoas das trevas para a sua luz maravilhosa “... Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor...” (Colossenses 1.13). Para essa sagrada missão Deus conta conosco. Eis o ministério maravilhoso para o qual Deus tem nos chamado: vidas santas e envolvidas na proclamação de que só Jesus Cristo salva os pecadores. Somos os sacerdotes que Deus nomeou para que intercedamos e ensinemos a Bíblia aos perdidos. Somos a nação separada por Deus para que através de nosso exemplo e testemunho outros creiam que é possível ter as vidas transformadas. Somos o povo particular que o Senhor quer usar.

Cada crente é um ministro criado, salvo e chamado para servir ao Senhor. Cada crente é uma testemunha da graça redentora de Deus. Cada crente é convocado para proclamar aos perdidos. Cada crente é convocado para ir e fazer discípulos dentre os que ainda estão enganados pelas trevas do pecado. Cada crente em face da urgência do chamado deve evitar desperdiçar o seu tempo e as oportunidades. Cada crente deve diante do chamado para ministrar responder como o jovem Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

CAPITULO 5
NÓS FOMOS CAPACITADOS PARA OBRA DE DEUS
1 Pedro 4.10,11

“Sirvam-se mutuamente com os dons particulares que Deus concedeu a cada um, como administradores fiéis da graça de Deus maravilhosamente variada (...) e qualquer que seja a maneira como um homem sirva à igreja, deve fazê-lo reconhecendo o fato de que é Deus quem lhe dá a habilidade..”.

Qual a relação entre dom espiritual e serviço ou ministério na igreja? Como é possível saber se alguém tem ou não um dom espiritual? Na sua experiência cristã você sabe qual é o seu dom espiritual? Caso não saiba como é que tem realizado o ministério na igreja de Cristo? É importante conhecer seus dons. Os dons geralmente se relacionam, pelo menos em parte, com seu temperamento e seus desejos espirituais no serviço do Senhor.

Se entendemos que Deus capacita os crentes para ministrarem através dos dons espirituais creio que o conhecimento de seu dom (ou dons) evita a frustração de tentar ministrar de forma não adequada com o que você é; este conhecimento o orienta para um ministério eficaz. Por outro lado, você não precisa de um dom para ministrar em algumas áreas. É interessante notar que o Novo Testamento tem imperativos para todo crente com respeito às funções dos dons espirituais. Assim, é preciso que cresçamos em fé, misericórdia, sabedoria, conhecimento e discernimento espiritual; que todos evangelizem, sirvam uns aos outros, administrem sua famílias e vidas, contribuam com recursos, etc.

Devemos evitar a busca obsessiva de qualquer dom. Não menospreze, nem proíba, nenhum dom. Confie no Senhor para lhe revelar (ou dar) o que é necessário para melhor servi-lo. Lembre-se de que muito mais importante do que os dons são os frutos do Espírito. Não há nenhum dom espiritual exigido de alguém qualificado para ser presbítero (nem o dom do ensino). Mas o Novo Testamento exige muito do líder em termos de maturidade e fruto espiritual. Não nos esqueçamos de reconhecer a mão do Senhor sobre os ministérios que estejamos realizando pois é ele que nos capacita .

CAPITULO 6
NÓS FOMOS AUTORIZADOS SERVIR NA OBRA DE DEUS
Mateus 28.18-20

“... Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século...”

Além da autoridade, da presença de Jesus e do poder do Espírito Santo os discípulos de Jesus devem fazer tudo em nome de Jesus.

Missões são uma ordem de Jesus “... Ide, portanto, fazei...” (19) -Quem não faz missões está em desobediência ao mandado de Jesus (missões: você pode ser enviado; você pode orar; você pode contribuir). Não temos nesta passagem um desafio ou um pedido, temos uma ordem! Não é uma ordem limitada aquele tempo ou para os primeiros discípulos. Ele não está dizendo: “Se der tempo, se sobrar algum dinheiro, ou se vocês não forem passear no domingo, por favor dêem testemunho ao seu amigo a respeito de mim”. Pelo contrário, ele afirma que todos os seus discípulos devem ser de fato testemunhas a respeito da salvação que Ele oferece a todos os homens. Devemos ter essa consciência missionária bem viva a fim de que não percamos tempo nem oportunidades.

Missões têm como objetivo fazer discípulos “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo...” (19) - Não é função de missões levar ideais políticos, econômicos ou sociais. O objetivo é ganhar discípulos para Jesus. É tirar o indivíduo de sua escravidão do pecado e trazê-lo para um relacionamento de comunhão com Deus. O ensino (v.20) faz parte da tarefa de Missões assim como o aprendizado faz parte da vida do discípulo. O discípulo precisa ser ensinado para ganhar e ensinar outros. O campo de

Missões é o mundo todo “... Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo...” (19) - O nosso desafio missionário não se esgota nos limites do bairro ou da cidade, nem do Estado ou do País. Ele é abrangente e onde estiver uma pequena tribo, ali está o nosso campo de missões. Jesus nos desafia a levantarmos os olhos e contemplarmos o mundo todo.

Na obra de Missões temos a garantia da presença de Jesus “...ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século...” (20) - Jesus prometeu que estaria conosco para sempre. Ele está presente através do Espírito Santo, que conduz a obra missionária. No livro de Atos, temos essa verdade bem expressa, quando o Espírito Santo convoca e dirige os missionários em sua tarefa (Atos 16.1-12). A sua presença é garantida até a sua volta. Pelo texto da Grande Comissão aprendemos que a visão de Jesus é abrangente: Ele tem toda a autoridade, para nos mandar a todas as nações e fazer nelas discípulos, ensinando-lhes todas as coisas que ele mandou e tendo a garantia de sua presença todos os dias. O que estamos esperando?

CAPITULO 7
NÓS FOMOS COMANDADOS PARA OBRA
Mateus 20.26-28

Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo;
tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

O pedido da mãe de Tiago e João provoca uma reação de indignação nos demais discípulos. A indignação aponta que os outros também tinham a mesma pretensão pelo prestígio no reino do messias (v.24). Parece que o relacionamento dos discípulos ia ficar bastante complicado e tenso por isso Jesus os chamou a si para ensinar lições preciosas de como deve comportar-se e o que deve desejar o discípulo. Jesus ensina que a participação no reino não é uma questão de posição em relação aos demais súditos do reino de Deus, mas sim de serviço que uns prestam aos outros. São valores diferentes, são atitudes diferentes, que fogem do nosso padrão de competição.

No reino de Deus, todos devem ser servos uns dos outros; todos devem viver na igualdade dos direitos e deveres. A idéia de posição, de ascendência sobre os outros, só traz intrigas. Às vezes, por não compreendermos o verdadeiro sentido de sermos súditos do reino de Deus, ficamos preocupados com posições de destaque. O exemplo negativo de busca do poder é tirado da vida política dos gentios. Jesus diz que esse modelo não deve ser transferido para os nossos relacionamentos.

Há muito que fazer, existem muitas oportunidades de serviço. Vivemos dias que cobram uma ação mais decisiva do povo de Deus. A pobreza está se multiplicando, a violência está se alastrando, o tráfico de drogas toma proporção gigantesca, com métodos sofisticados e violentos na distribuição dos tóxicos, a falta de objetivos na vida tem sido um constante entre os nossos jovens, muitos caminham velozmente para a porta do inferno e precisam urgente da mensagem salvadora do evangelho

CAPITULO 8
NÓS SOMOS NECESSÁRIOS PARA OBRA DE DEUS
1 Coríntios 12.27

“Portanto, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo”.

Pense por alguns minutos sobre qual é a parte mais importante do seu corpo. Será que, honestamente falando, existe alguma parte dele que não seja necessária para o seu bom funcionamento? Você é útil na I.E.Q. da Vila Independência. Ele fez cada um de nós com uma utilidade especifica para que a sua vontade se cumpra na nossas vidas .

Deus nos ensina através de sua Palavra que cada um de nós somos uma parte necessária para que a igreja atue de acordo com os seus propósitos. Assim, não deve haver em nós a atitude de recusar-se a servir nos diferentes ministérios que a igreja tem diante de si. Não compreendo e não posso aceitar a situação de muitos cristãos que vivem toda a sua vida cristã de forma inútil e inerte. Creio que ainda não aprenderam a simples e importante lição: nós somos necessários para o ministério! Eu sou necessário para o ministério! Você é necessário para o ministério!

“Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena porque aquela gente estava aflita e abandonada, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: De fato a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita” (Mateus 9.36-37).

Jesus também sente a necessidade de agir em nossas vidas. Muito mais forte do que o evangelho que pregamos é o evangelho que vivemos. Temos que ter o cuidado com as necessidades dos que nos rodeiam. E necessário que estejamos preparados para irmos ao encontro dos necessitados de Cristo e da Salvação. Temos que nos compadecer daqueles que não têm a Jesus como salvador.

CAPITULO 9
NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS PELA OBRA
Romanos 14.12

“Portanto, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”.

Por este princípio da responsabilidade individual cada um de nós será julgado pelo Senhor nosso Deus. Eu e você devemos agir de modo responsável com o ministério para que não sejamos reprovados pelo Senhor. Em Mateus 25.14-30 temos uma parábola que fala de um senhor que entregou recursos nas mãos de seus servos e saiu para um país distante sem data para retornar. Um dia ele voltou e chamou os servos para um acerto de contas e deste acerto extraímos a lição de que devemos manter uma posição responsável diante do ministério que o Senhor tem entregue, em nossas mãos.

“... Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.
O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco.
Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor.
Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei.
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste,
receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.
Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.
E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes...”

Não podemos viver sem o compromisso de fazermos o que Ele espera que façamos como se isso não tivesse nenhuma conseqüência. Quem age assim vai ter conseqüências! Somos todos servos responsáveis? Respondamos ao Senhor com as nossas vidas dedicadas e ativas nos ministérios que o Senhor já tem levantado entre nós. Nós coloquemos diante dele, responsavelmente, para que outros ministérios sejam iniciados de acordo com as oportunidades. Busquemos ao Senhor em oração diariamente para que Ele nos capacite e nos faça servos fiéis e responsáveis. Aprendemos também que a inatividade é pecado que Deus trata com severidade.

Se os dois servos eram bons porque foram fiéis. O outro era mau porque foi negligente. Veja o contraste: bom e fiel mau e negligente. O pecado da negligência infelizmente é muito comum porque muitos crentes há que não cumprem os seus deveres, desvalorizam seus privilégios e abandonam suas responsabilidades. E como conseqüência direta deste pecado os não crentes deixam de entregar-se a Cristo como seu salvador. A negligência seduz, esfria seu entusiasmo, atrofia seus dons e mata a sua fé. A negligência é um pecado destruidor e por isso severamente condenado: “Tirai-lhe, pois, o talento (...) e o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (vv.28,30). Ei servo onde estão os talentos que o Senhor lhe deu?

CAPITULO 10
NÓS SEREMOS RECOMPENSADOS PELO SERVIÇO NA OBRA DE DEUS
Colossenses 3.23-24

“O que vocês fizerem façam de todo o coração, como se estivessem fazendo para o Senhor e não para as pessoas. Lembrem-se de que o Senhor os recompensará. Vocês receberão o que ele guardou para o seu povo, pois o verdadeiro Senhor que vocês servem é Cristo”.

Você espera recompensas pelo ministério que realiza aqui na igreja? Fica chateado quando ninguém lembra de você? Fica aborrecido quando outras pessoas e ministérios são destacados? O seu coração é de servo? Caso você anda buscando as recompensas terrenas lembre-se de que devemos almejar as recompensas do Senhor.
É a ele que servimos e com certeza se o fizermos adequadamente não nos decepcionará.

Recorro mais uma vez a Mateus 25.23 “Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”, para ilustrar a realidade da recompensa da fidelidade no serviço do Senhor. Na véspera de sua partida deste mundo o Mestre se interessou no preparo dos seus discípulos a fim de que levassem adiante o trabalho do reino de Deus como mordomos fiéis. Anteriormente já havia falado sobre a sua volta ao mundo e procurava fixar em suas mentes a necessidade de estarem preparados e atentos . Agora com esta parábola dos talentos complementa o ensino dizendo que a mordomia é um preparo para um encontro com o Senhor. O homem que recebeu cinco talentos negociou e conseguiu outros cinco talentos, o mesmo fez o que havia recebido dois talentos.

Por outro lado, o que havia recebido somente um não o negociou e recebe do seu senhor uma repreensão severa. O que podemos aprender desta parábola? Aprendemos que a fidelidade é reconhecida e enaltecida pelo Mestre, pois Jesus tem prazer no serviço dos servos fiéis. Tanto o que ganhou cinco quanto o que ganhou dois foram vitoriosos e poderiam agora gozar os benefícios de sua fidelidade. O Senhor nos dará mais oportunidades de serviço quando agirmos conforme suas expectativas. A recompensa oferecida aos fiéis é entrar no gozo do Senhor e isto significa dizer desfrutar aqui e na vida futura do que ele tem preparado para os seus. Ei irmão você anda meio desmotivado? Alegre-se pelo privilégio de servir a Jesus!

CAPITULO 11
CADA CRENTE, DOM, TALENTO É IMPORTANTE NA OBRA DE DEUS
1 Coríntios 12.18-22


“Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo como ele quis. Se o corpo todo fosse uma parte só, não existiria corpo! Assim há muitas partes, mas um só corpo. Portanto, o olho não pode dizer à mão: ‘eu não preciso de você’. Nem a cabeça pode dizer aos pés: ‘não preciso de vocês’. Ao contrário, não podemos ficar sem as partes do corpo que parecem mais fracas”.

Assim como cada parte de nosso corpo é importante cada ministério também é importante porque cada pessoa que o executa é preciosa para Deus. O corpo de Cristo precisa de pessoas com capacidades espirituais diferentes. Se não existem diferenças, não há corpo.

O Novo Testamento deixa claro em ensinar que os dons do Espírito Santo são concedidos para o aproveitamento do corpo total, e não para um membro individualmente. A preocupação egoísta é estranha ao conceito de solidariedade. O corpo não é um membro, mais muitos.

É precisamente na distribuição dos dons diferentes que Cristo cria a igreja e a transforma em seu corpo. O ensino que não reconhece isso peca contra Cristo e seu corpo. Os membros da igreja são participantes de Cristo. A união com Cristo encontra uma explicação simples na figura do corpo: o crente pertence ao corpo, cuja cabeça é Cristo. A relação do crente é nada menos do que aquela que existe entre o corpo e a cabeça. Assim como nenhum membro do corpo humano pode ser desprezado; também no corpo espiritual todos os membros são importantes. Repita essa frase: eu sou importante para o corpo de Cristo e o meu ministério também!

Conclusão:


“Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente”.

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